7.14.2008

Sondagem

Às vezes comento, outras não. As sondagens valem o que valem e eu não vou estar sempre aqui a valorizá-las como se fossem um ponto de partida para a minha forma de actuação enquanto indivíduo.

Na última sondagem a maioria achou que eu tinha acordado com suores frios porque estaria oniricamente em amena cavaqueira com o Mário Machado. Das cinco alternativas só a certa é que não teve votos. É por estas e por outras que o povo tem má reputação. Mas vós achais, votantes, que o meu super-ego me deixava estar em amena cavaqueira com o Mário Machado? Eu, se em sonhos falasse com esse tipo, era a explicar-lhe o quão burro ele e o Hitler são, e quanta da sua vida ele estava a desperdiçar (possivelmente a minha imaginação aqui punha-o a chorar e a pedir perdão ao primeiro africano que passasse. Posso dizer africano? Se calhar não. Porque há pretos que estiveram menos tempo em África que o meu pai.)

Pois é. Eu acordei sobressaltado porque tinha uma t-shirt vermelha do Che com aquela pose que faz lembrar o Mussolini nos seus comícios da varanda, e de punho estendido berrava coisas que nem eu próprio discernia.

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