2.24.2008

As pessoas têm uma ideia acerca do mundo

E é aí que começamos por nos prejudicar. Ter uma ideia acerca do mundo não é muito diferente de ser alquimista: não se pode acertar porque nem é suposto.

Mas macacos me mordam com mil milhões de mil coriscos, se o Jorge Gabriel não devia ser abatido pelas vezes que já falou contra o tabaco, acerca do ambiente, da saúde e até, veladamente, da América. E se não deveria eu próprio ser punido por ter assistido por algumas (demasiadas) vezes aos seus comícios. Se o tipo for de facto subtraído, podeis dizer à Adriana Lima que estou pronto para as vergastadas.

2.20.2008

Cuba e os Monárquicos

Um comunista como Fidel vem provar a um republicano não empedernido como eu as vantagens óbvias do sistema monárquico.

Não há vergonha, como desde há algum tempo descobri, nestes tipos que julgam que sabem tudo e que acreditam em sistemas totais de controlo da sociedade. Não há vergonha nem compreendo que se defenda um tipo como o Fidel que tem concerteza o mérito de ter contribuido para a comercialização dos maravilhosos Cohiba - e aqui está mais uma contradição, Fidel juntamente com o outro biltre Guevara são duas das figuras a quem o capitalismo fica a dever no séc XX e XXI- mas que não é possível respeitar depois de se manter no poder 50 anos, apoiado num regime que se diz de igualdade e do poder para o povo contra as tiranias.

Bem sei que todos devemos saber a porcaria que é uma ditadura seja de esquerda ou de direita, mas como se justificam os comunistas perante líderes atrás de líderes como Fidel e ainda piores que ele? Bem sei que a cartilha política do PC é bosta e que o Jerónimo nunca leu o Kapital (nem eu) mas mesmo os que nunca leram, pensam e acreditam. Aqueles que nos falam com o ignorante brilho nos olhos da utopia, como fazem para dormir à noite depois de saberem o que fez Pol Pot? Choram e confessam-se a um membro do comité central? Bebem até esquecer e olham horas seguidas para a foto do Paulo Portas para direccionar o ódio? Como conseguem debitar discurso cheios de paixão durante minutos infinitos acerca do mal da concentração do poder, das oligarquias, dos reis (justificando assassínios) e depois olhar para Cuba e dizer que ali é que é? Ou achar que se ali não foi bem, para a próxiam é que é? Que aquela revolução correu mal, mas a próxima já terá menos mortos, e todos vão gostar ou embuchar?

Outra coisa

Não percebo nem tenho, como já era de esperar, uma opinião muito fundamentada sobre a situação da independência do Kosovo. Não me agrada que uma determinada área de um determinado país deixe de fazer parte desse mesmo país porque a maioria dos habitantes dessa área específica assim o deseja. Não me agrada também a posição dos nacionalistas sérvios e a forma como têm tratado os albaneses desde há alguns anos.

Enrijece-me os músculos pensar em situações semelhantes na vizinha Espanha, ao mesmo tempo que descontraio e sorrio às contradições dos políticos da esquerda. Risível como os sempre arautos da liberdade e do apoio dos oprimidos (como de facto os Kosovares são ou foram) mostram tantas reticências a uma revolução pacífica como a Kosovar, tudo porque o fantasma da URSS diz da sua tumba obscura, bafienta e rancorosa da vitória da América, que não pode ser, que a Sérvia é soberana. Sorrio quando vejo o governo espanhol pronunciar-se sobre o caso, tendo à perna três casos parecidos. Sorrio porque em Portugal, apesar de na Madeira se falar de um Estado Federal, se assobiar para o lado e continuar a vida como se não fosse nada. E sorrio genuinamente, não é nada...

2.16.2008

Um gajo

Ouve a Jesus Christ Pose e tem pena do Matias Camarão, por estar nos Pearl Jam.

2.15.2008

No dia

em que a gasolina for obsoleta, a cola ganhará novo fôlego comercial.

2.12.2008

Não, não. Não, não pá!



Eu sei que corro o risco de estar a exagerar mas a parte do ..."batatas fritas com sabor a barbecue, não... Não, não. Não, não pá!" fez-me rir como há já muito temopo não. Não, não...

2.08.2008

Blasted Mechanism

É outra banda que é p'ra ir abaixo. Por detrás de um véu pretensamente original e inovador (além de foleiro e de tristemente aludir às coisas do espaço) esconde-se uma música que é pouco mais que um ciclo vicioso de pseudo experimentação.

Claro que pior só a ideia mística de Universo da banda que um dia tive o prazer de ver o vocalista da banda regurgitar naquele programa onde é suposto dormir mas que nem todos sabíamos, confundindo "programa para dormir" com "programa relevante para a cultura e interessante". A embaladora perene era a Sra. Dona Ana Sousa Dias.

Com os Blasted Mechanism o minimalismo ganhou um novo curioso.