2.17.2012

A cantiga do coveiro

Não é fácil para um tipo como eu dizer que gosta do último do Lanegan. O experimentalismo deixo-o na casa da guitarra eléctrica, em lo-fi se possível. Quando não, pelo menos que seja sem grandes produções.

Pois se já Bubblegum era um álbum com umas incursões electrónicas,se o projecto Soulsavers também caminhava por aí e os Gutter Twins idem, não admira que o gajo estivesse com ideias de adensar essa onda. Pois bem, Blues Funeral é um álbum esplêndido com muita produção e experimentalismo electrónico. Não esquece o rock nem o blues (como poderia, com a voz que tem?)sendo aliás os elementos essenciais da obra.

Mas que Ode to Sad Disco custa, lá isso custa.

Não posso deixar de comparar à viragem de Cohen do acústico para o electrónico que na altura alguns críticos consideraram uma merda. Nas críticas a este álbum acho que ninguém correu esse risco até porque têm medo de Lanegan. Que venha mazé o 31 de Março.