9.28.2006

Best Of

Nas colectâneas (a partir de agora neste blog, uma colectânea passará a ser pulectânea ou pompilação, pompi para os amigos) que eu fazia quando andava de walkman cassette, um espírito estranho apoderava-se de mim. Era o espírito do : " não gastes mais essa música do que o que já está". Nunca conseguia pôr a música, de determinada banda, que mais gostava porque o bandido do espírito aterrorizava-me com a visões tenebrosas do futuro. Eis um exemplo: eu a fazer uma compilação de punk rock com laivos de hardcore de L.A. em que os Downset dominavam de longe. Ora bem, o "Do we speak a dead language" começa com a música "Empower" que para quem conhece tem uma entrada de arrepiar qualquer palonço do dead metal. Essa era a música que estava destinada a entrar naquela K7. Mas o espírito apareceu e mostrou-me num concerto a ouvir Downset e a rezar com um esgar de dor, para não tocarem a "Empower", fartinho que estava de a ouvir. Isto foi para mim remédio santo, e em duas pompis que fiz depois disso, duas vezes entraram os Downset, nunca a empower. As músicas escolhidas foram: pocket full of fat caps, e uma que era em castellano, Santos qualquer coisa.

Isto foi bom? Foi. A cena de se gostar muito de uma música de um álbum, e assim assim das outras, em princípio não é mais que acomodarmo-nos (mono se estiveres a ouvir isto, canta alto) ao que nos bate na alma inicialmente. É bom que deixemos a música bater-nos à vontade. "One good thing about music, it´s when it hits you, you feel no pain, so hit me with music..." O Nesta nisto tinha razão.

A Empower continua a ser música do caroço de ouvir, e nunca cheguei a fartar-me dela. Obrigado Espírito de " não gastes mais essa música do que o que (duquiuque) já está" .

Agora com um Walkman digital acabaram-se as pompis, pelo menos em que tenha que se seleccionar com cuidado. Injecta-se tudo, ouve-se tudo, e o Espírito Duquiduque o máximo que consegue é fazer pressão para se ter tudo sempre bem organizadinho, mostrando um futuro em que eu não sei sequer o nome das bandas que oiço. "É a oito daquela banda do álbum vermelho com um tridente... Aqueles!..." Não, não quero isto para o meu futuro.

9.22.2006

Pessoal viajado e assim pela europa

Vão (ou sonham ir) pela Europa fora, vão até à América, conhecem freakalhada, vanguardistas, ideólogos, bebem, falam, drogam-se, comem bem, sexo à vontade, bebem, artistas, gajas, mulheres, música, dormem na rua, em hotéis ou onde calha... Depois vêm defender o Islão e as suas virtudes.

Conheci um gajo que passou a vida entre os bordéis de Bruxelas e de Amsterdão. Entretanto tecia loas à vida num Convento.

No dia

em que os maus e imperialistas americanos perderem a hegemonia no mundo, vou rir-me muito da Odete Santos, da Joana Amaral Dias e outras Senhoras revolucionárias com as suas burkas.

Quando for grande quero...

... conseguir escrever um texto como este sem perder as estribeiras com certos gajos e bater-lhes a merda para fora deles. O que tenho tentado dizer nos últimos meses acerca do Islão e do ódio completamente estapafúrdio aos americanos está aqui: bem explicadinho e passadinho.

9.19.2006

Não vale a pena

O mundo será sempre feito de Chamberlains e quejandos que se julgam muito seguros na sua cadeirinha em frente à lareira, e que pensam que o mal nunca lhes irá bater à porta. Mantêm-se então neutros à espera que os outros aguentem. Conversam com os malignos e pensam que ninguém se lembrará deles na altura em que as coisas começam a aquecer. No preciso momento em que se sentam na cadeirinha confortável, uma bazucada rebenta-lhes com a porta da entrada. Nessa altura reconhecem a sua cobardia e deprimem por não terem agido de forma diferente.

Pérolas Literárias Não Editadas XXX

"Heiiii! Eu é que sou burro! Tinha pé e ia a nadar!!!"

Autoria: MR

Nué?

Lembrei-me agora que há aí cabeças que poderão servir para provar a existência do vácuo total.

Pérola Literárias Não Editadas XXIX

" Everybody Waits."

Autoria: Evan Seinfeld (Vocalista dos Biohazard) respondendo ao meu segundo pedido de autógrafo.

9.08.2006

Neanderthalensis

Os ginásios são uma boa demonstração de que Lúcifer trabalha bem (outra é o Ozzy). Eu, como empirista que sou, decidi comprovar que o Imundo existe. Assim que entro na sala das máquinas logo começa o meu lado bom a abespinhar-se: "mas o que é que tu andas aqui a fazer?!" E ao contrário do que seria de esperar continua: "tens em casa um belo Lomo De Cerdo de bellota em casa e vens para aqui perder uma tarde em que poderias ter um lanche Divinal, e por isso mais perto do Bem!!" Pois é, ao contrário do que se poderia pensar, não é o meu dark side que me manda comer enchidos e estar quietinho. Esse começa ás gargalhadas mal sente o bafo (e o bafio) das instalações:"another day, another massacre! Eh! Tu dá-lhe, que se saíres daqui antes das duas da manhã e com os músculos e estado pouco miserável, não terás cumprido a tua tarefa de te acercares da manada!" A manada é o homo sapiens burro. Eu sou um claro resistente do Homem de Neandertal: as pilosidades, o volume crânio-encefálico, a estatura, os ossos largos, a adaptação ao frio que me faz parecer um lago ambulante sempre que as temperaturas sobem acima dos 26º, a completa intolerância à sede, etc. Claro que os meus ante-ante-ante passados decidiram adaptar-se e quando perceberam que as mulheres Homo Sapiens eram bem mais bonitas que as Neandertais...Ala a mudar o rumo à espécie! Com o tempo chegou-se a isto, as mulheres de Neandertal foram sempre preteridas, enquanto que os homens iam-se safando com a carne e os casacos de vison que levavam ás mulheres sapiens. A parte afectiva também conta. Não sabendo comunicar tão bem oralmente como o seu rival Sapiens (isto porque entre neandertais a comunicação era já quase só telepática, tirando um grunhido ou outro na brincadeira), o Homem de Neandertal teve que se esmerar nos carinhos e afagos em geral, criando mais uma vantagem para si, criando nas mulheres uma preferência bem compreensível.

Por hoje chega que já é tarde.

Férias aldrabadas

Ao contrário do que possa parecer pelo intervalo que vai do penúltimo post((sem contar com este)+(aqui não há links para o próprio blog)), as minha férias já acabaram há mais de uma semana! Na verdade, as minha férias duraram duas semanas, que eu não sou como certos chupistas que por aí andam e tiram férias todo ano porque: "oh xôr empregador eu isso não sei, nem quero, nem gosto, e o salário não dá para comprar a bola , o record e o jogo todos os dias!" Bom, sempre passei uma semana no Gerês e comi n`O Abocanhado. Paz. Civilização à refeição, e mato bravio para descansar e amenizar este espírito perturbado que aqui escreve...
Fotografias claro que não há, porque metade das pessoas que vêm este blogue estavam comigo, a outra metade sou eu.

Voltei, voltei! Voltei de lá!


(ao contrário do sentido das líricas do autor, mas voltei)