4.04.2008

Babilónia

Ali no Tarrento El Mono postou acerca da desertificação do interior, especificamente do concelho do Sabugal. Por sua vez, já o blog da capeiaarraina (sem link) havia avançado com algumas sugestões anti esquecimento bem arco velhenses, mas que ao mesmo tempo até pareciam credíveis, tal a ingenuidade com que foram aventadas. Foi por aqui que El Mono pegou, e bem, afirmando que se deve é tratar das pessoas que estão nas terras (terrentos) e não nos que hão-de vir para formar uma bela e gloriosa e ilusória Babilónia.

Generalizando, gostaria de alertar todos os interiorenses para os perigos da sobrepopulação. Não viver asfixiado por humanos a cada passo é uma benção e não uma fonte de depressividade. As guerras t~em ao longo do tempo proporcionado o controlo populacional de forma bem despropositada e grosseira, causando desnecessariamente milhões de mortos. Com a desertificação consegue-se o mesmo resultado sem mortos. (Aqui desertificação entende-se como desertificação populacional, não a de solo arável.)

Para quê desprezar uma situação que é favorável? Voltando ao caso específico do Sabugal: mas queremos aquilo cheio de pessoas o ano inteiro, com pessoas por todo o lado espalhando o seu odor corporal pela vila (mas qual cidade homem?!), poluindo o ar ainda mais com os canos de escape de respectivas motoretas e carros, ou queremos um sítio com algumas pessoas mas com espaço para ir fazer peões para a barragem?

Segundo sei pelos grandes biólogos de renome internacional Poão e Anabela Jaula, os animaizinhos selvagens estão a recuperar (em alguns casos) a suas populações devido à baixa pressão demográfica. Isto só pode ser bom. Sem verdes a chatear, conseguiu-se no Sabugal o que a greenpeace não consegue em lugar nenhum do mundo desde que existe: reduzir humanos e aumentar animais em geral.

Portanto, vamos deixar as coisas andar no seu ritmo, e quem quiser desenvolvimento deserte para o Litoral onde há muitas escadas rolantes, muitos pombos e humanos a dar com um pau.

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