12.25.2008
12.18.2008
Zé Carlos
Muita gente veio com grandes alarvidades sobre o Gato Fedorento por uma razão muito simples. Os tipos vão para os programas, sendo óbvio o relativo pouco trabalho e preparação que têm para fazer alguns programas muito bons. No entanto, nem toda a gente acha que se possa fazer dinheiro sem levar a coisa muito a sério... Demonstrar erudição a brincar, não se tomando muito a sério?! Humor popular misturado com humor refinado? Mas o que é isto? E a igualdade de burrice? E o pedestal de quem sabe ler as vogais?
12.15.2008
Em Portugal, a política seca o mais molhado dos sonhos
Manuel alegre fala contente (no pun intended, really)da oportunidade de mudança de estratégia para o mundo. O discurso é bonito, a ideologia é demagógica e enjoativamente conhecida. Honra lhe seja feita, assente em pressupostos democráticos e do debate de ideias. Pena que da esquerda venham sempre os mesmos clichés e que a visão liberal do mundo se fique pelas malfadadas questões fracturantes. A economia de mercado diabolizou o Estado? Não, ilustre poeta. Só um alienado da sociedade, ou uma pessoa que lide preferencialmente com parte da ínfima elite intelectual liberal portuguesa(como parece ser o caso do poeta, o que só lhe faz bem)pode dizer uma enormidade dessas. Se há casos de pessoas que questionam a eficácia e a necessidade de um Estado como o que temos, a grande maioria revê-se e quer preservar a todo o custo O Estado papá que nos governa. E é essa a conversa que enfada, na esquerda. De tão medrosa, parece que não têm resposta para as dificuldades sociais que atormentam aqueles que não têm voz e tal(para poeta, Manuel poderia encontrar outros termos mais pungentes e originais para designar o pessoal que está à rasca)que não sejam as que bebem da ideologia Marxista. E aqui o camarada amigo palhaço Jerónimo tem razão em acusar estes foruns de esquerdas, macaquinhos de imitação. Onde estão as alternativas? Preocupa-me o meu futuro e preocupa-me que a vaga de fundo seja a de assegurar mecanismos arcaicos que comprovadamente não poderão abranger toda a população, mantendo a paz social com a manutenção de privilégios a quem os tem, desprezando quem está a construir o seu direito a uma cidadania decente.
À direita, a música não é outra, é ruído. Manuela Ferreira Leite ainda nem descobriu o caminho de cabras, quando se deveria ter candidatado à presidência do PSD com autoestrada devidamente alcatroada e portagem, preferencialmente. As gaffes não são mais que reconhecimentos de incapacidade de encontrar soluções diferente às que o trapalhão governo tem aventado como quem atira o dardo numa competição Olímpica, só que com cada ensaio atinge um espectador esperançado num bom resultado. Muitas feridas se esperam até ao fim da legislatura, uma vez que Sócrates ainda nem sequer se virou para o relvado.
Paulo Portas, a desilusão de estimação, congratulou-se hoje, qual Saddam aqui há atrasado, de ter tido 95% dos votos. Contente como Alegre, (aqui sim, pun intended) diz que o partido está calmo e que o líder não tem desculpas. Desculpas para quê Paulo? Para ver o país mais uma vez derivar à esquerda como se o Prec não tivesse existido, em que o CDS apresenta energúmenos como alternativas como aquele "gajo jovem" agora com barba, que não consegue dizer três frases sem que a um operário lhe apeteça partir-lhe o focinho? Desculpas para se bater pelos proverbiais dois dígitos? E o país? Já chega, é altura de demosntrar que se é diferente dos autocráticos e dos monárquicos e dar lugar a outros. Sim Pires de Lima, está na altura de deixar de emborcar super bock de sabores nojentos e transformar o CDS num parido decente. Não um CDS em que eu vote, um decente chega.
À direita, a música não é outra, é ruído. Manuela Ferreira Leite ainda nem descobriu o caminho de cabras, quando se deveria ter candidatado à presidência do PSD com autoestrada devidamente alcatroada e portagem, preferencialmente. As gaffes não são mais que reconhecimentos de incapacidade de encontrar soluções diferente às que o trapalhão governo tem aventado como quem atira o dardo numa competição Olímpica, só que com cada ensaio atinge um espectador esperançado num bom resultado. Muitas feridas se esperam até ao fim da legislatura, uma vez que Sócrates ainda nem sequer se virou para o relvado.
Paulo Portas, a desilusão de estimação, congratulou-se hoje, qual Saddam aqui há atrasado, de ter tido 95% dos votos. Contente como Alegre, (aqui sim, pun intended) diz que o partido está calmo e que o líder não tem desculpas. Desculpas para quê Paulo? Para ver o país mais uma vez derivar à esquerda como se o Prec não tivesse existido, em que o CDS apresenta energúmenos como alternativas como aquele "gajo jovem" agora com barba, que não consegue dizer três frases sem que a um operário lhe apeteça partir-lhe o focinho? Desculpas para se bater pelos proverbiais dois dígitos? E o país? Já chega, é altura de demosntrar que se é diferente dos autocráticos e dos monárquicos e dar lugar a outros. Sim Pires de Lima, está na altura de deixar de emborcar super bock de sabores nojentos e transformar o CDS num parido decente. Não um CDS em que eu vote, um decente chega.
12.12.2008
Sondagens credíveis, encetadas por pessoas críveis
A enquete que coloquei neste tasco acerca do aquecimento global deu uma vitória esmagadora de quatro votos à hipótese: "Vou fazer mais gelo na geladeira e atirá-lo ao ar, três vezes ao dia" o que confirma os meus piores agoiros. As pessoas estão com medo e desesperadas para travar o aquecimento global. Ninguém optou por propostas mais altruistas como deixar de respirar. Nenhum homem votante escondeu a sua larilice já que a hipótese das moças da Dinamarca ficou em branco*.
*Notar que eu não voto nas minhas enquetes
*Notar que eu não voto nas minhas enquetes
MTV
A MTV era fixe e apodreceu.
Agora vejo a MTV 2 que devo dizer, é o renascer de uma cataplana de cherne adormecida.
Agora vejo a MTV 2 que devo dizer, é o renascer de uma cataplana de cherne adormecida.
12.10.2008
12.06.2008
12.04.2008
Por um, por um!
Isto é tudo muito bonito. Mas por um dia não estou no continente para finalmente ver ao vivo, a fina flor da florcaveira. Oh Samuel, aqui na Terceira há uma igreja Baptista. Umas cantorias cá, não?
12.02.2008
11.29.2008
Congresso PCP
Porque fazem um congresso, se já está tudo decidido antes de começar?
O Jerónimo atacou o BE dizendo que os gajos são anticomunistas
Mas isso não é uma virtude, camarada?
11.28.2008
11.27.2008
11.23.2008
Dias difíceis
Em momentos de crise, o ser humano fica sensível à mudança e mais humilde na sua visão dos problemas que deve enfrentar. Com o tempo, as rígidas estruturas defensivas da personalidade voltam ao sítio e resolvem de modo fictício alguns dos problemas, para que o indivíduo não sofra mais (naquele momento). Um movimento tão egoísta, quanto humano.
11.16.2008
11.15.2008
A luta continua, ministra para a rua
Obviamente, os alunos sentem-se com as costas quentes para barbarizarem.
11.14.2008
A luta continua!
Gritaram os alunos nas ruas. E aqui se vê o marasmo em que anda mergulhado o nosso país. Depois de clássicos como "Trabalho sim, desemprego não", que atestam o trabalho árduo de criatividade que os sindicatos têm na preparação de manifestações, temos os alunos a gritar porcarias do tempo do PREC. Mas eles não aprendem nada com o Sam the Kid? Nem com o Carlão? Ou andam todos a ouvir House? Nesse caso está explicada a pobreza no discurso. Eu acredito que alguns nem sabem o que estão a gritar, tendo como único objectivo fazer barulho nas ruas. Vi um dos alunos avisar com afã que: "A multa continua". Outro dizia, "a gruta continua". Perceberam mal as instruções do chefe de turma, ou do director de turma. Ou então... Alegrai-vos almas, optaram por palavras de ordem surreais. Sugiro estas: "Pão com queijo e um pedacinho de fambre! Pão com queijo e um pedacinho de fiambre! Os meus pés são feios! Os meus pés são feios! A borracha é uma árvore! A borracha é uma árvore!"
11.12.2008
Se isto não é das coisas mais fixes que já vi na vida...
11.08.2008
Espírito de sacrifício
Amanhã, este tipo que aqui escreve umas coisas sensaboronas e mais dois marmanjos vão estar num programa de rádio na antena 1 açores. Às 15:20 o Erro de Sistema começa uma batalha que se quer que seja contra a estupidez, seguindo desde o início a máxima: " se não os podes vencer, junta-te a eles".
Para os que não são ilhéus, eis o site das rádios onde podem auscultar a emissão do programa.
Adenda: é às 16:20 do continente, 15:20 de cá.
Para os que não são ilhéus, eis o site das rádios onde podem auscultar a emissão do programa.
Adenda: é às 16:20 do continente, 15:20 de cá.
11.05.2008
Obama
Em 2007 apostei que os democratas ganhariam as eleições de 2008. Apostei 5 euros. Hoje sou um jovem 7.75E mais rico.
11.02.2008
Comércio tradicional
Vou a uma padaria aqui perto de casa comprar um pão. O "cantinho do pão" é um sítio com bom aspecto mas onde só vou ao Domingo porque sim. Fui lá duas vezes, e hoje foi provavelmente a última. Atendimento frio, sendo o pão bem normal. Fosse o caso de ser um fenómeno de "nazi das sopas" e eu estava lixado por não haver pão tão bom num raio de 28 Km. Mas o pão é bastante normal, e as pessoas é que atendem como se eu fosse um indigente por ir lá só ao Domingo comprar um pãozito. Adeus e até nunca mais. Na próxima vou a uma grande superfície onde até há mais variedade. Lá dão mais valor ao meu pouco dinheiro.
10.31.2008
James Seca
O James Bond nunca mais acaba? É tão conhecido e nenhum espião lhe mete uma ameixa entre os olhos? Nem um terrorista para desfazê-lo juntamente com a miss Penny, o Q e mais aquela gente toda? Sobravam as Bond Girls e fazia-se um filme chato mas com mais momentos agradáveis. Não há pachorra.
10.30.2008
Mundo
Andar por cá, resume-se a saber com quem queremos estar e quem devemos evitar. O resto são revisões bibliográficas.
10.27.2008
10.24.2008
10.22.2008
Convites solenes
Encontrei ontem um engrelope na caixa de correio, cujo endereço estava ocupado pelo dizer: "caro munícipe". Optei por abrir o envelope, uma vez que era da Câmara Municipal de Angra. Como não tenho água em casa dois dias por semana desde que cheguei de férias, pensei que fosse uma informação de que os dias de peixes magros tinham acabado e que os Angrenses poderiam voltar a tomar banho todos os dias como nos bons velhos tempos. A carta ,no entanto, é um garboso convite da Câmara e da Junta de freguesia, para que assista à inauguração da nova capela mortuária local.
Eu não sou um tipo que tema a morte assim de uma forma caguinchas. Mas assistir a inaugurações de capelas mortuárias não enquadra no meu conceito de divertimento social. É irónico, é. Lá vamos nós inaugurar um sítio onde vamos acabar. Mas acreditem que não seria bom ter-me por perto. Poderia dar-se o caso de, irritado pela falta do duche matinal, sugerir aos que me invitaram que se tornassem utentes da capela.
Será que vai haver salgadinhos?
Eu não sou um tipo que tema a morte assim de uma forma caguinchas. Mas assistir a inaugurações de capelas mortuárias não enquadra no meu conceito de divertimento social. É irónico, é. Lá vamos nós inaugurar um sítio onde vamos acabar. Mas acreditem que não seria bom ter-me por perto. Poderia dar-se o caso de, irritado pela falta do duche matinal, sugerir aos que me invitaram que se tornassem utentes da capela.
Será que vai haver salgadinhos?
10.21.2008
Lobby
Sou do Iker Casillas desde pequenino.
10.17.2008
Açores Über Alles
As eleições para o Governo Regional estão aí. Infelizmente, devido a uma inércia aliada a protelação, não vou poder fazer um desenho catita num boletim de voto açoriano. Depois de uma exposição de arte nas urnas em que eu e mais dois amigos artistas decidimos brindar a classe política nacional com uns belos desenhos pós-moderno-surrealistas (aqui há uns anos), eis que a população açoriana em geral e os senhores das mesas em particular não vão poder observar as minhas qualidades no que toca a motricidade fina. Adiante. Aqui as eleições estão ao rubro e o debate político é um bocadinho desinteressante. Vejamos: Carlos César diz que para ele em primeiro lugar estão os Açores, em segundo os Açores e em terceiro,imaginem, os Açores. Trilogia que facilmente poderia ser traduzida por Região, Região, Região.Trilogia em que Deus e Família ficarão à vontade de cada um. Não me admira que depois de escrever este post me venham dizer que não devo ter nada contra os Açores e que devo fazer tudo pelos Açores... Não faz mal nenhum algum comedimento nas palavras a quem tem tantas responsabilidades no pensamento da populaça. Eu sei que Carlos César não é um extremista, mas as massas são de extremos. Sim, especialmente o linguini de manjericão, mas com um bocadinho de azeite virgem extra aquilo vai ao lugar. Daí Costa Neves falar da sua vantagem em ter um curso. Às vezes as pessoas comportam-se como se não soubessem História, desprezando as advertências do passado acerca de discursos em que se incluam trilogias como bases de intervenção política, quaisquer que elas sejam.
Costa Neves, o rival que tenta chegar ao lugar de presidente do Governo Regional, também disse que acorda a pensar nos açorianos e deita-se a pensar nos açorianos. Tal tristeza! Claro que com uma ligeira mudança na forma da frase, tudo ficaria aceitável. Se Costa Neves dissesse que acorda a pensar em açorianas e se deita a pensar em açorianas, o meu aplauso acompanharia a vénia. Mas assim, os açorianos em geral... O candidato principal da oposição acorda e deita-se a pensar num conjunto de pessoas em que eu me incluo? Costa Neves deita-se a pensar em mim? Será isto fofinho ou tenebroso? Eu vou para a segunda hipótese. Outra coisa: O slogan do PSD aqui é "Melhor é possível". Está mal. Então quer dizer que o que foi feito até está bem, e que melhorar um pedacinho vá, é possível? "Os gajos do Governo fizeram um bom trabalho, mas nós conseguimos melhor." A oposição não pode apostar em slogans ambíguos deste tipo. Sugestões mais adequadas: " Pior é impossível, mais vale mudar". Assim o PSD assumia um posição realmente assertiva e não chocha como o : " sim senhor Presidente do governo. Excelente trabalho que está a fazer mas acho que nós... Bom... Talvez, não sei... Talvez consigamos fazer um poucochinho melhor. Mas o vosso trabalho está bom hein? Não se ofenda. Melhor, um pedacinho melhor, pode ser?"
Costa Neves, o rival que tenta chegar ao lugar de presidente do Governo Regional, também disse que acorda a pensar nos açorianos e deita-se a pensar nos açorianos. Tal tristeza! Claro que com uma ligeira mudança na forma da frase, tudo ficaria aceitável. Se Costa Neves dissesse que acorda a pensar em açorianas e se deita a pensar em açorianas, o meu aplauso acompanharia a vénia. Mas assim, os açorianos em geral... O candidato principal da oposição acorda e deita-se a pensar num conjunto de pessoas em que eu me incluo? Costa Neves deita-se a pensar em mim? Será isto fofinho ou tenebroso? Eu vou para a segunda hipótese. Outra coisa: O slogan do PSD aqui é "Melhor é possível". Está mal. Então quer dizer que o que foi feito até está bem, e que melhorar um pedacinho vá, é possível? "Os gajos do Governo fizeram um bom trabalho, mas nós conseguimos melhor." A oposição não pode apostar em slogans ambíguos deste tipo. Sugestões mais adequadas: " Pior é impossível, mais vale mudar". Assim o PSD assumia um posição realmente assertiva e não chocha como o : " sim senhor Presidente do governo. Excelente trabalho que está a fazer mas acho que nós... Bom... Talvez, não sei... Talvez consigamos fazer um poucochinho melhor. Mas o vosso trabalho está bom hein? Não se ofenda. Melhor, um pedacinho melhor, pode ser?"
10.16.2008
Albânia
Tudo contente com o Carlos Queirós. Esse animal de campo.
O Hamas, essa bela instituição terrorista
Parece que criaram o Youtube do Hamas. Deve ser outra banhada tipo a mecca cola que toda a gente gabou muito quando saiu, enquanto sorviam a última gota de coca-cola da garrafa de 1,5l.
10.14.2008
Diga-me uma coisa... Diz-me uma coisa?
-Diga-me uma coisa... Vai mesmo fritar isso em óleo mecânico?
-Vou
-Diga-me uma coisa... E isso não faz mal?
-Faz.
-Diga-me uma coisa... Você não é uma besta?
-Não. Besta é V.Exa. por ter sucumbido às tendências Outono/Inverno da moda das bengaladas da língua portuguesa.
-Vou
-Diga-me uma coisa... E isso não faz mal?
-Faz.
-Diga-me uma coisa... Você não é uma besta?
-Não. Besta é V.Exa. por ter sucumbido às tendências Outono/Inverno da moda das bengaladas da língua portuguesa.
Alimentar o ego com O.J.
Em Janeiro, escrevi aqui sobre as tropelias de O.J. Simpson: Estas questões que o O.J. Simpson tem protagonizado, não mostram senão o bom carácter do tipo, anos depois de a sociedade ter falhado em fazer aquilo que lhe cabia: condená-lo por homicídio. As diabruras aparentemente sem sentido são fáceis de compreender, aumentado a minha empatia com o homem. Crime e Castigo explica.
João Pereira Coutinho, em consonância com isto, explica de forma mais iluminada o que se tem passado com o tipo do "Onde é que pára a polícia?"
João Pereira Coutinho, em consonância com isto, explica de forma mais iluminada o que se tem passado com o tipo do "Onde é que pára a polícia?"
10.12.2008
Enlamear-se
Tivesse L. escolhido outros meandros para se afundar e o sucesso teria sido nulo. Estes que escolhera revelaram-se plenamente adequados à decadência que nunca pretendera mas que agora sabia ser a verdadeira fonte da sua satisfação. Farto de “tantas lérias” como ele próprio afirmava, entregara-se à penosa e recompensadora tarefa de viver completamente livre das pressões que o iam esmagando a pouco e pouco.
O primeiro passo para a “libertação” foi o de roubar todos os pedintes que encontrou pela cidade, aproveitando para despender energia quer a correr como a lutar. Quinze dias que lhe permitiram amealhar grandes quantidades de dinheiro e várias cicatrizes. Quando o dinheiro recolhido perfez uma soma à altura das suas aspirações, doou-a a uma empresa global de armamento… A forma extasiada e confusa com que o director da empresa o recebeu divertiu L. de tal forma que se escancarou a rir na cara do sr.
-A que se deve este seu gesto?!
-Ah! Ah! Ah! Ah! Oh! Oh!
-…
- Desculpe-me Sr. mas este átrio lembra-me situações deveras engraçadas, talvez com tempo tenha oportunidade de lhe explicar melhor.
- Com certeza mas…
- O dinheiro é para a empresa aplicar onde achar melhor. Aliás, se eu doei o dinheiro já não tenho nada que opinar. Enerva-me que em situações análogas as pessoas imponham que o dinheiro seja gasto desta ou daquela maneira. Como o transeunte que dá dinheiro ao adicto e lhe deixa uma qualquer advertência acerca da importância de comer um sandes ou uma sopa. Se o adicto quisesse comer sandes e sopas estava a trabalhar e comia sandes para poupar para o sistema de cinema em casa. O que ele quer é bem diferente e fora do alcance sensório do doador. Por isso, e por leveza de consciência, o doador dá um conselho prático de como a sua massa deve ser gasta, mas no fundo sabe que a primeira coisa que o adicto-pedinte vai fazer assim que tiver reunido certa quantidade de dinheiro, é ir aviar uma dose para mais uma vez fugir da realidade. E isso leva sempre a que o transeunte fique pior que estragado porque ele tem que gramar a realidade. O facto de saber que à custa dele alguém foge às responsabilidades de ser humano deixa-o mais que agastado, mas não consegue evitar de dar o seu contributo para isso porque ainda mais no fundo, ele sabe que é a fuga da realidade que levará o outro à destruição.
Como entende, não vou fazer objecções à forma como queiram gastar o dinheiro. Se um dia for morto com uma arma da vossa empresa, terei protagonizado mais um alegre episódio da inevitabilidade da coincidência. - Ofereceram-lhe uma arma como agradecimento pela oferta, o que L. aceitou prontamente. À saída encontrou um pedinte e ofereceu-lha… Com balas e tudo…
O projecto estava a correr-lhe bem.
O primeiro passo para a “libertação” foi o de roubar todos os pedintes que encontrou pela cidade, aproveitando para despender energia quer a correr como a lutar. Quinze dias que lhe permitiram amealhar grandes quantidades de dinheiro e várias cicatrizes. Quando o dinheiro recolhido perfez uma soma à altura das suas aspirações, doou-a a uma empresa global de armamento… A forma extasiada e confusa com que o director da empresa o recebeu divertiu L. de tal forma que se escancarou a rir na cara do sr.
-A que se deve este seu gesto?!
-Ah! Ah! Ah! Ah! Oh! Oh!
-…
- Desculpe-me Sr. mas este átrio lembra-me situações deveras engraçadas, talvez com tempo tenha oportunidade de lhe explicar melhor.
- Com certeza mas…
- O dinheiro é para a empresa aplicar onde achar melhor. Aliás, se eu doei o dinheiro já não tenho nada que opinar. Enerva-me que em situações análogas as pessoas imponham que o dinheiro seja gasto desta ou daquela maneira. Como o transeunte que dá dinheiro ao adicto e lhe deixa uma qualquer advertência acerca da importância de comer um sandes ou uma sopa. Se o adicto quisesse comer sandes e sopas estava a trabalhar e comia sandes para poupar para o sistema de cinema em casa. O que ele quer é bem diferente e fora do alcance sensório do doador. Por isso, e por leveza de consciência, o doador dá um conselho prático de como a sua massa deve ser gasta, mas no fundo sabe que a primeira coisa que o adicto-pedinte vai fazer assim que tiver reunido certa quantidade de dinheiro, é ir aviar uma dose para mais uma vez fugir da realidade. E isso leva sempre a que o transeunte fique pior que estragado porque ele tem que gramar a realidade. O facto de saber que à custa dele alguém foge às responsabilidades de ser humano deixa-o mais que agastado, mas não consegue evitar de dar o seu contributo para isso porque ainda mais no fundo, ele sabe que é a fuga da realidade que levará o outro à destruição.
Como entende, não vou fazer objecções à forma como queiram gastar o dinheiro. Se um dia for morto com uma arma da vossa empresa, terei protagonizado mais um alegre episódio da inevitabilidade da coincidência. - Ofereceram-lhe uma arma como agradecimento pela oferta, o que L. aceitou prontamente. À saída encontrou um pedinte e ofereceu-lha… Com balas e tudo…
O projecto estava a correr-lhe bem.
À Benfica
No modo multiplayer do GTA IV, tenho tido dificuldade em escolher quais os melhores desafios (deathmatch; team deathmatch; taking turf; cops n'crooks...). Mas quando jogo, admito que já consigo momentos de alto gabarito, matando adversários com a eficácia de um verdadeiro gangster. Não consigo é manter o nível durante todo o jogo.
10.11.2008
E o Nobel da literatura vai para...
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Nobel por pessoas que lêem
10.09.2008
10.08.2008
Não me voltem cá com merdas de contemporâneos (que até têm bons momentos). Desafio alguém a pôr outra vez em causa o trono destes pilantras
Aqui jaz um vídeo dos inultrapassáveis Gato Fedorento. Devido ao autoplay, fui internado por ouvir o Tiago Dores dizer que carjacking era uma palavra estrangeira, sempre que abria o blog para ver se as duas pessoas da praxe já cá tinham vindo. Agora que voltei, preso por arames, não quero correr riscos. Adeus vídeo.
10.07.2008
10.01.2008
A crise 2 "o regresso"
Até esta crise prova o bom caminho que o mundo está a tomar, no campo das decisões económicas. A crise está aí há muito tempo, mas os parâmetros que servem para defini-la socialmente, são bem diferentes daqueles de há alguns anos atrás.
Se hoje se fala de casas, carros e outros bens materiais, anteriormente falava-se de pratos de sopa.
Se hoje se fala de casas, carros e outros bens materiais, anteriormente falava-se de pratos de sopa.
9.27.2008
Deveres e direitos
9.26.2008
Esperança
No dia a dia, no confronto com a realidade que muitas vezes consigo manter durante trinta minutos, há pessoas que claramente me tomam por débil mental. Isso prova que a capacidade de discernimento de parte da população ainda é fiável.
9.24.2008
9.21.2008
Se vai, se não vai; se fez, se não fez; Como é que está, como é que não está;
Eis a nova bengalada da língua portuguesa. Dizer uma coisa e o seu contrário de seguida.
9.17.2008
Evidências dolorosas
Se a direita portuguesa fosse diferente, se tivesse uma tradição de prezar as liberdades, se fosse excêntrica, se fosse culta, eu provavelmente não seria de esquerda.
Maria Filomena Mónica entrevistada por João Pereira Coutinho.
Maria Filomena Mónica entrevistada por João Pereira Coutinho.
9.15.2008
9.14.2008
Eu bem tento
Mas o que posso fazer depois de ver o Querstiano Roh Naldo comentar a possível eleição de melhor do mundo,na cerimónia de entrega da bota de ouro: "... ganhei o campeonato, ganhei a liga dos campeões..."?
9.11.2008
Não ouvi o que disse porque estou a ouvir un buen son
Mas no fim do jogo, na entrevista rápida, o Carlos Queiroz estava sorridente.
9.10.2008
9.09.2008
Os cursos e a sabedoria
Um dos grandes flagelos da civilização é a massificação dos estudos superiores. Não porque em si isso seja mau. À partida, mais conhecimento, melhor. Mal. Não sei como é nos outros países, onde não conheço ninguém, mas aqui farto-me de esbarrar com pessoas que por terem estudado uns anitos num estabelecimento de ensino a seguir à escola secundária, pensam que dominam o conhecimento. Assim uma mistura de adolescente com Cassamá. Isto misturado com uma bafienta ideia de superioridade moral baseada naquele humanismo tão caro a Pol Pot dá em coisas engraçadas. Por algum tempo...
Por isso é que advogo aqui o aumento das propinas, para que Portugal passe a ter ainda menos licenciados. Facilitava-me a vida e passava a ter pontos de vista mais diversificados quando andasse de táxi, fosse ao mecânico ou precisasse de mudar um tubo nas canalizações.
Por isso é que advogo aqui o aumento das propinas, para que Portugal passe a ter ainda menos licenciados. Facilitava-me a vida e passava a ter pontos de vista mais diversificados quando andasse de táxi, fosse ao mecânico ou precisasse de mudar um tubo nas canalizações.
9.08.2008
Worten Vs. Radio Popular
Rádio Popular. Preços e ATENDIMENTO.
9.04.2008
Ofensivas revigorantes
Acompanho a Voz do Deserto desde que conheço a blogosfera. Panque roque, metal e religião chamaram-me a atenção numa altura em que o meu ateísmo era quase militante. O punk pode ser cristão? Sim, eu conhecera os No Innocent victim, hardcore extremamente cristão. Mas os gajos eram um pouco broncos... O Cavaco parecia um tipo porreiro. Um tipo porreiro, cristão do catano e punk? Arre diabo, que nunca disto eu havia visto.
O salmo 119, e outras cenas das missas de Domingo haviam de ser recordadas pelas oportunas e bem esgalhadas analogias entre Bíblia e Roque, Deus e Música.
Com o tempo o entusiasmo vai decrescendo, até porque com o reconhecimento tamanho pelo seu trabalho, Tiago Cavaco tornou-se às vezes insuportável no seu blogue (as dores de cotovelo que me afligem não se comparam ao insuportável que se tornaria este blog caso o meu nome aparecesse... Sei lá, no correio da manhã a dizer que tinha sido apanhado com excesso de álcool a caminho do trabalho.)
Mas a esperança é a última a morrer, e as visitas diárias à Voz continuaram. A perserverança foi recompensada: Tiago Bettencourt acha a música de Tiago Cavaco ofensiva. Eia! Still on the right track. Sim, simples quanto isto. Há que saber interpretar os sinais.
Além disso há uma história desse jovem que quero partilhar. Numa pré apresentação informal do álbum seca dos Toranja numa ruela do Bairro Alto... No fim da apresentação Tiago Bettenecourt terá dito: Esta música sairá num álbum que vou editar com a minha banda. O meu amigo Francisco riu-se muito (não se pode dizer que estivesse plenamente sóbrio) e perguntou com pertinácia entrecortada por riso escancarado. "O quê? Tu vais editar isso?"
O salmo 119, e outras cenas das missas de Domingo haviam de ser recordadas pelas oportunas e bem esgalhadas analogias entre Bíblia e Roque, Deus e Música.
Com o tempo o entusiasmo vai decrescendo, até porque com o reconhecimento tamanho pelo seu trabalho, Tiago Cavaco tornou-se às vezes insuportável no seu blogue (as dores de cotovelo que me afligem não se comparam ao insuportável que se tornaria este blog caso o meu nome aparecesse... Sei lá, no correio da manhã a dizer que tinha sido apanhado com excesso de álcool a caminho do trabalho.)
Mas a esperança é a última a morrer, e as visitas diárias à Voz continuaram. A perserverança foi recompensada: Tiago Bettencourt acha a música de Tiago Cavaco ofensiva. Eia! Still on the right track. Sim, simples quanto isto. Há que saber interpretar os sinais.
Além disso há uma história desse jovem que quero partilhar. Numa pré apresentação informal do álbum seca dos Toranja numa ruela do Bairro Alto... No fim da apresentação Tiago Bettenecourt terá dito: Esta música sairá num álbum que vou editar com a minha banda. O meu amigo Francisco riu-se muito (não se pode dizer que estivesse plenamente sóbrio) e perguntou com pertinácia entrecortada por riso escancarado. "O quê? Tu vais editar isso?"
8.29.2008
Estes dias foram tão cheios!
Os Jogos Olímpicos e a decepcionante (toda a gente queria mais ouro, prata e bronze) mas bem fixe participação portuguesa.
O Estado português matou um tipo e quase arrumou outro a defender-nos do mal ruim que são os bandidos. As vozes gritaram que devia matar mais. Um pouco à laia estalinista. Parece que antes de se deitar, o tio Estaline assinava as ordens das execuções plenamente justificadas para a segurança do estado soviético, e fazia uma pequena nota nas folhas onde iam uns 500 ou 5000 desgraçados : "Ainda não é suficiente".
O burro do presidente da Geórgia pensou que estava a jogar o Risco e levou nas manqueiras. Contou com o apoio da Europa ocidental!!! É o mesmo que eu ir ao Bairro Alto, espetar uma malha num dread qualquer e depois quando vêm os manos ajudá-lo, eu contar com o apoio da velhota da casa very typical ali ao pé. Contar com o apoio dos americanos é o mesmo que eu malhar o mesmo dread e depois esperar ajuda do polícia que já foi suspenso, admoestado e advertido devido ao seu recidivo comportamento de força excessiva.
O Estado português matou um tipo e quase arrumou outro a defender-nos do mal ruim que são os bandidos. As vozes gritaram que devia matar mais. Um pouco à laia estalinista. Parece que antes de se deitar, o tio Estaline assinava as ordens das execuções plenamente justificadas para a segurança do estado soviético, e fazia uma pequena nota nas folhas onde iam uns 500 ou 5000 desgraçados : "Ainda não é suficiente".
O burro do presidente da Geórgia pensou que estava a jogar o Risco e levou nas manqueiras. Contou com o apoio da Europa ocidental!!! É o mesmo que eu ir ao Bairro Alto, espetar uma malha num dread qualquer e depois quando vêm os manos ajudá-lo, eu contar com o apoio da velhota da casa very typical ali ao pé. Contar com o apoio dos americanos é o mesmo que eu malhar o mesmo dread e depois esperar ajuda do polícia que já foi suspenso, admoestado e advertido devido ao seu recidivo comportamento de força excessiva.
8.10.2008
O Estado contra-ataca
Nada que o Estado tente me poderá estragar este sentimento positivamente feriesco. Contudo, foi com agastamento que constatei junto da Casa Havaneza que já não se pode vender charutos avulso.
Carteiras como a minha correm portanto o risco de sofrer rudes e desnecessários golpes, ou então passo a fumar uns definitivos de vez em quando.
A lei é apenas portuguesa, o que me levará a visitar Espanha enquanto estiver no Sabugal. Em vez de ir lá só abastecer o carro, comprar enchidos, caramelos, carne em geral, groceries em particular, compro também uns puros. Uff, foi passageiro o sonho mau.
8.08.2008
8.05.2008
La Famiglia
Não é que seja um actualizador assíduo do blog, mas com sorte vemos por lá uns bons posts de quando em vez. Dizparates. Parates.
Agora sim
Labels:
Colunas a dar
8.03.2008
8.02.2008
Yes indeed! É a minha sobrinha nova!!!
Bem-vinda ao mundo!
8.01.2008
7.30.2008
Parafilias
O Sapo tem uma colecção generosa de tags de blogs. O último da lista é zoofilia. Não seria mais adequado ser um dos primeiros e chamar-se simplesmente, animais? Ou não se trata de um mal entendido? Espero bem que não. Ou melhor, que seja...
7.27.2008
Uso de metanfetaminas por grávidas afecta fetos
Aqui está uma belíssima nota de rodapé apanhada agora mesmo no jornal da RTP. Quem me manda a mim ser burro e insistir neste noticiário?
Qual o problema da nota? Em Portugal não deve haver senão residual consumo de metanfetaminas (crystal meth) sendo no entanto uma droga extremamente perigosa, adictiva e destrutiva utilizada por exemplo nos EUA. Os excelentes jornalistas da RTP viram a apresentação do estudo em algum blog e decidiram pôr aquilo em nota der rodapé para alarmar o pessoal. Esse estudo servirá como tantos outros, para possibilitar e fundamentar intervenções terapêuticas específicas.
Não é um estudo-descoberta, mas um estudo de suporte. A RTP decide no entanto encher chouriços e causar umas quantas sensções nos telespectadores. "Será que eu tomo metanfetaminas e não sei disso? Será que isto tem a ver com aqueles sumos que bebi ontem?"
Este é o país onde podemos ver a tradução de "crystal meth" em séries como CSI, Dexter, Weeds para metadona, onde se noticiam em primeira mão estudos sobre coisas que nem sequer conhecemos.
Também já molesta a assunção de que o jornal da TVI é "bué" sensacionalista, com pouco conteúdo e demais tretas que a serem justamente ditas deveriam incluir principalmente o canal que pagamos todos os meses.
Qual o problema da nota? Em Portugal não deve haver senão residual consumo de metanfetaminas (crystal meth) sendo no entanto uma droga extremamente perigosa, adictiva e destrutiva utilizada por exemplo nos EUA. Os excelentes jornalistas da RTP viram a apresentação do estudo em algum blog e decidiram pôr aquilo em nota der rodapé para alarmar o pessoal. Esse estudo servirá como tantos outros, para possibilitar e fundamentar intervenções terapêuticas específicas.
Não é um estudo-descoberta, mas um estudo de suporte. A RTP decide no entanto encher chouriços e causar umas quantas sensções nos telespectadores. "Será que eu tomo metanfetaminas e não sei disso? Será que isto tem a ver com aqueles sumos que bebi ontem?"
Este é o país onde podemos ver a tradução de "crystal meth" em séries como CSI, Dexter, Weeds para metadona, onde se noticiam em primeira mão estudos sobre coisas que nem sequer conhecemos.
Também já molesta a assunção de que o jornal da TVI é "bué" sensacionalista, com pouco conteúdo e demais tretas que a serem justamente ditas deveriam incluir principalmente o canal que pagamos todos os meses.
7.26.2008
7.25.2008
Em toda esta questão cultural e étnica
Há diferentes e erradas visões do problema. Esta minha que que vou tentar esboçar é também ela prenhe de estultícias. Os governos e as autarquias, por razões típicamente terceiro-mundistas, eleitoralistas e pior, por ignorância, tendem a encafuar os problemas social-demográficos numas caixas feias e aos montes. Merda com merda (como dizia o saudoso chouriço) dá merda. Não há aqui referência a raça, ou o que seja. Se os ciganos não querem suar muito para ganhar o sustento, eu compreendo-os, no fundo o problema de alguns ciganos é serem ricalhaços com pouco dinheiro (que é também um problema que eu aporto).
As políticas de realojamento não podem, e toda a gente o sabe, ser de tudo ao molho e fé no Senhor. Realojem-se famílias atendendo às peculiaridades de cada uma, de forma dispersa e o estado consegue mais facilmente controlá-las enquanto a sociedade ganha legitimidade para exigir determinados parâmetros de comportamento. Melhor que isso, em vez de serem várias famílias com comportamentos desadequados a pressionarem umas poucas, serão as famílias bem integradas a pressionar essa em particular a seguir uma caminho mais adequado. Obviamente que em casos extremos a Justiça deve funcionar como funcionou comigo no outro dia que me pus a cantar karaoke eram 10 para as seis da manhã de uma segunda feira.
Isto tudo é mesmo muito simples, agora vir para aí com discursos que os ciganos ou os beltranos têm que isto e têm que aquilo é perda de tempo. Enquanto juntos em grandes comunidades ouvem e cagam bem p'ró nosso querer que eles façam.
As coisas são fáceis de fazer, mas mais fácil é acusar e criar a tão bonita guerra de classes. O problema é que as políticas para darem resultado devem ser aplicadas com inteligência e severidade. O estado em Portugal tende a ser burro, o que é triste, mas esta constatação nada tem de demagógico, basta olhar e ver. Quem olha para aquilo na quinta da fonte e toma como medida apenas o reforço olicial só prova que até eu posso aspirar a ministro de qualquer coisa. Viva a democracia.
P.S. Não é que eu goste de entrar em casas onde se recebe RSI, com Tvcabo, PSp, Xbox, PS2... Mas all this hate talk às vezes enjoa e é demasiado fácil para a minha complicada cabeça. Cabeça essa à qual foi já apontada uma shotgun prateada empunhada por um indivíduo cigano.
As políticas de realojamento não podem, e toda a gente o sabe, ser de tudo ao molho e fé no Senhor. Realojem-se famílias atendendo às peculiaridades de cada uma, de forma dispersa e o estado consegue mais facilmente controlá-las enquanto a sociedade ganha legitimidade para exigir determinados parâmetros de comportamento. Melhor que isso, em vez de serem várias famílias com comportamentos desadequados a pressionarem umas poucas, serão as famílias bem integradas a pressionar essa em particular a seguir uma caminho mais adequado. Obviamente que em casos extremos a Justiça deve funcionar como funcionou comigo no outro dia que me pus a cantar karaoke eram 10 para as seis da manhã de uma segunda feira.
Isto tudo é mesmo muito simples, agora vir para aí com discursos que os ciganos ou os beltranos têm que isto e têm que aquilo é perda de tempo. Enquanto juntos em grandes comunidades ouvem e cagam bem p'ró nosso querer que eles façam.
As coisas são fáceis de fazer, mas mais fácil é acusar e criar a tão bonita guerra de classes. O problema é que as políticas para darem resultado devem ser aplicadas com inteligência e severidade. O estado em Portugal tende a ser burro, o que é triste, mas esta constatação nada tem de demagógico, basta olhar e ver. Quem olha para aquilo na quinta da fonte e toma como medida apenas o reforço olicial só prova que até eu posso aspirar a ministro de qualquer coisa. Viva a democracia.
P.S. Não é que eu goste de entrar em casas onde se recebe RSI, com Tvcabo, PSp, Xbox, PS2... Mas all this hate talk às vezes enjoa e é demasiado fácil para a minha complicada cabeça. Cabeça essa à qual foi já apontada uma shotgun prateada empunhada por um indivíduo cigano.
7.22.2008
7.20.2008
Quase três anos, vinte e tal caixotes e uma semana depois
7.18.2008
Velha guarda
(Ouvir com as colunas a abrir, atentando sempre no baixo)
7.14.2008
Sondagem
Às vezes comento, outras não. As sondagens valem o que valem e eu não vou estar sempre aqui a valorizá-las como se fossem um ponto de partida para a minha forma de actuação enquanto indivíduo.
Na última sondagem a maioria achou que eu tinha acordado com suores frios porque estaria oniricamente em amena cavaqueira com o Mário Machado. Das cinco alternativas só a certa é que não teve votos. É por estas e por outras que o povo tem má reputação. Mas vós achais, votantes, que o meu super-ego me deixava estar em amena cavaqueira com o Mário Machado? Eu, se em sonhos falasse com esse tipo, era a explicar-lhe o quão burro ele e o Hitler são, e quanta da sua vida ele estava a desperdiçar (possivelmente a minha imaginação aqui punha-o a chorar e a pedir perdão ao primeiro africano que passasse. Posso dizer africano? Se calhar não. Porque há pretos que estiveram menos tempo em África que o meu pai.)
Pois é. Eu acordei sobressaltado porque tinha uma t-shirt vermelha do Che com aquela pose que faz lembrar o Mussolini nos seus comícios da varanda, e de punho estendido berrava coisas que nem eu próprio discernia.
Na última sondagem a maioria achou que eu tinha acordado com suores frios porque estaria oniricamente em amena cavaqueira com o Mário Machado. Das cinco alternativas só a certa é que não teve votos. É por estas e por outras que o povo tem má reputação. Mas vós achais, votantes, que o meu super-ego me deixava estar em amena cavaqueira com o Mário Machado? Eu, se em sonhos falasse com esse tipo, era a explicar-lhe o quão burro ele e o Hitler são, e quanta da sua vida ele estava a desperdiçar (possivelmente a minha imaginação aqui punha-o a chorar e a pedir perdão ao primeiro africano que passasse. Posso dizer africano? Se calhar não. Porque há pretos que estiveram menos tempo em África que o meu pai.)
Pois é. Eu acordei sobressaltado porque tinha uma t-shirt vermelha do Che com aquela pose que faz lembrar o Mussolini nos seus comícios da varanda, e de punho estendido berrava coisas que nem eu próprio discernia.
7.11.2008
Isto é tudo muito confuso
Acabo de ouvir a um tipo que comenta a corrida de touros XXXLDIV da TVI, que o touro deve ter seriedade para ser corrido. Isso mesmo, que o touro deve ser sério na hora da corrida. Está certo. Mas e o ser humano toureiro ser também sério e recusar-se a brincar com um touro embolado? Ou fazê-lo vendado? Ou com as mãos atadas atrás das costas?
7.09.2008
Viver
Há coisas boas em viver numa ilha aprazível. Há coisas más em viver numa ilha aprazível. Hoje enquanto trabalhava numa das minhas rondas dos quatro cantos sob um sol mais que quente, obsceno de tão convidativo, perto de uma das praias mais fixes da ilha, passo por dois jovens com ar satisfeito comendo o seu gelado com o cabelo ainda molhado do Belo Abismo, calções de banho e toalha amarfanhada ao ombro. Arrgh! A inveja! A inveja!
Passadas umas três horas estava eu a mandar-me das rochas para um oceano invugarmente amigo e cheio, com uma água mais tépida do que aquela que aconselham em alguns medicamentos, para depois fugir dos peixes-porco que queriam aguçar a sua curiosidade e dentes comigo.
Passadas umas três horas estava eu a mandar-me das rochas para um oceano invugarmente amigo e cheio, com uma água mais tépida do que aquela que aconselham em alguns medicamentos, para depois fugir dos peixes-porco que queriam aguçar a sua curiosidade e dentes comigo.
7.06.2008
Os humanos
Há alguns meses que encontrei neste sítio a divulgação do álbum de Karl Höcker. Agora, o telegraph dá-lhe destaque. No texto vemos a admiração com a normalidade aparente do quotidiano nazi. Como se os SS de Birkenau não fossem humanos. Como se as ajudantes que alegremente comem amoras ao lado do fumo dos cadáveres a arder, não fossem humanas. No artigo é considerada surrealista a fotografia em que um acordionista toca para alguns oficiais e ajudantes que cantam. Porquê surreal? É fácil afastar a ideia de que os nazis não são pessoas. Mas assim vais ser mais difícil compreender a hecatombe moral, que durante aqueles tempos se abateu sobre seres humanos. Retirando a humanidade dos indivíduos que fizeram parte do regime, asseguramo-nos perigosamente que tal não pode voltar a acontecer. Um nazi é um doente, mas é uma pessoa.
7.01.2008
Simples
Naquele dia tudo lhe pareceu simples: virou, seguiu e andou. Quando andou, caminhou e dirigiu-se para o exacto sítio em que haveria de ter que estar se tivesse tido oportunidade de ser informado acerca da sua situação. Como não foi, aquele sítio não era mais que uma chave certa do euromilhões, por reclamar. Tão lame quanto a própria alegoria.
Quando chegou a casa no fim do dia sentiu-se tão inútil quanto o facto de ter estado no sítio em que deveria ter estado, sem que tenha chegado a ser suposto lá estar. Uma vida com antecipados acasos inacabados.
E se tentássemos organizar cada vida de forma a perceber os lugares certos na hora errada? Quantos milhares de lugares certos na hora errada? Pior! Quantas horas certas no lugar errado??!!
Quando chegou a casa no fim do dia sentiu-se tão inútil quanto o facto de ter estado no sítio em que deveria ter estado, sem que tenha chegado a ser suposto lá estar. Uma vida com antecipados acasos inacabados.
E se tentássemos organizar cada vida de forma a perceber os lugares certos na hora errada? Quantos milhares de lugares certos na hora errada? Pior! Quantas horas certas no lugar errado??!!
6.23.2008
No dia
Em que que os esquimós deixarem de ter gelo para escorregar, vão mudar-se e ter uma vida decente.
6.22.2008
Falta de sabedoria
Quando pensamos que dominamos as regras de interacção social, eis que nos aparecem desafios inesperados onde descobrimos que continuamos muito perto da estaca zero.
Continuo a achar que nos levamos demasiado a sério e que nos colocamos num pedestal de gradativa importâcia, conforme as frustrações que não conseguimos resolver.
Continuo a achar que nos levamos demasiado a sério e que nos colocamos num pedestal de gradativa importâcia, conforme as frustrações que não conseguimos resolver.
6.20.2008
6.15.2008
La chinoise
Míudos burgueses clamam contra a burguesia acomodados em mobília ultra burguesa. Só a roupa, por vezes, aflora a estética maoísta marxista-leninista. A discussões teóricas assentam em silogismos fabricados a partir da conclusão. As óbvias contradições já estafadas mas bem interessantes de ver num filme contemporâneo ao fervilhar das ideologias comunista e esquerdista na europa ocidental.
A ausência de necessidade de avaliação moral das ideologias pregadas e dos meios para as levar a cabo. "É preciso fechar as Universidades" - diz Véronique - " Se pusermos bombas matando estudantes e professores eles deixarão de ir".
O denunciador beicinho da protagonista, quando as irmãs mais velhas a ligam à realidade.
A ausência de necessidade de avaliação moral das ideologias pregadas e dos meios para as levar a cabo. "É preciso fechar as Universidades" - diz Véronique - " Se pusermos bombas matando estudantes e professores eles deixarão de ir".
O denunciador beicinho da protagonista, quando as irmãs mais velhas a ligam à realidade.
6.09.2008
Alegria
70% das pessoas que responderam à sondagem ali do canto mais depressa seriam encontradas na missa, do que no rock in rio. A prova que vem revolucionar a estafada ideia de uma humanidade atolada numa crise de fé e religiosidade.
Uma coisa boa que o "RIR" trouxe consigo, o espicaçar da espiritualidade dos leitores deste blogue, em que eu por vezes me incluo.
Uma coisa boa que o "RIR" trouxe consigo, o espicaçar da espiritualidade dos leitores deste blogue, em que eu por vezes me incluo.
6.06.2008
Munspele
Os Moosnpell são uma banda que não faz parte da minha lista de preferências, mas há músicas que ouço com agrado. Da mesma forma que oiço uma musiqueta de Oasis na rádio uma vez ou outra.
Há coisas que eles, enquanto membros de uma banda metal gótica, não podem fazer. Uma delas é dar entrevistas a gajos que não gostam nem conhecem a música deles, e que têm uma postura tão fixe e descontraída que os contagia. Depois temos os Moonspell com caras simpáticas e parvas durante a entrevista para no fim se despedirem com o sinal dos cornos metaleiros a ensaiar caras de mau. Simplesmente ridículo.
Outra coisa que o vocalista Languçar ,ou lá o que é, não pode voltar a fazer, é ir ao Sic notícias dar opinião sobre as coisas do mundo. Ele é gótico e satânico, e deve cingir-se a morte, orgias, vampiros e assim. Perde a credibilidade um aspirante vampírico falar do preço do gasóleo na televisão. Pensando bem, nem entre amigos deveria falar do preço do gasóleo.
Há coisas que eles, enquanto membros de uma banda metal gótica, não podem fazer. Uma delas é dar entrevistas a gajos que não gostam nem conhecem a música deles, e que têm uma postura tão fixe e descontraída que os contagia. Depois temos os Moonspell com caras simpáticas e parvas durante a entrevista para no fim se despedirem com o sinal dos cornos metaleiros a ensaiar caras de mau. Simplesmente ridículo.
Outra coisa que o vocalista Languçar ,ou lá o que é, não pode voltar a fazer, é ir ao Sic notícias dar opinião sobre as coisas do mundo. Ele é gótico e satânico, e deve cingir-se a morte, orgias, vampiros e assim. Perde a credibilidade um aspirante vampírico falar do preço do gasóleo na televisão. Pensando bem, nem entre amigos deveria falar do preço do gasóleo.
Moção
Tenho levado moções de censura com alguma regularidade ao longo da vida. Todos levamos. Apoios inesperados, facadas ocultas e abstenções onde havia apoios declarados. Uma fissão de átomo de emoções e lições em que, merdas à parte, não nos vamos contentando com o mundo. Digamos que, fazendo as contas, o saldo vai ficando negativo. O cliché funciona bem: maximizar os reforços positivos é uma boa solução para quem não queira dar em doido ou transformar-se numa espécie rocha criando raízes no meio do deserto, cujo objectivo será organizar moções de censura vingativas ou de azedume.
6.04.2008
Allez Brigitte!
A Mulher levou uma multa por instigação à perseguição racial porque chamou uns nomes a alguns muçulmanos que em França sacrificam animais. Segundo a senhora, estes deveriam anestesiá-los primeiro.
É uma esperança que desponta para os trdicionalistas portugueses. Começar a multar tudo o que mexa e seja verde. Para mim é alta perseguição cultural, social e quiçá racial quando chamam bárbaros aos aficionados das touradas, ou aos intervenientes das matanças do porco.
É uma esperança que desponta para os trdicionalistas portugueses. Começar a multar tudo o que mexa e seja verde. Para mim é alta perseguição cultural, social e quiçá racial quando chamam bárbaros aos aficionados das touradas, ou aos intervenientes das matanças do porco.
6.01.2008
Terminou enfim, a mais relevante sondagem a nível de lumes que este planeta já viu
As pessoas responderam em massa ao apelo para resolver tão lancinante desafio no que ao sentido da vida diz respeito. Tendo pedido auxílio para completar a seguinte frase: "se não estivesse aqui estaria..." duas pessoas acharam que eu estaria "ali", demostrando uma vontade clara de que eu, a mudar de sítio, não ficasse por lá. Outras duas acharam que eu deveria ir para "algures", denunciando um pensamento um pouco difuso e até sombrio em que eu deveria ir para um sítio que nem de forma indefinida se pode definir.
Chegando aos dois colossos de votação vemos que três pessoas acharam que eu, se não estivesse aqui deveria estar "somewhere". Isto é o germe da causa internacionalista em que havendo hipótese de alguém estar nalgum sítio, que esteja "somewhere" uma vez que "somewhere" poderá querer dizer estrangeiro.
Cinco pessoas que acham que eu deveria ir para onde não chateasse muito, optaram por "acolá", pondo a descoberto a ideia de que acolá seria um sítio suficientemente securizado e asséptico para me manter lá sem que eu tentasse fugir outra vez para aqui.
Chegando aos dois colossos de votação vemos que três pessoas acharam que eu, se não estivesse aqui deveria estar "somewhere". Isto é o germe da causa internacionalista em que havendo hipótese de alguém estar nalgum sítio, que esteja "somewhere" uma vez que "somewhere" poderá querer dizer estrangeiro.
Cinco pessoas que acham que eu deveria ir para onde não chateasse muito, optaram por "acolá", pondo a descoberto a ideia de que acolá seria um sítio suficientemente securizado e asséptico para me manter lá sem que eu tentasse fugir outra vez para aqui.
5.29.2008
Vamos deixar de ter peixe fresco, depois de ter constado que íamos deixar de ter arroz
Infelizmente estas mentirinhas só me preocupam, em vez de me tranquilizarem face á límpida estupidez mundana. É a história batida, rebatida e voltada a contar a cada leve indício de alegoria possível: "O Pedro e o lobo". Há-de haver um dia em que ninguém se vai importar. Nesse dia estaremos todos a ir pela sarjeta abaixo.
5.25.2008
Começou a seca da selecção
Hoje, uma reportagem da Sic foi a uma terreola a 15 kms de Viseu perguntar às pessoas porque é que não têm bandeiras de Portugal nas janelas.
5.22.2008
A vida não é certa
Mas se perguntarem a cem pessoas para se definirem, muitas delas vão de certeza falar da sua transparência, sinceridade, frontalidade... Basicamente características que implicam atacar o outro sem a sensação de culpa, e que por sua vez não gostam ver nos outros.
As pessoas são, em geral, coisas das quais nos devemos manter afastados.
As pessoas são, em geral, coisas das quais nos devemos manter afastados.
5.19.2008
5.16.2008
Os ideais e as cobardias
Correndo o risco de atafulhar este espaço com coisas más em relação às pessoas em geral e a mim em particular, fiquei satisfeito e decidi continuar a fazê-lo.
A ideologia política é para mim perigosa e a maior parte das vezes inane porque embora admita que tenho pouco conhecimento dela, olho à volta e vejo que a maioria dos que lidam ou pretendem vir a lidar directamente com a política não fazem a mínima ideia de que estamos no século XXI. As ideias base de organização social, legal, económica, educacional baseiam-se não só no que o próprio umbigo regurgita, aventando ideias conforme aquilo de que individualmente poderá benficiar, ou então baseando-se em pensamentos repetidos até à náusea e ao absurdo desde 1789, 1910, 1918, 1932,1936, 1974 (riscar o que não interessa). Com estes, no entanto, é fácil lidar, e quando os vejo na tv não há frase debitada que não se consiga ensinar uma criança de 6 anos a desconstruir. O pensamento do Carvalho da Silva, por exemplo, é tão complexo como o da sopa que vou comer ao almoço.
O pior são os espertalhões. Os espertalhões lêem um ou dois parágrafos interessantes e tratam de os assumir como a sua base política. No entanto lá no fundo,não pensam pôr aquilo em prática se algum dia tiverem o poder para tal... Aqui entra Passos Coelho, com um discurso deveras animador e diferente do resto da caravana social democrata, mas que sabemos bem que não passa disso mesmo: discurso animador. Ora vejamos quem é o mandatário nacional para a sua candidatura: Fernando Ruas. Terei que dizer mais alguma coisa? Se não fosse este, os restantes apoiantes da sua candidatura (em que se inclui Menezes)tratariam de refrear os ânimos de Passos Coelho (caso este seja genuíno)se por um cataclismo por ninguém desejado, chegasse a primeiro-ministro nas próximas legislativas. "Você disse que queria privatizar a CGD? Ah veja lá bem... Essas coisas em Portugal não dão certo. É preciso atender às idiossincrasias do país"
A ideologia política é para mim perigosa e a maior parte das vezes inane porque embora admita que tenho pouco conhecimento dela, olho à volta e vejo que a maioria dos que lidam ou pretendem vir a lidar directamente com a política não fazem a mínima ideia de que estamos no século XXI. As ideias base de organização social, legal, económica, educacional baseiam-se não só no que o próprio umbigo regurgita, aventando ideias conforme aquilo de que individualmente poderá benficiar, ou então baseando-se em pensamentos repetidos até à náusea e ao absurdo desde 1789, 1910, 1918, 1932,1936, 1974 (riscar o que não interessa). Com estes, no entanto, é fácil lidar, e quando os vejo na tv não há frase debitada que não se consiga ensinar uma criança de 6 anos a desconstruir. O pensamento do Carvalho da Silva, por exemplo, é tão complexo como o da sopa que vou comer ao almoço.
O pior são os espertalhões. Os espertalhões lêem um ou dois parágrafos interessantes e tratam de os assumir como a sua base política. No entanto lá no fundo,não pensam pôr aquilo em prática se algum dia tiverem o poder para tal... Aqui entra Passos Coelho, com um discurso deveras animador e diferente do resto da caravana social democrata, mas que sabemos bem que não passa disso mesmo: discurso animador. Ora vejamos quem é o mandatário nacional para a sua candidatura: Fernando Ruas. Terei que dizer mais alguma coisa? Se não fosse este, os restantes apoiantes da sua candidatura (em que se inclui Menezes)tratariam de refrear os ânimos de Passos Coelho (caso este seja genuíno)se por um cataclismo por ninguém desejado, chegasse a primeiro-ministro nas próximas legislativas. "Você disse que queria privatizar a CGD? Ah veja lá bem... Essas coisas em Portugal não dão certo. É preciso atender às idiossincrasias do país"
5.13.2008
Aproximai-vos que vou fazer um link!
O blog Fragmentos de Tracey começa bem com uma escolha de filmes do lado direito, que do alto da minha ignorância fílmica aprovo porque gostei de os ver. O último que vi, "We own the night", é do catano. Os outros foram todos muito bons de ver. Sem mais. Qual fotografia, elenco ou perspectiva... A história é boa? Os actores também? Óptimo.
Só não vi o "Fragmentos de Tracey". O tempo urgia e não podíamos ver tudo ao mesmo tempo. Calhou ser o "Luz silenciosa". E do que vos safastes agora! Por pouco não escrevi um trocadilho que me apareceu na cabeça assim que pensei no título do filme e de como poderia conjugar isso com a luz do cinema ou coisa que o valha... Que sorte.
Aqui encontrareis críticas a filmes, mais coerentes do que esta que aqui tentei. Ide lá.
Só não vi o "Fragmentos de Tracey". O tempo urgia e não podíamos ver tudo ao mesmo tempo. Calhou ser o "Luz silenciosa". E do que vos safastes agora! Por pouco não escrevi um trocadilho que me apareceu na cabeça assim que pensei no título do filme e de como poderia conjugar isso com a luz do cinema ou coisa que o valha... Que sorte.
Aqui encontrareis críticas a filmes, mais coerentes do que esta que aqui tentei. Ide lá.
5.11.2008
Conceptualmente atascados
O pensamento livre não deveria ser unicamente sinónimo de poder dizer parvoíces, de pensar em ideologias políticas bizarras, ou de poder ter ideias para revolucionar o mundo.
Animados do objectivo de discutir grandes causas, por vezes esquecemos que ainda não ultrapassámos os patamares básicos de pensamento e ainda não desenriçámos o novelo de conceitos que aceitámos unilateralmente como verdadeiros e totais. Por outro lado, estmos sempre dispostos a pôr em causa os conceitos mais largamente aceites como válidos, quer digam respeito a religião, à sociedade ou ao Universo. Por absurdo, parece ser mais fácil pôr em causa uma forma de organização da sociedade do que o conceito de soap opera, qualquer que seja a sua forma primordial.
Isto porque depois de uma discussão com dois amigos, sobre se poderíamos ou não definir a "série" Lost como uma telenovela (e porque não uma soap opera, uma vez que são praticamente sinónimos) fui acusado de pôr tudo em causa pelo simples facto de considerá-la, pela estrutura, uma telenovela contemporânea. Há obviamente um constrangimento risível em admitir que se gosta de uma telenovela, mas a vergonha da cultura popular que cada um de nós carrega é suficientemente conhecida, e não surpreende.
Mas afinal há outros que como eu põem tudo em causa e, pasme-se, até ponderam incluir a "série" Lost na lista de "Soap Operas", revolucionando a minha assustada contribuição para a considerar um simples telenovela.
Animados do objectivo de discutir grandes causas, por vezes esquecemos que ainda não ultrapassámos os patamares básicos de pensamento e ainda não desenriçámos o novelo de conceitos que aceitámos unilateralmente como verdadeiros e totais. Por outro lado, estmos sempre dispostos a pôr em causa os conceitos mais largamente aceites como válidos, quer digam respeito a religião, à sociedade ou ao Universo. Por absurdo, parece ser mais fácil pôr em causa uma forma de organização da sociedade do que o conceito de soap opera, qualquer que seja a sua forma primordial.
Isto porque depois de uma discussão com dois amigos, sobre se poderíamos ou não definir a "série" Lost como uma telenovela (e porque não uma soap opera, uma vez que são praticamente sinónimos) fui acusado de pôr tudo em causa pelo simples facto de considerá-la, pela estrutura, uma telenovela contemporânea. Há obviamente um constrangimento risível em admitir que se gosta de uma telenovela, mas a vergonha da cultura popular que cada um de nós carrega é suficientemente conhecida, e não surpreende.
Mas afinal há outros que como eu põem tudo em causa e, pasme-se, até ponderam incluir a "série" Lost na lista de "Soap Operas", revolucionando a minha assustada contribuição para a considerar um simples telenovela.
5.08.2008
Apregoar
É quase sempre feio apregoar. Mais feio, quanto mais veemente e pessoal é o pregão.
As desfasagens entre desenvolvimento emocional e intelectual notam-se muito bem em quem, sem noção dos que tem à sua volta, faz alarde do que julga serem excepcionais capacidades. Como se notam as desfasagens? Uma criança faz naturalmente questão em mostrar as suas habilidades e fá-lo por uma necessidade de reconhecimento do mundo que conhece, para se sentir integrada e para perceber qual o caminho certo de aprendizagem intelectual. Fá-lo de forma desinibida, honesta e directa.
Um adulto que tem exactamente esta mesma necessidade de reconhecimento, já não julga que exista a necessidade de encontrar um caminho de aprendizagem. Pelo contrário, apesar de querer o reconhecimento quase à força, o caminho da aprendizagem é tido como certo e o que se quer agora é uma superiorização, uma imposição de formas de aprendizagem ou de interacção, ainda que profundamente erradas.
Aproveitando o desenvolvimento intelectual que adquiriu com o tempo, pode agora alardear as suas habilidades de forma velada, indirecta mas sempre objectiva. Tão objectiva que a dissimulação não passa de grotesca máscara sobre um discurso infantil com palavras mais evoluídas.
As desfasagens entre desenvolvimento emocional e intelectual notam-se muito bem em quem, sem noção dos que tem à sua volta, faz alarde do que julga serem excepcionais capacidades. Como se notam as desfasagens? Uma criança faz naturalmente questão em mostrar as suas habilidades e fá-lo por uma necessidade de reconhecimento do mundo que conhece, para se sentir integrada e para perceber qual o caminho certo de aprendizagem intelectual. Fá-lo de forma desinibida, honesta e directa.
Um adulto que tem exactamente esta mesma necessidade de reconhecimento, já não julga que exista a necessidade de encontrar um caminho de aprendizagem. Pelo contrário, apesar de querer o reconhecimento quase à força, o caminho da aprendizagem é tido como certo e o que se quer agora é uma superiorização, uma imposição de formas de aprendizagem ou de interacção, ainda que profundamente erradas.
Aproveitando o desenvolvimento intelectual que adquiriu com o tempo, pode agora alardear as suas habilidades de forma velada, indirecta mas sempre objectiva. Tão objectiva que a dissimulação não passa de grotesca máscara sobre um discurso infantil com palavras mais evoluídas.
5.06.2008
5.04.2008
Propriedade e fobia intelectual
Mais um dos problemas das pessoas que cataloguei como comum ao longo dos encontros que tenho tido ao longo da vida, é o medo de partilhar mísero conhecimento intelectual e/ou cultural. As pessoas que têm pouco, à partida têm dificuldade em partilhar o pouco que têm. E realmente é cruel pedir a um sem abrigo que partilhe a sua côdea de pão. Não falo de propriedade física, nem de avareza ou de medo de invasão de privacidade, mas sim de pânico que se ultrapassem certos patamares rasteiros de conhecimento.
4.30.2008
Puro Rock Americano (último)
Acabo a série puro rock americano com uma grande banda que deixa qualquer zerista orgulhoso. Jack White é um músico do catano e vai continuar a debitar roque da sua cabeça.
4.27.2008
Vigésima terceira facada IX
O dom que a faca falante dá às pessoas retratadas n'a vigésima terceira facada, é-o de forma completamente aleatória. Se mais absurdo puder ser, explico que quando a faca aparece não sabe a quem vai dar a mensagem da semi-imortalidade. Não se sabe a quem cabe a decisão da atribuição de tal maldição, benção, dom. Alguns não hesitam em endossar a responsabilidade a magia negra e a lacaios de Lavey, enquanto outros afirmam tratar-se claramente de uma graça luminosa e, por isso, divina. A discussão é no entanto muito reduzida e assumindo redundância, reduz-se a duas pessoas, tendo eu referido a palavra "alguns" para justificar a introdução aqui das duas correntes acerca da génese e da existência de tal fenómeno no mundo. Porque, perguntar-se-ão com justificável afã, "será que interessa saber as diferentes correntes de explicação da atribuição de tal fenómeno tão extraordinário, que importa antes de tudo apreciar?" Ainda por cima há duas pessoas apenas a discutir as duas posições antagónicas. " Não será discutir a responsabilidade da vigésima terceira facada, o mesmo que discutir a origem do universo, mas em que os positivistas não pretendem entrar na discussão? Sei que os que defendem que se trata de magia negra e de satanismo não são satânicos. Sei porque o conheço, porque é uma pessoa e não várias, como falaciosamente tento dar a entender por toda a história. Este texto não é científico, tão só narrativo. Então se calhar, a discussão não é igual à da criação do Universo porque nesse caso nunca ouvi que os satânicos tomassem para o seu ídolo a criação do mundo, sendo estes sabedores de que o seu mestre não é mais que um renegado do verdadeiro Senhor que será até para estes, o criador do mundo.
Esta discussão então entre o grupo dos optimistas e dos pessimistas, será quando muito equiparada às querelas sobre as células estaminais e sobre o seu cariz benfazejo ou malfazejo, e em que os partidários do primeiro assumem que as pessoas que o fazem são boas e os do segundo, raciocinando de forma análoga, pessoas más.
Pois bem, na minha opinião e porque estou a relatar isto, penso que é altura de dar o meu parecer e de me identificar com uma das correntes. Mas em nenhuma delas me revejo porque tenho intestina sensação de que a vigésima terceira facada e o seu extraordinário aparecimento é puramente caótico e anárquico. A faca aparece porque alguém a fez, depois alguém a foi investindo inadvertida e inconscientemente de poderes. Estes nada têm de mágico, mais não são que coisas intrínsecas ao próprio fenómeno e que nada ficam a dever à magia. E aqui demarco-me da corrente pessimista.
Poderá até pôr-se a hipótese de estes acontecimentos serem puramente oníricos, irreais e de estas ideias seram apenas um argumento de alguém que habita a realidade. Ou, repare-se como isto é tremendamente possível, as pessoas retratadas nestas narrativas morrem à primeira oportunidade conforme as suas vidas (como qualquer humano) mas por uma razão igualmente fantástica, tudo o resto à sua volta se comporta como se estivessem vivas, agindo, falando, dormindo,comendo com seres inanimandos mas a quem é atribuída colectivamente a faculdade da vida. Imagine-se o caso de G, do relato VG anterior: assustado pela mensagem da faca falante, G. atira-se do vigésimo terceiro andar. Imagine-se que ele estava morto quando a ambulância chegou e que toda a história não passa de uma complexa e quase hilariante alucinação auto-induzida colectiva! Eu acredito que não é isto que se passa, mas vale a pena verificar isto. Ficarei atento a próximos relatos.
Esta discussão acerca da origem do dom da faca falante encontra-se agora mais aceso que nunca, depois de ter chegado o testemunho da história de Y.
Y. levantou-se noutro dia de ressabiamento e ódio, duas qualidades severamente valorizadas pela comunidade, inclusivamente alguns membros da família. Y. não tinha grandes hipóteses de escapar à influência de tão ignóbeis sentimentos que eram, de forma primária, colectiva e desde o berço, incutidos como virtudes e organizadores de uma vida honrosa. As suas suspeitas quanto à falta de sentido da sua vida, por muitas explicações místicas e religiosas que tivesse ouvido, surgiam naturalmente a cada dia vazio que passava. Só o ódio à vista do inimigo lhe possibilitava sentir-se vivo e com um propósito na vida. Destruir porque sim e porque era justo, determinava-lhe os passos, os amigos, relacionamentos, aprendizagens.
No meio de mais um momento de ociosidade e cisma nas atrocidades que o inimigo havia infligido a alguns conhecidos, imbuído do sentimento de vingança, questionamento de objectivos de vida, entorpecido por mais uma tarde inteira a consumir haxixe, aparece a faca com a mensagem da sua quase imortalidade. Abismado com tal notícia e certo de que seria uma benção divina correu a explicar o sucedido ao sábios religiosos da aldeia. Obviamente muitos falaram de obra do demo, mas outros houve que puseram a hipótese de se tratar de trabalho divino e não hesitaram em pôr a veracidade do sucedido imediatamente à prova, atingindo pelo caminho mais alguns dos seus pragmáticos objectivos. O entorpecimento e o ócio eram gerais na aldeia pelo que uma história tão fantástica depressa galvanizou todos.
Era meio-dia quando o cinto explosivo foi colocado à volta de Y. "Agora vai até à cidade e faz o que tens a fazer. Se voltares depois da explosão serás glorificado como mártir excepcional. Se morreres, o inferno será o teu destino e sobre a tua família abater-se-á a desgraça."
Vinte e três explosões depois, Y. foi apanhado pelas autoridades inimigas que há muito se intrigavam sobre missões suicidas em que o autor não aparecia entre as vítimas.
Compreende-se agora a discussão sobre a moralidade ou os objectivos do fenómeno faca, que até aqui teria sido praticamente inócuo. Mas como simpatizar com algo que propiciou 23 missões mortíferas? Avizinhar-se-á algo de obscuro para estes acontecimentos até agora pouco mais que simpáticos, ou pelo contrário, terá sido este um engano? Se for um engano, toda a teoria da caótica organização da facada vai por água abaixo: como explicar enganos no caos?!
Esta discussão então entre o grupo dos optimistas e dos pessimistas, será quando muito equiparada às querelas sobre as células estaminais e sobre o seu cariz benfazejo ou malfazejo, e em que os partidários do primeiro assumem que as pessoas que o fazem são boas e os do segundo, raciocinando de forma análoga, pessoas más.
Pois bem, na minha opinião e porque estou a relatar isto, penso que é altura de dar o meu parecer e de me identificar com uma das correntes. Mas em nenhuma delas me revejo porque tenho intestina sensação de que a vigésima terceira facada e o seu extraordinário aparecimento é puramente caótico e anárquico. A faca aparece porque alguém a fez, depois alguém a foi investindo inadvertida e inconscientemente de poderes. Estes nada têm de mágico, mais não são que coisas intrínsecas ao próprio fenómeno e que nada ficam a dever à magia. E aqui demarco-me da corrente pessimista.
Poderá até pôr-se a hipótese de estes acontecimentos serem puramente oníricos, irreais e de estas ideias seram apenas um argumento de alguém que habita a realidade. Ou, repare-se como isto é tremendamente possível, as pessoas retratadas nestas narrativas morrem à primeira oportunidade conforme as suas vidas (como qualquer humano) mas por uma razão igualmente fantástica, tudo o resto à sua volta se comporta como se estivessem vivas, agindo, falando, dormindo,comendo com seres inanimandos mas a quem é atribuída colectivamente a faculdade da vida. Imagine-se o caso de G, do relato VG anterior: assustado pela mensagem da faca falante, G. atira-se do vigésimo terceiro andar. Imagine-se que ele estava morto quando a ambulância chegou e que toda a história não passa de uma complexa e quase hilariante alucinação auto-induzida colectiva! Eu acredito que não é isto que se passa, mas vale a pena verificar isto. Ficarei atento a próximos relatos.
Esta discussão acerca da origem do dom da faca falante encontra-se agora mais aceso que nunca, depois de ter chegado o testemunho da história de Y.
Y. levantou-se noutro dia de ressabiamento e ódio, duas qualidades severamente valorizadas pela comunidade, inclusivamente alguns membros da família. Y. não tinha grandes hipóteses de escapar à influência de tão ignóbeis sentimentos que eram, de forma primária, colectiva e desde o berço, incutidos como virtudes e organizadores de uma vida honrosa. As suas suspeitas quanto à falta de sentido da sua vida, por muitas explicações místicas e religiosas que tivesse ouvido, surgiam naturalmente a cada dia vazio que passava. Só o ódio à vista do inimigo lhe possibilitava sentir-se vivo e com um propósito na vida. Destruir porque sim e porque era justo, determinava-lhe os passos, os amigos, relacionamentos, aprendizagens.
No meio de mais um momento de ociosidade e cisma nas atrocidades que o inimigo havia infligido a alguns conhecidos, imbuído do sentimento de vingança, questionamento de objectivos de vida, entorpecido por mais uma tarde inteira a consumir haxixe, aparece a faca com a mensagem da sua quase imortalidade. Abismado com tal notícia e certo de que seria uma benção divina correu a explicar o sucedido ao sábios religiosos da aldeia. Obviamente muitos falaram de obra do demo, mas outros houve que puseram a hipótese de se tratar de trabalho divino e não hesitaram em pôr a veracidade do sucedido imediatamente à prova, atingindo pelo caminho mais alguns dos seus pragmáticos objectivos. O entorpecimento e o ócio eram gerais na aldeia pelo que uma história tão fantástica depressa galvanizou todos.
Era meio-dia quando o cinto explosivo foi colocado à volta de Y. "Agora vai até à cidade e faz o que tens a fazer. Se voltares depois da explosão serás glorificado como mártir excepcional. Se morreres, o inferno será o teu destino e sobre a tua família abater-se-á a desgraça."
Vinte e três explosões depois, Y. foi apanhado pelas autoridades inimigas que há muito se intrigavam sobre missões suicidas em que o autor não aparecia entre as vítimas.
Compreende-se agora a discussão sobre a moralidade ou os objectivos do fenómeno faca, que até aqui teria sido praticamente inócuo. Mas como simpatizar com algo que propiciou 23 missões mortíferas? Avizinhar-se-á algo de obscuro para estes acontecimentos até agora pouco mais que simpáticos, ou pelo contrário, terá sido este um engano? Se for um engano, toda a teoria da caótica organização da facada vai por água abaixo: como explicar enganos no caos?!
4.24.2008
Pérolas literárias não editadas XXXIX
Depois de concerto de Soundgarden lá para 91, eis que Chris Cornell é entrevistado por um palhaço nórdico. Entre outras coisas aqui vai uma parte de que me lembro e que traduzo livremente.
PN (palhaço nórdico)- Os Soundgarden andaram em tournée com os Guns n' Roses e os Skid Row, o que é que vocês aprenderam?
CC (Chris Cornell)- (Risos) O que aprendemos?
PN- O que aprederam?
CC- A única coisa que aprendemos foi a estar em shows onde há muitas luzes e onde coisas rebentam em palco (risos)
PN- E musicalmente, aprenderam alguma coisa?
CC- (risos) Musicalmente...Não, não me parece.
PN (palhaço nórdico)- Os Soundgarden andaram em tournée com os Guns n' Roses e os Skid Row, o que é que vocês aprenderam?
CC (Chris Cornell)- (Risos) O que aprendemos?
PN- O que aprederam?
CC- A única coisa que aprendemos foi a estar em shows onde há muitas luzes e onde coisas rebentam em palco (risos)
PN- E musicalmente, aprenderam alguma coisa?
CC- (risos) Musicalmente...Não, não me parece.
4.23.2008
Mas porque é que estas coisas não se fazem só depois da morte aparecer?
Mais uma grande exposição dedicada a Saramago vai assombrar Portugal nos próximos dias. Vamos ouvir a inanidades de um homem que até podia ser gostável devido aos dois ou três livros de grande qualidade que escreveu. Preparai-vos para ouvir coisas que sairiam na boa da boca do cantoneiro que anda a desentulhar as sarjetas da vossa rua: "isto era vir uma bomba e limpar estes capitalistas todos." " Isto na Espanha não é assim que eu tenho lá um primo que me diz que uma pessoa, em querendo, não há ninguém que diga que tal."Isto" representa metaforicamente o mais complexo do pensamento político de Saramago.
Espanha é outra palavra chave. Foi lá que a exposição foi pensada e elaborada. O pessoal intelectual do lado de cá, com medo das bocas que viriam dos lugares comuns do costume:"os espanhóis dão-lhe mais valor do que nós"; "nós não damos valor ao que é nosso"; "nós só fazemos destas coisas quando as pessoas morrem", lá decidiram pedir emprestada a exposição para também ter cá. Considerando cada uma das frases entre aspas um exemplo rotundo de como este mundo em geral, e Portugal em particular, podem ser uma grande seca, escuso-me, porque não sei, a especificar as palavras "nós", "pessoas" e "espanhóis".
Espanha é outra palavra chave. Foi lá que a exposição foi pensada e elaborada. O pessoal intelectual do lado de cá, com medo das bocas que viriam dos lugares comuns do costume:"os espanhóis dão-lhe mais valor do que nós"; "nós não damos valor ao que é nosso"; "nós só fazemos destas coisas quando as pessoas morrem", lá decidiram pedir emprestada a exposição para também ter cá. Considerando cada uma das frases entre aspas um exemplo rotundo de como este mundo em geral, e Portugal em particular, podem ser uma grande seca, escuso-me, porque não sei, a especificar as palavras "nós", "pessoas" e "espanhóis".
4.18.2008
Primeira mão
Chris Cornell explica a este gêbo que não tem paciência para o aturar. Depois lá diz que se calhar vai substituir o Weiland nos Velvet Revolver. Com pena do tipo acrescentou que haveria dois gêbos lá para uma zona recôndita de Portugal que ficariam muito contentes com a notícia.
Foto tirada do síto do Cornélio.
4.15.2008
Ser benfiquista
Na sondagem aqui do lado sobre o campeonato que agora decorre, e em que o Malfica levou três buchas de grande calibre da académica no último jogo, os leitores deste blog votaram que o Benfica irá ser campeão. Eu também vou votar, aumentando para 8 o estrondoso número de pessoas que acreditam no inacreditável.
Claro que há um voto dedicado ao sportem, mas esse não conta, porque habituados a contas impossíveis andam os lagartos.
Claro que há um voto dedicado ao sportem, mas esse não conta, porque habituados a contas impossíveis andam os lagartos.
4.11.2008
Parece que sim que em Pinhel têm lá um burro a mandar naquilo
Um senhor da Guarda, nascido em Pinhel, queria doar uma colecção de pintura comtemporânea no valor de alguns milhões de euros. Negociou com os gajos de Pinhel para estabelecer uma Fundação com o objectivo de ter os quadros em exposição, num solar que para lá está degradado. Eu ouvi isto ao estúpido que apareceu a defender o ponto de vista da autarquia: "Pinhel é conhecido como a terra com mais solares por quilómetro quadrado, e isto é um solar de Pinhel. O solar não podia ir para uma fundação porque deixaria de ser dos pinhelenses, e passaria a ser privado."
Isto é das grandes enormidades que ouvi na televisão. O burranca que falou, até parecia burrico novo mas como se sabe, para ter ideias do início do século XX não precisa ser velho. Quem como eu conhece Pinhel sabe que aquilo é uma terra com um movimento e com um interesse cultural (ou outro qualquer) abrasadores.
Desertificação já!
Isto é das grandes enormidades que ouvi na televisão. O burranca que falou, até parecia burrico novo mas como se sabe, para ter ideias do início do século XX não precisa ser velho. Quem como eu conhece Pinhel sabe que aquilo é uma terra com um movimento e com um interesse cultural (ou outro qualquer) abrasadores.
Desertificação já!
4.10.2008
O embuste do aquecimento global
Ouvi hoje na Europa uma entrevista a Rui Moura, onde foi explicado que o Al Gore é um charlatão e porque é que roça a demência afirmar que o CO2 é perigoso.
Depois, para perceber melhor algumas coisas e descobrir que o frio anda aí para ficar e não o contrário, fui a este blog que pertence ao entrevistado.
Depois, para perceber melhor algumas coisas e descobrir que o frio anda aí para ficar e não o contrário, fui a este blog que pertence ao entrevistado.
4.09.2008
Uma coisa que melhoraria em grande medida a minha qualidade de vida do ponto de vista dos lumes
Em todos os canais da tv haveria a opção de activar ou desactivar, tal qual a opção mute/sem som, a opção "edição extra". Isso. Vejo-me a assistir à entrevista do presidente do sindicato do calçado da região centro, ou o Telmo Correia, ou então aquele belo programa com Mário Soares e Clara Ferreira Alves, e zás! Carrego no botão do telecomando que activa a versão "edição extra". Quão mais divertida seria a vida.
Por exemplo mostram agora uma plantação de cana de açucar para etanol, no/a(?) sic notícias. Os trabalhadores nuns fatos que os faz parecer samurais, e um tipo com uma camisa branquinha que parece um papagaio. Click...
Por exemplo mostram agora uma plantação de cana de açucar para etanol, no/a(?) sic notícias. Os trabalhadores nuns fatos que os faz parecer samurais, e um tipo com uma camisa branquinha que parece um papagaio. Click...
4.07.2008
2012
E aí está! Numa reviravolta alucinante em que fiquei com o cérebro praticamente frito, Obama passou à frente do tipo republicano de 2012 e concluiu com uns fantásticos 5 votos esta significativa e de fiável carácter preditor, sondagem.
4.04.2008
Babilónia
Ali no Tarrento El Mono postou acerca da desertificação do interior, especificamente do concelho do Sabugal. Por sua vez, já o blog da capeiaarraina (sem link) havia avançado com algumas sugestões anti esquecimento bem arco velhenses, mas que ao mesmo tempo até pareciam credíveis, tal a ingenuidade com que foram aventadas. Foi por aqui que El Mono pegou, e bem, afirmando que se deve é tratar das pessoas que estão nas terras (terrentos) e não nos que hão-de vir para formar uma bela e gloriosa e ilusória Babilónia.
Generalizando, gostaria de alertar todos os interiorenses para os perigos da sobrepopulação. Não viver asfixiado por humanos a cada passo é uma benção e não uma fonte de depressividade. As guerras t~em ao longo do tempo proporcionado o controlo populacional de forma bem despropositada e grosseira, causando desnecessariamente milhões de mortos. Com a desertificação consegue-se o mesmo resultado sem mortos. (Aqui desertificação entende-se como desertificação populacional, não a de solo arável.)
Para quê desprezar uma situação que é favorável? Voltando ao caso específico do Sabugal: mas queremos aquilo cheio de pessoas o ano inteiro, com pessoas por todo o lado espalhando o seu odor corporal pela vila (mas qual cidade homem?!), poluindo o ar ainda mais com os canos de escape de respectivas motoretas e carros, ou queremos um sítio com algumas pessoas mas com espaço para ir fazer peões para a barragem?
Segundo sei pelos grandes biólogos de renome internacional Poão e Anabela Jaula, os animaizinhos selvagens estão a recuperar (em alguns casos) a suas populações devido à baixa pressão demográfica. Isto só pode ser bom. Sem verdes a chatear, conseguiu-se no Sabugal o que a greenpeace não consegue em lugar nenhum do mundo desde que existe: reduzir humanos e aumentar animais em geral.
Portanto, vamos deixar as coisas andar no seu ritmo, e quem quiser desenvolvimento deserte para o Litoral onde há muitas escadas rolantes, muitos pombos e humanos a dar com um pau.
Generalizando, gostaria de alertar todos os interiorenses para os perigos da sobrepopulação. Não viver asfixiado por humanos a cada passo é uma benção e não uma fonte de depressividade. As guerras t~em ao longo do tempo proporcionado o controlo populacional de forma bem despropositada e grosseira, causando desnecessariamente milhões de mortos. Com a desertificação consegue-se o mesmo resultado sem mortos. (Aqui desertificação entende-se como desertificação populacional, não a de solo arável.)
Para quê desprezar uma situação que é favorável? Voltando ao caso específico do Sabugal: mas queremos aquilo cheio de pessoas o ano inteiro, com pessoas por todo o lado espalhando o seu odor corporal pela vila (mas qual cidade homem?!), poluindo o ar ainda mais com os canos de escape de respectivas motoretas e carros, ou queremos um sítio com algumas pessoas mas com espaço para ir fazer peões para a barragem?
Segundo sei pelos grandes biólogos de renome internacional Poão e Anabela Jaula, os animaizinhos selvagens estão a recuperar (em alguns casos) a suas populações devido à baixa pressão demográfica. Isto só pode ser bom. Sem verdes a chatear, conseguiu-se no Sabugal o que a greenpeace não consegue em lugar nenhum do mundo desde que existe: reduzir humanos e aumentar animais em geral.
Portanto, vamos deixar as coisas andar no seu ritmo, e quem quiser desenvolvimento deserte para o Litoral onde há muitas escadas rolantes, muitos pombos e humanos a dar com um pau.
4.01.2008
Confronto vivaço
Aqui ao lado jaz uma sondagem que apesar de jazer, nos surpreende com a grande vivacidade que apresenta os seus números de 36 em 36 horas.
Neste momento tipo republicano de 2012 ganha a Obama por 2 a 1. Se eu votei no Obama, posso afirmar que o pessimismo reina na sociedade portuguesa.
E que tal pôr a disputa entre Sócrates e o tipo do PSD de 2013?
Neste momento tipo republicano de 2012 ganha a Obama por 2 a 1. Se eu votei no Obama, posso afirmar que o pessimismo reina na sociedade portuguesa.
E que tal pôr a disputa entre Sócrates e o tipo do PSD de 2013?
3.31.2008
Vamos lá ver...
Aqui, a esquerda fala do poder do indivíduo."Na sua força toda!"
Neste, a direita fala de liberalismo. "Não dos costumes e valores!"
Neste, a direita fala de liberalismo. "Não dos costumes e valores!"
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Não cair sempre em saco roto
3.23.2008
A lei do tabaco? ahahahahah
Nada como vir passar uns dias a terra de ninguém para ver um bom velho desprezo pela lei. Saí ontem de casa até satisfeito por pensar que ia passar uma noite fria no Sabugal dentro do Osíris ou do Xina, sem voltar para casa a tresandar a fumo. Pois é. Aqui no Far East, as lei cumprem-se até onde se quer. Escusado será dizer que fumei cigarros dentro dos bares, como se estivesse na rua, e cheguei a casa com o fedor típico de fumeiro.
3.20.2008
Os espanhóis
Antes de sair de casa vi uma notícia na RTP, que já esperava há algum tempo. A notícia relatava o caso das herdades alentejanas que estão sendo adqüiridas pelos españuelos. E o que é que eles fazem nas herdades? Põem-nas a render! E podem? Não! Toda a gente sabe que o Alentejo é pobre e pobre tem de ficar. Por isso a RTP ouviu um representante da Quercus ladrar umas coisas acerca das árvores (oliveiras) que estão a ser plantadas. Segundo o senhor verde, as oliveiras não podem ser plantadas de forma tão intensiva por causa da fragilidade das linhas de água. Eu não sei o que se passa, mas parece-me que o senhores que investiram naquela herdade (uma associação de vários empreendedores que sozinhos não teriam capital suficiente... Espera lá. Boa ideia!) não estão interessados em desgraçar o terreno que acabaram de comprar. Um dos novos proprietários também falou e felizmente demonstrou ser civilizado, optando por não mandar umas castanhadas ao jornalista que acabou a reportagem assim : "são já 20 000 hectares de terra nas mãos de espanhóis". Pois eu prefiro que estejam na mão de espanhóis do que na mão de nada ou o seu equivalente.
Eles que venham também comprar terrenos ali para a Beira Alta.
Eles que venham também comprar terrenos ali para a Beira Alta.
3.19.2008
Roger is back!
Ele anda aí outra vez. Bem-vindo!
3.16.2008
We must go where the powers of evil are exhorted
Ou mais ou menos isso. A passagem deste título faz parte de um dos episódios de Sherlock Holmes em que Sherlock Holmes faz de si próprio (belos documentários sobre a sua vida e sobre investigação científica estes da Granada).
E sim, os de longa duração são puro gozo. Até eu, um tipo rude, sorri quando Holmes demonstra o seu arrependimento a Watson por ter-se aproveitado, embora quase inadvertidamente, da doce e disponível criada.
E o último dos episódios documentários ? Em que Holmes, com a idade que vai quebrando as estruturas neuróticas que mantêm a sua natural mas não muito desadaptativa frieza?
E sim, os de longa duração são puro gozo. Até eu, um tipo rude, sorri quando Holmes demonstra o seu arrependimento a Watson por ter-se aproveitado, embora quase inadvertidamente, da doce e disponível criada.
E o último dos episódios documentários ? Em que Holmes, com a idade que vai quebrando as estruturas neuróticas que mantêm a sua natural mas não muito desadaptativa frieza?
SIC Notícias
Cada vez melhor. Enquanto a RTP tem o anquilosado Marcelo e o insignificante Vitorino a Sic Notícias tem neste momento no ecrã, Maria Filomena Mónica.
3.12.2008
Este PSD 'stá mais palhaço do que é normal
Basta ver estes Ribau Esteves a elaborar um pensamento para se perceber que algo cheira mal. Depois vê-se António Capucho, com uma elevação que por si só devia envergonhar Menezes e complexifica-se o meu pensamento. Porquê? Porque a democracia é assim isto. Às vezes a ralé consegue chegar ao poder.
3.09.2008
Yah, esse Gentleman é um phony do tamanho da alemanha
Gentleman, change your bullshit style. Por John Holt.
3.05.2008
Os batalhões de Chavez
o presidente da Venezula acaba de entrar em guerra fria com a Colômbia.Faz assim a caminhada óbvia do ditador, que com o país a afundar-se em recessão sem os milagres anunciados, decide voltar-se para mais uma manobra de diversão apontando um inimigo mais tangível que os Estados Unidos.
Para se preparar, a Venezuela recorreu à alta tecnologia e fabricou uns dez batalhões de tanques com capacidade de irromper a qualquer momento da insignificante selva fronteiriça.
Para se preparar, a Venezuela recorreu à alta tecnologia e fabricou uns dez batalhões de tanques com capacidade de irromper a qualquer momento da insignificante selva fronteiriça.
Um destino sempre medíocre
Enquanto que nos países a sério a classe criminosa mata polícias, por vezes até juízes, em Portugal anda tudo em alvoroço porque se matam seguranças de discoteca.
Definitivamente, assim não vamos lá.
Definitivamente, assim não vamos lá.
3.03.2008
3.02.2008
O generation gap chegou e eu já o esperava há muito
Anda aí uma banda que são os Tokio Pensão Residencial sem Estrelas, que é sem dúvida uma das piores coisas que aconteceu ao mundo da música. Se eu previ a hecatombe quando os Linkin Park decidiram começar a existir, o que nos rodeia hoje em dia é já um cenário de desolação e de destruição.
2.26.2008
2.24.2008
As pessoas têm uma ideia acerca do mundo
E é aí que começamos por nos prejudicar. Ter uma ideia acerca do mundo não é muito diferente de ser alquimista: não se pode acertar porque nem é suposto.
Mas macacos me mordam com mil milhões de mil coriscos, se o Jorge Gabriel não devia ser abatido pelas vezes que já falou contra o tabaco, acerca do ambiente, da saúde e até, veladamente, da América. E se não deveria eu próprio ser punido por ter assistido por algumas (demasiadas) vezes aos seus comícios. Se o tipo for de facto subtraído, podeis dizer à Adriana Lima que estou pronto para as vergastadas.
Mas macacos me mordam com mil milhões de mil coriscos, se o Jorge Gabriel não devia ser abatido pelas vezes que já falou contra o tabaco, acerca do ambiente, da saúde e até, veladamente, da América. E se não deveria eu próprio ser punido por ter assistido por algumas (demasiadas) vezes aos seus comícios. Se o tipo for de facto subtraído, podeis dizer à Adriana Lima que estou pronto para as vergastadas.
2.20.2008
Cuba e os Monárquicos
Um comunista como Fidel vem provar a um republicano não empedernido como eu as vantagens óbvias do sistema monárquico.
Não há vergonha, como desde há algum tempo descobri, nestes tipos que julgam que sabem tudo e que acreditam em sistemas totais de controlo da sociedade. Não há vergonha nem compreendo que se defenda um tipo como o Fidel que tem concerteza o mérito de ter contribuido para a comercialização dos maravilhosos Cohiba - e aqui está mais uma contradição, Fidel juntamente com o outro biltre Guevara são duas das figuras a quem o capitalismo fica a dever no séc XX e XXI- mas que não é possível respeitar depois de se manter no poder 50 anos, apoiado num regime que se diz de igualdade e do poder para o povo contra as tiranias.
Bem sei que todos devemos saber a porcaria que é uma ditadura seja de esquerda ou de direita, mas como se justificam os comunistas perante líderes atrás de líderes como Fidel e ainda piores que ele? Bem sei que a cartilha política do PC é bosta e que o Jerónimo nunca leu o Kapital (nem eu) mas mesmo os que nunca leram, pensam e acreditam. Aqueles que nos falam com o ignorante brilho nos olhos da utopia, como fazem para dormir à noite depois de saberem o que fez Pol Pot? Choram e confessam-se a um membro do comité central? Bebem até esquecer e olham horas seguidas para a foto do Paulo Portas para direccionar o ódio? Como conseguem debitar discurso cheios de paixão durante minutos infinitos acerca do mal da concentração do poder, das oligarquias, dos reis (justificando assassínios) e depois olhar para Cuba e dizer que ali é que é? Ou achar que se ali não foi bem, para a próxiam é que é? Que aquela revolução correu mal, mas a próxima já terá menos mortos, e todos vão gostar ou embuchar?
Não há vergonha, como desde há algum tempo descobri, nestes tipos que julgam que sabem tudo e que acreditam em sistemas totais de controlo da sociedade. Não há vergonha nem compreendo que se defenda um tipo como o Fidel que tem concerteza o mérito de ter contribuido para a comercialização dos maravilhosos Cohiba - e aqui está mais uma contradição, Fidel juntamente com o outro biltre Guevara são duas das figuras a quem o capitalismo fica a dever no séc XX e XXI- mas que não é possível respeitar depois de se manter no poder 50 anos, apoiado num regime que se diz de igualdade e do poder para o povo contra as tiranias.
Bem sei que todos devemos saber a porcaria que é uma ditadura seja de esquerda ou de direita, mas como se justificam os comunistas perante líderes atrás de líderes como Fidel e ainda piores que ele? Bem sei que a cartilha política do PC é bosta e que o Jerónimo nunca leu o Kapital (nem eu) mas mesmo os que nunca leram, pensam e acreditam. Aqueles que nos falam com o ignorante brilho nos olhos da utopia, como fazem para dormir à noite depois de saberem o que fez Pol Pot? Choram e confessam-se a um membro do comité central? Bebem até esquecer e olham horas seguidas para a foto do Paulo Portas para direccionar o ódio? Como conseguem debitar discurso cheios de paixão durante minutos infinitos acerca do mal da concentração do poder, das oligarquias, dos reis (justificando assassínios) e depois olhar para Cuba e dizer que ali é que é? Ou achar que se ali não foi bem, para a próxiam é que é? Que aquela revolução correu mal, mas a próxima já terá menos mortos, e todos vão gostar ou embuchar?
Outra coisa
Não percebo nem tenho, como já era de esperar, uma opinião muito fundamentada sobre a situação da independência do Kosovo. Não me agrada que uma determinada área de um determinado país deixe de fazer parte desse mesmo país porque a maioria dos habitantes dessa área específica assim o deseja. Não me agrada também a posição dos nacionalistas sérvios e a forma como têm tratado os albaneses desde há alguns anos.
Enrijece-me os músculos pensar em situações semelhantes na vizinha Espanha, ao mesmo tempo que descontraio e sorrio às contradições dos políticos da esquerda. Risível como os sempre arautos da liberdade e do apoio dos oprimidos (como de facto os Kosovares são ou foram) mostram tantas reticências a uma revolução pacífica como a Kosovar, tudo porque o fantasma da URSS diz da sua tumba obscura, bafienta e rancorosa da vitória da América, que não pode ser, que a Sérvia é soberana. Sorrio quando vejo o governo espanhol pronunciar-se sobre o caso, tendo à perna três casos parecidos. Sorrio porque em Portugal, apesar de na Madeira se falar de um Estado Federal, se assobiar para o lado e continuar a vida como se não fosse nada. E sorrio genuinamente, não é nada...
Enrijece-me os músculos pensar em situações semelhantes na vizinha Espanha, ao mesmo tempo que descontraio e sorrio às contradições dos políticos da esquerda. Risível como os sempre arautos da liberdade e do apoio dos oprimidos (como de facto os Kosovares são ou foram) mostram tantas reticências a uma revolução pacífica como a Kosovar, tudo porque o fantasma da URSS diz da sua tumba obscura, bafienta e rancorosa da vitória da América, que não pode ser, que a Sérvia é soberana. Sorrio quando vejo o governo espanhol pronunciar-se sobre o caso, tendo à perna três casos parecidos. Sorrio porque em Portugal, apesar de na Madeira se falar de um Estado Federal, se assobiar para o lado e continuar a vida como se não fosse nada. E sorrio genuinamente, não é nada...
2.16.2008
Um gajo
Ouve a Jesus Christ Pose e tem pena do Matias Camarão, por estar nos Pearl Jam.
2.15.2008
No dia
em que a gasolina for obsoleta, a cola ganhará novo fôlego comercial.
2.12.2008
Não, não. Não, não pá!
Eu sei que corro o risco de estar a exagerar mas a parte do ..."batatas fritas com sabor a barbecue, não... Não, não. Não, não pá!" fez-me rir como há já muito temopo não. Não, não...
2.08.2008
Blasted Mechanism
É outra banda que é p'ra ir abaixo. Por detrás de um véu pretensamente original e inovador (além de foleiro e de tristemente aludir às coisas do espaço) esconde-se uma música que é pouco mais que um ciclo vicioso de pseudo experimentação.
Claro que pior só a ideia mística de Universo da banda que um dia tive o prazer de ver o vocalista da banda regurgitar naquele programa onde é suposto dormir mas que nem todos sabíamos, confundindo "programa para dormir" com "programa relevante para a cultura e interessante". A embaladora perene era a Sra. Dona Ana Sousa Dias.
Com os Blasted Mechanism o minimalismo ganhou um novo curioso.
Claro que pior só a ideia mística de Universo da banda que um dia tive o prazer de ver o vocalista da banda regurgitar naquele programa onde é suposto dormir mas que nem todos sabíamos, confundindo "programa para dormir" com "programa relevante para a cultura e interessante". A embaladora perene era a Sra. Dona Ana Sousa Dias.
Com os Blasted Mechanism o minimalismo ganhou um novo curioso.
2.06.2008
2.01.2008
1.29.2008
Cá 'stá
Ao fim de uns dias a prova de que o nome deste blog deveria ser rolha, ou paredão e com alguma sorte: barragem. A corrente do diz que não é um blogue lá muito merdoso chegou a este tasco cheia de força, e aqui morreu. Paz à sua alma.
1.28.2008
1.27.2008
Vigésima terceira facada VIII
"Mas o que vem a ser isto?" G. olha sentado na cama, para a faca que fala assegurando-lhe que a partir desse dia será quasi-imortal, conquanto não leve a vigésima terceira facada. Desgraçado da vida, enrola-se num repente verdadeiramente repentino no cortinado à mão arrancado com sofreguidão e depois de tentar com um sapato atingir a faca falante, atira-se da janela do quarto abaixo enquanto pensa "eu até sempre fui um tipo normal, como..."A queda de um vigésimo terceiro andar é dolorosa para quem não morre.
G. estatelou-se e manteve-se. A surpresa misturava-se com a dúvida de que talvez fosse um destino do Além como qualquer outro "agora o meu castigo vai ser ficar aqui assim por tempo indeterminado" e então assim ficou até que veio a ambulância para o levar ao hospital, onde descobriram zero mazelas. "Mas você caiu mesmo do vigésimo terceiro?" "Caí, caí!"
Em menos de uma hora estava na ala psiquiátrica. Os testes sucederam-se, assim como a ingestão de medicamentos reguladores da acidez mental. A baba não chegava a cair, mas a hipotética psicose de G. dera autorização aos médicos para um receituário comprovadamente eficaz. Ou seja: "vamos lá tirar essas ideias parvas da cabecinha nem que para isso tenhamos que o transformar numa couve roxa". A côr da sua cara estava realmente a dealbar mas mantinha-se ainda arroxeada, não por causa de alguma equimose, mas falta de ar por não conseguir perceber o que lhe acontecera desde que se deitara nas calmas para mais uma noite de descanso sem sobressaltos. O arroxeado da sua cara era a prova do assombro e medo que convenhamos, não ajudava os médicos a esquecerem a ideia de que havia doença a tratar.
H. é amigo de G. e não está muito convencidode da história que lhe contaram no hospital. A história que G. relata circular e fixamente é que também não é lá muito credível-"ainda por cima diz que se mandou do prédio abaixo". A mulher aconselhara-o a deixar as coisas andar-"Isto hoje em dia a medicina avançou muito. Pode ser que o curem..." Mas há algo de estranho com G., pensa H. "A forma como fala, se colocarmos de lado o entaramelamento, parce-me bem lúcida. Mesmo quando fala do raio da faca que lhe apareceu durante o sono, é assombro que lhe noto na cara, e não maluqueira."
Passaram cinco anos e G. ainda não teve destreza mental para fingir que nada do que relatava vezes sem conta, se havia realmente passado. Os anti-psicóticos, hipnóticos, barbitúricos, benzos, também não ajudavam muito à sua liberdade de pensamento. Quanto mais o medicavam, mais G. se fixava na faca e na espectacular queda do seu andar. "Onde estará o cortinado que usei para me cobrir? Será que está em condições de ser utilizado quando sair daqui? E a faca, seria shogun, ou da feira? acho que tinha cabo de madeira, mas que me acordou tenho a certeza. Porque será tão difícil de perceber uma história tão simples? Anda tudo doido? Uma faca a falar é assim tão descabido?" Se a falta de discernimento começava a assomar já há algum tempo, G. com a ajuda certa e o aumento continuado das dosagens, facilmente enquadraria um diagnóstico modelo para ser estudado numa departamento de psicologia de uma Universidade à escolha. Aliás, havia já um professor psiquiatra a utilizar as características de G. para fazer o diagnóstico diferencial entre esquizotipia e esquizofrenia. Com alguma criatividade, G. já era um tipo esquizóide claro.
H. não consegue dormir muito bem com isto tudo que vem pensando. Os risos na mesa dos copos acerca do estado de G. levam-no a pensar-se como o responsável moral pela situação. Passará a visitar G. diariamente. Elaborará um plano com I., psicólogo há dez anos, para tirar G. do internamento. "O Basaglia ainda não chegou a Portugal"- diz I. rindo-se enquanto dá uma cábula com as características que G. deverá apresentar aos médicos, e a gradualidade com que o deverá fazer.-" Se o gajo mudar tudo de um dia para o outro ainda lhe aumentam a dose retard"- avisou rindo-se. "Um bem disposto este I...."
Durante um ano H. instruiu G. de como devia agir se quisesse sair dali. "Além de que fazeres isto que te mando é também prova para mim, que não estás mesmo maluco da cabeça!" E esse foi mesmo o problema inicial. G. demorava a compreender as questões e simplificava as instruções a ponto de as fazer perigar se postas daquela foram aos responsáveis da ala. "Se não consegues, esperamos. Se não, temos de começar tudo de novo." Começou por pôr de lado alguns medicamentos que deveria tomar. Estratégia deveras arrojada mas imprescindível para que começasse a dormir menos de 14 horas por dia. Se fosse apanhado nessa situação, seria apenas mais uma confirmação da sua instabilidade mental. Nas consultas, G. começou a falar cada vez com menos certeza dos acontecimentos que o puseram ali, demosntrando dúvidas crescentes quanto à veracidade de uma queda de 23 andares-"Realmente agora é que estou a ver a inverosimilhança da coisa"- disse ao fim de um ano e dois meses de estratégia anti-psiquiátrica. O internamento compulsivo acabara. Por unânimidade achou-se que "o senhor G. pode ter uma vida autónoma ainda que sob vigilância periódica das nossas equipas especializadas".
"Então mas e a faca falante?! E a queda? Até já tenho dúvidas, tal era a insistência com que falavas disso." - " Ao fim deste tempo com aquela droga toda nesta cabaça, também já não sei nada!"
Foi com alegria que no jardim da cidade levou duas facadas quando se recusou a ser assaltado. Enquanto a lâmina saía da barriga pela segunda vez pensava:"Vou estudar psicologia, psiquiatria, neurologia, psicopatologia, epistemologia, ética, biologia... Tenho uma eternidade pela frente não é caríssimo assaltante?
G. estatelou-se e manteve-se. A surpresa misturava-se com a dúvida de que talvez fosse um destino do Além como qualquer outro "agora o meu castigo vai ser ficar aqui assim por tempo indeterminado" e então assim ficou até que veio a ambulância para o levar ao hospital, onde descobriram zero mazelas. "Mas você caiu mesmo do vigésimo terceiro?" "Caí, caí!"
Em menos de uma hora estava na ala psiquiátrica. Os testes sucederam-se, assim como a ingestão de medicamentos reguladores da acidez mental. A baba não chegava a cair, mas a hipotética psicose de G. dera autorização aos médicos para um receituário comprovadamente eficaz. Ou seja: "vamos lá tirar essas ideias parvas da cabecinha nem que para isso tenhamos que o transformar numa couve roxa". A côr da sua cara estava realmente a dealbar mas mantinha-se ainda arroxeada, não por causa de alguma equimose, mas falta de ar por não conseguir perceber o que lhe acontecera desde que se deitara nas calmas para mais uma noite de descanso sem sobressaltos. O arroxeado da sua cara era a prova do assombro e medo que convenhamos, não ajudava os médicos a esquecerem a ideia de que havia doença a tratar.
H. é amigo de G. e não está muito convencidode da história que lhe contaram no hospital. A história que G. relata circular e fixamente é que também não é lá muito credível-"ainda por cima diz que se mandou do prédio abaixo". A mulher aconselhara-o a deixar as coisas andar-"Isto hoje em dia a medicina avançou muito. Pode ser que o curem..." Mas há algo de estranho com G., pensa H. "A forma como fala, se colocarmos de lado o entaramelamento, parce-me bem lúcida. Mesmo quando fala do raio da faca que lhe apareceu durante o sono, é assombro que lhe noto na cara, e não maluqueira."
Passaram cinco anos e G. ainda não teve destreza mental para fingir que nada do que relatava vezes sem conta, se havia realmente passado. Os anti-psicóticos, hipnóticos, barbitúricos, benzos, também não ajudavam muito à sua liberdade de pensamento. Quanto mais o medicavam, mais G. se fixava na faca e na espectacular queda do seu andar. "Onde estará o cortinado que usei para me cobrir? Será que está em condições de ser utilizado quando sair daqui? E a faca, seria shogun, ou da feira? acho que tinha cabo de madeira, mas que me acordou tenho a certeza. Porque será tão difícil de perceber uma história tão simples? Anda tudo doido? Uma faca a falar é assim tão descabido?" Se a falta de discernimento começava a assomar já há algum tempo, G. com a ajuda certa e o aumento continuado das dosagens, facilmente enquadraria um diagnóstico modelo para ser estudado numa departamento de psicologia de uma Universidade à escolha. Aliás, havia já um professor psiquiatra a utilizar as características de G. para fazer o diagnóstico diferencial entre esquizotipia e esquizofrenia. Com alguma criatividade, G. já era um tipo esquizóide claro.
H. não consegue dormir muito bem com isto tudo que vem pensando. Os risos na mesa dos copos acerca do estado de G. levam-no a pensar-se como o responsável moral pela situação. Passará a visitar G. diariamente. Elaborará um plano com I., psicólogo há dez anos, para tirar G. do internamento. "O Basaglia ainda não chegou a Portugal"- diz I. rindo-se enquanto dá uma cábula com as características que G. deverá apresentar aos médicos, e a gradualidade com que o deverá fazer.-" Se o gajo mudar tudo de um dia para o outro ainda lhe aumentam a dose retard"- avisou rindo-se. "Um bem disposto este I...."
Durante um ano H. instruiu G. de como devia agir se quisesse sair dali. "Além de que fazeres isto que te mando é também prova para mim, que não estás mesmo maluco da cabeça!" E esse foi mesmo o problema inicial. G. demorava a compreender as questões e simplificava as instruções a ponto de as fazer perigar se postas daquela foram aos responsáveis da ala. "Se não consegues, esperamos. Se não, temos de começar tudo de novo." Começou por pôr de lado alguns medicamentos que deveria tomar. Estratégia deveras arrojada mas imprescindível para que começasse a dormir menos de 14 horas por dia. Se fosse apanhado nessa situação, seria apenas mais uma confirmação da sua instabilidade mental. Nas consultas, G. começou a falar cada vez com menos certeza dos acontecimentos que o puseram ali, demosntrando dúvidas crescentes quanto à veracidade de uma queda de 23 andares-"Realmente agora é que estou a ver a inverosimilhança da coisa"- disse ao fim de um ano e dois meses de estratégia anti-psiquiátrica. O internamento compulsivo acabara. Por unânimidade achou-se que "o senhor G. pode ter uma vida autónoma ainda que sob vigilância periódica das nossas equipas especializadas".
"Então mas e a faca falante?! E a queda? Até já tenho dúvidas, tal era a insistência com que falavas disso." - " Ao fim deste tempo com aquela droga toda nesta cabaça, também já não sei nada!"
Foi com alegria que no jardim da cidade levou duas facadas quando se recusou a ser assaltado. Enquanto a lâmina saía da barriga pela segunda vez pensava:"Vou estudar psicologia, psiquiatria, neurologia, psicopatologia, epistemologia, ética, biologia... Tenho uma eternidade pela frente não é caríssimo assaltante?
Vigésima terceira facada -1
P. lembra-se de num sonho lhe ter aparecido uma faca bem pouco surrealista indicando-lhe que iria escrever 23 textos sobre ela e sobre os seus poderes: dar aos visitados a capacidade de serem quase imortais morrendo somente se levassem a vigésima terceira facada. "Mas porque é que escreverei tamanho disparate? Sou eu também imortal agora?"-"Não, tu não. E escreverás porque não pensarás noutra coisa doravante. Qualquer ideia que tenhas para um texto ser-te-á apresentada de forma a que a possas integrar na odisseia da Vigésima terceira facada. Todas as ideias não aproveitáveis e alternativas ao contexto facada ficarão obnubiladas ainda antes de se tornarem uma nuvem na tua consciência."
1.24.2008
Prolegómenos para a extensão da moldura penal portuguesa até à eternidade
O maior assassino português tentou matar-se diz o tipo da sic notícias. O conhecido mata-sete está internado num hospital psiquiátrico. Quem conhece o caso sabe que o mauzão da fita mais cedo ou mais tarde tentará a cena da morte outra vez em terceiros e não no próprio. O senhor é doente e talvez a única forma de lhe proporcionar uma vida decente seja conseguir-lhe um sítio para viver sem todos os estímulos que a liberdade lhe dá para matar outra vez. O delírio de ciúme é sobejamente conhecido. Quando associado a certas personalidade (como a do senhor que matou sete membros da própria família) dá em altíssima improbabilidade de remissão.
1.23.2008
Cá 'stamos
A Lisa teve o desplante de afirmar no seu blog que este tasco até não é mau de todo pedindo-me, como se não bastasse, para escolher outros dez locais infectos para agraciar com o mesmo epíteto multi palavresco. Obrigado hã, Lisa?
Tomai lá e passai. Se não quiserdes passar, ardei p'raí com a galanteza do vosso intocável e pestilento blogue.
-Enganos futebolísticos, literatura, cerveja e charutos
-Panque, cantigas e proselitismo
-Rabiscos, cantigas e bigodes
-Roque só.
-Fotografia que não é uma chatice do tipo, ai ui, gosto de fotografia e das sombras e dos contrastes e tretas adjacentes
-Cartilha política e coisas do mundo
-Coisas de minina
-Mortos à bala e a extrema chatice
-Causas do caralho
-Contemporaneidade e assim. Introspecção.
"Oh Pedro mas tu pões aqui blogues de pessoas que nem vão saber que tu os escolheste. Vais quebrar a corrente!" Deus vos oiça, é que não estive para ir ali ao Sabugal Tarrento e inventar dez blogues onde eu putativamente fosse com regularidade. Estes são dez que frequento. Já lá apanhei congestões, pelo que não os estou a recomendar, mas apenas a informar que os visito. (ah que bela fráss)
1.21.2008
Assassinos
Estas questões que o O.J. Simpson tem protagonizado, não mostram senão o bom carácter do tipo, anos depois de a sociedade ter falhado em fazer aquilo que lhe cabia: condená-lo por homicídio. As diabruras aparentemente sem sentido são fáceis de compreender, aumentado a minha empatia com o homem. Crime e Castigo explica.
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Prendei-o e pronto
1.18.2008
Entregues
Se nesse dia não tivesse calçado os sapatos de camurça, tudo teria acontecido da mesma maneira. Tropeçaria da mesma maneira, comeria o pó do chão com a mesma sofreguidão (a inexistente) e as feridas não passariam de pequenos arranhões.
Se olhasse para onde anda ao invés de ir sempre com a cabeça na lua, tudo teria corrido acontecido na mesma, porque ao olhar para onde caminha, uma série de coisas aconteceriam para que o tropeção lhe entortasse o pé esquerdo fazendo-o cair pronto a degustar o pó do chão. As feridas, essas seriam de pouca monta.
Se vestisse camisolas grossas, todas as coisas que lhe iriam acontecer aconteceriam. O calor, o desconforto, ou o calor e o conforto da camisola proporcionar-lhe-iam um vôo nada estético para enorme prato de pó com pó. As feridas, nada de assinalável. A camisola prevenira o corte profundo daquela pedra saliente.
Se fosse de carro, a queda e tudo mais aconteceriam exactamente como deveria acontecer. O pé desenharia um ângulo obtuso com a perna quando empancasse naquela parte do carro em que a porta encaixa quando fecha (sim a parte de baixo)e nem o puxador impediria o encontro com essa iguaria que é o pó da terra. As feridas, iguais a todas as outras já descritas, teriam apenas uma atribuição diferente: " a porra do carro."
Se ficasse em casa, os acontecimento relativos a quedas e feridas insignificantes seriam os mesmos. O excesso de cera no chão facilitaria por breves momentos o desafio das leis da gravidade.Enquanto o corpo estivesse em suspensão, haveria tempo para contemplar o vaso com aquela magnífica terra que se servia de alimento para uma planta, também podia servir para provar a um ser humano...
Se olhasse para onde anda ao invés de ir sempre com a cabeça na lua, tudo teria corrido acontecido na mesma, porque ao olhar para onde caminha, uma série de coisas aconteceriam para que o tropeção lhe entortasse o pé esquerdo fazendo-o cair pronto a degustar o pó do chão. As feridas, essas seriam de pouca monta.
Se vestisse camisolas grossas, todas as coisas que lhe iriam acontecer aconteceriam. O calor, o desconforto, ou o calor e o conforto da camisola proporcionar-lhe-iam um vôo nada estético para enorme prato de pó com pó. As feridas, nada de assinalável. A camisola prevenira o corte profundo daquela pedra saliente.
Se fosse de carro, a queda e tudo mais aconteceriam exactamente como deveria acontecer. O pé desenharia um ângulo obtuso com a perna quando empancasse naquela parte do carro em que a porta encaixa quando fecha (sim a parte de baixo)e nem o puxador impediria o encontro com essa iguaria que é o pó da terra. As feridas, iguais a todas as outras já descritas, teriam apenas uma atribuição diferente: " a porra do carro."
Se ficasse em casa, os acontecimento relativos a quedas e feridas insignificantes seriam os mesmos. O excesso de cera no chão facilitaria por breves momentos o desafio das leis da gravidade.Enquanto o corpo estivesse em suspensão, haveria tempo para contemplar o vaso com aquela magnífica terra que se servia de alimento para uma planta, também podia servir para provar a um ser humano...
1.16.2008
1.14.2008
Grande 2007 (a actualização Kairológica é-me mais cara que a Cronológica II)
1.13.2008
O discurso mediano e suas consequências
Apraz-me conversar com pessoas. Apesar do pessimismo e incapacidade de compreender verdadeiramente o outro quando certos assuntos são abordados, não me nego a uma boa velha converseta acerca do mundo e seus problemas.
Quando os discursos aparecem impregnados dos velhos proconceitos ou instituições mentais, que até eu consigo descortinar, sei mais uma vez que levei com a insustentável previsibilidade disto tudo.
Quando os discursos aparecem impregnados dos velhos proconceitos ou instituições mentais, que até eu consigo descortinar, sei mais uma vez que levei com a insustentável previsibilidade disto tudo.
1.11.2008
Chegou o carro ao preço de um cd
E já anda o pessoal verde a dizer que não, que é mau porque mais gente vai conduzir, logo, aumentar o desequilíbrio ambiental. Depois de dizerem o que têm a dizer, pegam no carro e vão para casa.
1.10.2008
As pessoas continuam a ser o problema
O ano de 2007 terminou e uma coisa salta à vista de qualquer um, a ponto de lhe vazar os olhos. Muitos bichinhos ganharam vida, enquanto outros bichinhos continuaram o seu caminho começado em anos anteriores. O bichinho da música, o bichinho da comédia, o bichinho da representação, o bichinho do putedo, o bichinho do jornalismo... Eu, até ao fim da minha vida espero nunca ter bichinho nenhum a criar-se dentro de mim, a não ser um nematelminte que se formos a ver bem ajuda a controlar o peso.
1.08.2008
7 de Janeiro
É este o primeiro post do novo ano. E com incomensurável preguiça, fica esse facto como o primeiro assunto a ser tratado. O de este texto ser o que começa a série de 2008.
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