12.20.2010

Contribuição para uma lista de 2010 - Diabo na cruz - Os Loucos Estão Certos

O sistema

Há coisas com mais piada, mas observar os arlequins do sistema funcionar como seus antagonistas, é engraçado. Exactamente como os bobos, vociferam, apontam e vituperam para depois comerem da mão em que cuspiram. Às vezes irritam, porque como têm as costas quentes pelos amiguinhos granjeados ao longo de bobagens partidárias, acham-se no direito de pôr todos em causa. Só a moralidade deles vale (ainda que hipócrita). Mil vezes um alinhado assumido, do que um desalinhado maluquinho.

12.03.2010

A síndroma do segundo álbum

É um mito recorrente, esse de que o segundo álbum de uma banda é o mais difícil e invariavelmente o pior de todos, a esperar. Haverá alguns casos assim, de desapontamento depois de grandes esperanças primordiais, pior ainda quando se descobre a banda no momento do primeiro trabalho. Aguardar o segundo álbum, ouvir e decepcionar. Acontece, mas não assim tanto.

Há agora uns entendidos instantâneos cuja estratégia é dizer mal de todos os segundos álbuns existentes no mercado com o lacónico a acumular com melancólico: "o primeiro álbum é que é". E assim o indivíduo entendidinho pensa demonstrar de um chavão só, várias provas da sapiência musical. A saber:
1-"Conheço o primeiro álbum"
2- "Apreciei o primeiro álbum"
3- "Consigo comparar álbuns de música"
4- "Já ouvi, provavelmente primeiro que a maioria das pessoas, o segundo álbum"
5- "Sou melhor do que a carneirada que gosta do segundo álbum, esses ignorantes"
6-"Os gajos da banda são uns vendidos"
7-"Eu é que devia ter produzido o segundo álbum"

11.23.2010

Tirinhas

As mentirinhas são mais perigosas do que as mentironas, ou mentirazonas, ou ainda mentiras de grande porte. As grandes mentiras são muitas vezes espalhafatosas e no fim, acabam por prejudicar o fabricante. As pequenas vão rastejando por entre o discernimento, aproveitando-se dos vazios de concentração, da impossibilidade de confirmação. Como a caçadeira de canos serrados, o fabricante de muitas mentirinhas manda pequenos chumbos, devastadores no conjunto.

11.04.2010

O Outono

A grande tragédia é a impossibilidade de confiar a sério na maior parte das pessoas que conhecemos. As ganâncias, objectivos, ambições,inseguranças tantas e tão pueris levam o ser humano a falhar nas suas obrigações para com o outro. Claro, encontrar pessoas de valor tem um sabor tremendo. Além de nos confirmar a sanidade mental, guia-nos numa espécie de embriaguez de optimismo antropológico. Depois, voltamos à multidão mas sorrimos um bocadinho com gosto.

10.19.2010

Interesse

A psicologia é tida, por muitas pessoas, como uma amálgama de considerações embebidas na sapiência de uns quantos iluminados que decidiram fazer umas analogias engraçadas.Freud é um dos culpados por isso. Na impossibilidade de analisar de forma puramente científica o que o intrigava, elaborou brilhantes hipóteses de explicação do comportamento humano. Infelizmente, a grande parte das vezes não tinha razão, ou pelo menos as suas conclusões não são comprováveis. Continua a ser mais lido do que o Piaget, porque sexo é sempre mais interessante e Piaget é uma seca porque comprova com procedimentos cientificamente reproduzíveis, as suas hipóteses que passam a constructos científicos. Que um leigo, ou um ignorante desconheça que o método científico é a base da psicologia de hoje em dia, percebe-se perfeitamente. Eu desconfio da cientificidade de muita da física e da química que me aparecem por vezes na net. Muito provavelmente porque sou ignorante em relação a elas.

Mau era se um físico ainda andasse a tentar explicar aquela teoria do objecto que volta sempre ao sítio onde pertence ou lá o que era essa parvoíce dos gregos. O mal da psicologia é que muitos seguiram-na por pensarem que fugiam ao racionalismo e à ciência, entrando no mundo mágico onde só existe Carl Rogers (já não é mau), Bioenergia, muita treta de senso comum e, com sorte, algum LSD.

10.16.2010

10.05.2010

Res Minha

Nunca fui nem sou monárquico. Na primária achei piada às diabruras do Afonso Costa e achei normal o homicídio de dois homens por causa de uma cena que me vendiam como importantíssima para o desenvolvimento do país. O país piorou e a benfazeja república deu lugar a quarenta anos de ditadura. Não teço prosápia laudatória à monarquia, mas não me vendam outra e outra vez as qualidades de um regime que mentiu e usou os portugueses para a ascensão social de uns quantos. Ainda bem que Portugal é uma República, mas não vale a pena entrar em euforias bacocas.

10.04.2010

As crises são como relógios despertador

Entre crises os moderados são tratados como extremistas. Depois, com as crises só os extremistas parecem ter as soluções.

9.03.2010

Relações supérfluas

Aqueles tipos sensíveis, mas com eles próprios. Os outros são instrumentos de gestão do barómetro das emoções. Vivem numa montanha russa de enganos, desenganos, graxismo e relações fachadistas. Sentem-se sós e tristes.

Bem Haja

Porquê?

Porque é que na sic notícias chamam Steven Walking, a Stephen Hawking?

8.23.2010

Um movimento anti-psiquiátrico abalizado

É certo e sabido que em Portugal, assim que haja um crime mediático ou incêndios em abundância, os cidadãos, sem distinção de classe social, ocupam-se com afã de atacar a psiquiatria e a psicologia usando de argumentos tão válidos quanto medievais. Aliás, enquanto atacam a ciência, glorificam métodos inventados com alguma criatividade por Torquemada no recomendável século XV.

O engraçado e inovador neste movimento tão português e tão Verão, é que se o movimento de anti-psiquiatria original tinha como objectivo defender os cidadãos de práticas excessivas da ciência, o movimento anti-psiquiatria de Verão compele a sociedade a utilizar com severidade a ciência contra o ser humano. O movimento exorta a experiências utilizando o fogo, o chumbo, aço inoxidável ou cordas de ráfia em seres humanos, com a eventualidade quase sempre desejada da morte do experimentando.

Interessante como são postos em causa os diagnósticos recorrendo a silogismos aceites pela maioria da população. "Ai pegou fogo à mata? E dizem que é maluco? Só para vir cá para fora outra vez!" No fundo as pessoas não acreditam que alguém que pegue fogo a alguma coisa sem outro propósito que não seja o acto em si, não esteja no perfeito juízo. As pessoas também gostavam de pegar fogo às coisas e ficam lixadas quando alguém o faz e não os chama para ver o espectáculo. Os cenários dantescos são apelativos e as pessoas querem, já agora, acabar o servicinho e se temos mata a arder nada como colocar lá um ser humano dentro como forma de sacrifício e de agradecimento às divindades por tal espectáculo da natureza.

E há por vezes a ideia de que esta época é a delícia de qualquer cidadão histriónico. Os telejornais proporcionam às mais variadas senhoras a possibilidade do espectáculo de uma vida. O fogo avista-se e os berros irrompem com o fulgor de uma Valquíria.


Momento demagógico: não vejo o movimento tão activo quando se trata de baixas médicas por depressão.

8.20.2010

De volta às pessoas

Um trabalho onde por vezes a luta é não abanar a cabeça com desdém a quem tentámos ajudar. Onde a liberdade de cada um é soberana e a dignidade muito superior a qualquer preconceito ou julgamento moral. Mas podemos aprender com os erros dos outros on duty. E aí, apropriamo-nos de experiências das quais não teríamos conhecimento sem o trabalho escolhido aos irrisórios 17 anos. Quando voltar a ouvir uma pré-púbere exclamar de forma tão inconsciente quanto histriónica que quer estudar psicologia como forma de auto-ajuda, não me vou irritar tanto.

8.15.2010

A incompetência adora companhia

Sempre que exortamos um(a) incompetente a trabalhar e este está sozinho, com estupefacção reconhecemos o esgar de tristeza surpreendida acompanhado de suores frios com o olhar para o lado, procurando com afã alguém a quem recorrer. Mas quando o(a) incompetente está acompanhado(a) é o exortador que se desgraça. As desculpas, os compromissos, as questões da legalidade laboral, o superiores, os trâmites rotineiros, a exequibilidade, a aferição de necessidade do trabalho...Sabendo da dúbia moralidade de recusar trabalho que lhe é devido, só com as costas quentes a incompetência se atreve a vociferar. E quando o exortador tem a habilidade social de um abominável homem das neves, a incompetência consegue chegar aos tais superiores como responsabilidade e preocupação legítima. Que se foda.

8.12.2010

8.03.2010

Coisas que a vida traz

Com o tempo apercebemo-nos da falibilidade do ser humano, deixamos a criancice ingénua e olhamos à volta percebendo que, quem diria, há pessoas com características profundamente desagradáveis para nós. Alguns anos depois de o pueril mundo desabar, reconhecemos que apesar de a chusma estar ao nosso redor, também lhe pertencemos.Portanto somos portadores de características humanas igualmente desagradáveis para outras pessoas. Tendo esta noção, com mais ou menos esforço tendemos a moldar o nosso comportamento caso isso se justifique segundo todos os nossos valores pessoais, familiares, sociais... Há os que se moldam debalde, fazendo da manipulação afectiva ou social a única forma de relacionamento e sobrevivência em sociedade. Escondendo a sua essência, são clones mimetizando comportamentos, gostos, estilos e até afectos. Há os que nunca se moldam, assumindo a estúpida máxima "sou como sou, ninguém tem nada a ver com isso". Todos padecem da grave condição da certeza absoluta.

7.22.2010

Em português, caralho!

Sim, hoje em dia já são menos as bandas portuguesas a escreverem letras em inglês com erros. Má conjugação verbal, palavras erradas, construção surrealista de frases... As bandas a cantar em inglês dão-se ao trabalho de comprar o office em inglês, para escreverem letras paupérrimas mas sem erros. E porquê, seus burros? Porque soa sempre tudo ao mesmo. Um gajo ouve, por exemplo, aquela música nova dos zero cego, que não sai da Antena 3 e parece que já ouviu aquela história nos secantes álbuns todos anteriores. Falta essência, genuinidade,criatividade. Por muito que o David Fonseca tente, as suas letras soarão sempre a colagens desgraçadas de letras de outras bandas. A linguagem, apreendemo-la no início da nossa vida. As segundas línguas vêm depois. Depois? Depois a base mais crua, genuína, sentimental, está construída. Por isso é que as vossas letras em inglês soam a plástico. É o mesmo que fazer uma canja sem galinha, usando o caldo falso em cubos para dar sabor. A galinha nunca morou no vosso aviário.

7.14.2010

Somos?

A responsabilidade é muito sobrevalorizada e, por isso, relegada para impossibilidade com a qual não vale a pena preocupar-se. Ou seja, da mesma maneira que o obsessivo procrastina por saber da impossibilidade da perfeição do seu trabalho, também o povo português despreza a responsabilização por esta lhe ser apresentada como espada de Dâmocles. Fala-se em responsabilidade quando acontece merda. A responsabilização dos indíviduos é valorizada quando se querem atribuir culpas, quando há desgraças a imputar. A responsabilidade é apresentada tal caixa vazia, quando se quer dar seriedade a algo. É sobrevalorizada e vulgarizada.

7.09.2010

Quem é o Quimbé e porque é que aparece a ser entrevistado antes do concerto de Faith no More?

Ainda por cima apercebendo-se da presença dos Skunk Anansie num dos dias do festival, exorta as pessoas a irem ver a "black". Quem é a "black"? Quem, Quimbé? Quimbé, vai decepar o pé. Quimbé, quina na Guiné enquanto tentares tocar oboé.

7.05.2010

Os mitos

Os alemães frios. Não vi frieza nenhuma no discurso daquele alemão que antes do jogo contra a Argentina se referiu aos argentinos como demasiado emotivos, por serem sul americanos, e que eles, alemães, iriam usar a sua racionalidade para os surpreender. Isto é barbarismo futebolístico do mais emotivo que há. Eu também os vejo em campo a berrar, correr e festejar os golos. Essa da frieza nórdica é um dos estapafúrdios mitos talvez adubados pelos próprios, por terem sido considerados, por tantos séculos, como os animais do norte. Sim, os romanos, já com água quente e sanitas em Roma, olhavam para os loiros de olhos azuis com o desdém que alguns agora usam para olhar para indivíduos de tez mais escura. Mudam-se os tempos, mantêm-se os complexos.

E no futebol? Depois da cínica Itália, agora parece que há alguns a chamar calculista e frio ao futebol alemão. Eu cá não vi nada disso. Vi bom futebol, verdadeiro e bonito jogo de equipa, raro neste Mundial, acompanhado de zeradas, sempre agradáveis de contar. Aqueles sprints, diagonais, passes e remates para o sítio onde está o mocho são o papel químico da alegria que vai na alma dos jogadores alemães. Ainda estou pela Holanda, mas os alemães começam a dar-me luta...

7.02.2010

Garotos

Para o dinheiro que ganha e a pressão sofrida amiúde por todas as razões, apesar de muito provavelmente não saber o significado de amiúde, muito bem se tem portado o rapaz.

6.29.2010

Os modistas expressionistas

O que é isso de agora chamarem aos jogos "roda-bota-fora", "mata-mata"? Mata-mata está mal. Só uma equipa é que mata, a outra morre. Roda bota fora é um expressão só por si poética, mas talvez demasiado popularucha para os jornalistas contemporâneos e citadinos que além de pulularem por aí, ainda fazem as reportagens do mundial.

Tipos que sabem escrever

Joel Neto, que além de outras qualidades, teve a de não se aborrecer com um certo ébrio na noite de S.João, depois das marchas das Sanjoaninas.

Sim, há ali um fanatismo contra o Glorioso, aliás comum a todo o não benfiquista português. Mas vá, a que vilipendiem o Benfica estamos nós habituados. Ide lá e lede.

6.28.2010

Contristado me deito

A banca ameaça fechar a torneira ao crédito, avisam alguns jornais verdes de medo. Já concluímos há algum tempo que as pessoas andaram a gastar em demasia devido, sobretudo, ao crédito. Se não houver crédito, não há problema. Claro, as empresas precisam. Mas a banca ameaçar que vai fechar o crédito é como eu começar a ameaçar que vou passar a andar nu na rua. Isto é decerto mau para os transeuntes. Mas pior, pior, fico eu.

6.22.2010

Futebol

É impressão minha ou o Villa ontem fez aquilo que toda a gente espera do Ronaldo?

6.21.2010

O Presidente

Cavaco anda sob fogo cerrado. Agora, por não ter comparecido nas cenas fúnebres de Saramago, criticam-no. Como se não criticassem caso aparecesse. Parece-me óbvio que a vontade de Saramago, familiares e amigos, seria a de que um dos responsáveis pelo impedimento d'"O Evangelho Segundo Jesus Cristo" concorrer a um concurso literário internacional, não comparecesse neste dia.

6.18.2010

Voltei de férias

Ainda anteontem estava em Amesterdão, ontem em Lisboa e agora já estou cá (Serretinha city).

5.30.2010

Bois

Foram condenados uns quantos tipos de uma das claques do Benfica. Regozijo-me com o facto e crio expectativa pelo dia em que as outras claques sejam também encarceradas.

5.28.2010

O mundo está mais que achado

Descobriram um puto indonésio que fuma dois macitos de cigarros por dia. Que num país muçulmano ainda não o tenham iniciado nos prazeres do Whisky ou Cognac, ainda entendo. Mas as fotografias e os vídeos não mostram uma única xícara de um bom café javanês. Maus tratos infantis, é o que é.

5.19.2010

Em tempos de crise pode comer-se decentemente



Não sendo apreciador dos mexilhões, já as lulas são uma verdadeira especialidade como a caixa indica. O Tenório, velho conhecido, mantém a discrição quedando-se para o fundo da imagem, sem no entanto esconder a enorme estatura indicadora do requintado relevo entre os enlatados portugueses. De realçar que tudo o apresentado nesta foto é confeccionado por operários portugueses por sua vez colaboradores de empresas portuguesas dirigidas por portugueses. Até as ovas de pescada, com rótulo inglês por ser produto tendencialmente de exportação. Os peixes e moluscos em si creio serem estrangeiros, alguns.

5.12.2010

O Papa anda contente

E isso é bom. De pouco valem as fúrias dos anti-papistas, perante os milhares exultantes da sua presença.

5.07.2010

Assassinos românticos

As três pessoas assassinadas no banco posto a arder por bandalhos da
extrema-esquerda são a triste prova da perniciosidade dos movimentos que tantos se esforçam por legitimar.

Podre é o facto de ninguém nas notícias chamar os assassinos pela ideologia política, como certamente fariam se fossem da extrema-direita.

4.29.2010

Nem em bandas velhacas já se pode confiar

Os Slayer, agrupamento musical que aprendi a apreciar com entusiasmo, não se definem por letras sensatas, ou mensagens moralistas. A banda com músicas como "Raining Blood", "Kill Again","Necrophiliac" ou "Piece by Piece", decidiu fazer uma música chamada "Americon" onde clama contra os excessos políticos americanos. Macacos me mordam se estava preparado para ouvir uma música tontinha dos Slayer. Papar mortos? Sim senhor. Chover sangue? Venha ele. Assassinar e gozar o momento? Vamos a isso. Errar política externa? Epá isso é que já não.

4.28.2010

O ser humano, essa bela localidade

Há pessoas que pedem desculpa, mas não é para estas serem aceites. Não, essa agora! É para o ofendido desvalorizar o sucedido e dizer algo branqueador. Se ficamos calados e não branqueamos a questão, o ofensor muda de estado e passa a ofendido.
- "Olha o o cabrão. Peço-lhe desculpa e nem uma carícia no cocuruto..."
Sim, os filhos da puta que nem pedir desculpa sabem, são piores. Mas de patamares está o mundo cheio.

4.14.2010

Olha o senhor Gonzaga!

Os representantes da Igreja Católica ainda não estão contentes

Depois das revelações acerca do abuso de crianças, parecem querer continuar na senda do Mal. Dedicam-se agora à disseminação do ódio, fazendo uma ligação algo estapafúrdia entre paneleiragem e pedofilia. É como o garoto, que sendo apanhado a roubar bolachas, acusa o cão de as ter comido.

4.08.2010

Terra Africana

O tipo nazi com nariz de preto que mataram na África do Sul estava, mais que a pedi-las, a desejá-las. Numa luta anacrónica e estapafúrdia Terre Blanche abusava da sorte desprezando seres humanos com cor de pele diferente e ideias melhores, apelando ao ódio e à guerra racial. Quem viu as reportagens sobre o bicho, especialmente a de Louis Theroux, percebe que este fim é quase uma última tentativa do racistóide de incendiar os ânimos.O assassínio é uma merda, mas os homicidas até se entregaram e vão cumprir pena pela enormidade que cometeram. O tipo era um merdas e não lhes pagava, mas matar passa um bocado a mais.

Isto tudo só nos faz relembrar que a África do Sul está, também ela, uma merda. Mandela, um génio político justamente reconhecido pelo mundo, deu lugar a um matarruano, líder de um partido mais parecido com uma organização mafiosa, fruto de anos de encarceramento de Mandela e da gestão de Winnie e respectivos comparsas. Morrem às centenas, os fazendeiros branquelas assassinados por movimentos de ajustes de contas com o passado. Ajuste sempre recusado por Mandela.

4.07.2010

Algures num destes Domingos, no Diário Insular...

Em nome do pai
PN: Ainda há pouco se festejou o dia do Pai e, provavelmente, alguns leitores pensam que me vou debruçar sobre o papel paternal no seio da família. Muitos aproveitarão para clamar: “Aí está ele a dizer mal outra vez!”. Porém, que poderei dizer de negativo sobre a figura paternal?
Na verdade, só posso elogiar todos os meus confrades que não só se esmeraram no acto da procriação como sobretudo na educação dos seus primogénitos. Ainda para mais quando se ouve dizer que a família já não é o que era, que os valores da família estão desvanecendo e que as novas gerações irão pagar caro as transformações das sociedades ocidentais.
Obviamente que, como diz a voz popular quando recorre a máximas quase sempre certeiras e mesmo apesar de se basear no senso comum sem nunca ter usado as diversas “démarches” que a ciência obriga para comprovar determinado facto da natureza seja ela biológico, físico ou humano, mas, dizia eu, como diz o povo esta temática tem “pano para mangas” e, não obstante ter utilizado a palavra pai no título desta crónica, o meu propósito tem que ver com uma teoria bastante insólita que ouvi da boca de um fervoroso crente que tentou justificar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo podiam ser um só, unidos numa mesma entidade.
Perante um ateu militante, o tal aduloso crente, que até trazia vestes e usava barba e cabelo comprido imitando Jesus Cristo, explicou que a água também podia transformar-se em três elementos, a saber líquida, gás enquanto vapor e sólida na forma de gelo. Gostei desse argumento mas reconheci que não é com estas teorias que se convence os mais cépticos de que Deus existe e que a Bíblia deve ser interpretada literalmente.
No entanto, sabe-se que hoje em dia muitas vozes questionam a teoria da evolução, contra-argumentando com ideias mais ou menos criacionistas que seduzem cada vez mais as pessoas desiludidas com as religiões monoteístas e com uma ciência que nem sempre responde às expectativas criadas.
RS: Bem, a ter em consideração as respostas que ciência e a religião dão às perguntas, veremos que algumas se vão alterando ao longo do tempo. Nenhuma detém respostas definitivas. Contudo, a ciência tem tendência para alterar mais rapidamente as suas visões e a religião tem uma taxa de actualização muitíssimo mais baixa. Ainda não consegui engolir que Plutão já não é um planeta – quando era miúdo era planeta; agora já não é. Ao menos o Limbo levou mais do que quinhentos anos a desaparecer…
Quanto ao dia do Pai, não posso deixar de sorrir ao elogia que fizeste a todos os que se esmeraram na velha arte de fazer bebés. Havia uma teoria no século XIX que colocava a tónica no estado de espírito dos progenitores durante o acto como transmissão de características psicológicas às crianças. Pais felizes faziam bebés felizes; pais tristes, filhos tristes; sinto que os meus pais estavam meio distraídos…
Gostaria também aqui de deixar o meu elogio a todos os que se continuam a esmerar na arte da procriação, como diz o Noval. E também os que educam todos os seus filhos e não apenas os primogénitos. Faço-o não tanto por uma questão de conceito de família mas porque assim sinto que trabalho todos os dias em prol da melhoria de vida das gerações que aí vêm, incluindo a do meu. Caso contrário, passo a pensar no trabalho como benéfico apenas para mim e os da minha geração.
PP: É enternecedor ver dois pais a tentarem vender a ideia de como é óptimo ter filhos, como quem anuncia o seu contentamento ao comprar a última novidade da TV Shop. Meus caros, anotei mas não vou fazer a chamada. E Paulo, dizer que o povo utiliza máximas quase sempre certeiras só acirra o meu fraco sexto sentido (parece que nós homens o temos e as mulheres têm um sétimo) de estar perante marosca e publicidade enganosa. A marosca da responsabilidade de termos todos responsabilidades procriadoras, como se de animais de estábulo nos tratássemos, é perigosa ainda mais quando os argumentos fedem com outros, de serem sempre os mesmos. - É para o bem da Humanidade e do Estado. Dizem com ar grave alguns dos bovinos. Sejamos humildes e honestos. Para o bem da humanidade? Do muito pirralho que tenho conhecido, uma mão cheia contribui para a não deterioração do prognóstico, já de si reservado, do futuro da humanidade. Mas atenção, não descartei a hipótese de dar uns primos aos meus sobrinhos. Os meus genes não são menos egoístas do que os dos outros…

Legenda: PN - Paulo Noval
RS - Rogério Sousa
PP - Pedro Pereira

3.28.2010

Têm bom gosto os extras



Daqui.

O segredo

O psiquiatra do violador de Telheiras diz que não quebra o sigilo profissional nem por nada. Está bem, ele que renuncie à ética profissional. Mas este caso só demonstra a bandalheira do país em que vivemos. O senhor psiquiatra deve ter criado uma relação de amizade com o tipo e agora reciusa-se a entregar o amigo.Que bonito... Pena é que o amigo seja um violador em série. É verdade que o papel de psicólogo ou psiquaitra é um pouco psicopata, uma vez que se valoriza muito a criação de uma relação empática e alicerçada numa aliança terapêutica que permite ao cliente confiar para contar o breu que lhe vai na alma, estando o profissional ciente de que, em caso de crime ou falta de pagamento, acaba a relação de confiança. No entanto, enquanto a falta de pagamento mantém o "psi" na obrigatoriedade do sigilio, estando o crime a ser cometido, o "psi" é obrigado a abandoná-lo. Crime e falta de pagamento de honorários.Duas coisas essenciais no trabalho de psicoterapia. Será o senhor psiquiatra sensível às duas?

3.26.2010

Já é tempo, já é hora

De se acabar com o raio do XPTO. "Epá, que carro todo XPTO". "Depois fomos lá e tinha um televisão toda XPTO". O que é isto, páááááá?! Mas todo, porquê? Porquê todo, se nem se sabe o que é? "Tens um estilo todo XPTO". Todo XPTO o quê? E não metam Cristo ao barulho, por amor Dele! O que é isso? Ãh? "Epá, que carro bonito". "Depois fomos lá a casa e tinha uma televisão das novas". Não fica melhor? Claro que fica. -"Tens um estilo à Pedro Pereira". Simplificar não implica juntar aleatoriamente letras do alfabeto e tomá-las como palavra. E não me venham falar do sentido figurado e das letras. Está mal. É feio. Soa ruim. Xícaras de Plutónio para Todos os Otários. Morte lenta e agonizante de radiação. Principalmente para o robô de uma série portuguesa que dava quando eu era criança indefesa e se chamava XPTO. Que estupidez.

3.21.2010

É simples de perceber.

"O homem não tem condições de mudar o clima global, mas tem grande capacidade de modificar/destruir seu ambiente local. A Terra tem 71% de oceanos e 29% de continentes. Desses 29%, metade é constituída de gelo (geleiras) e areia (desertos). Do restante, 7 a 8% estão cobertos com florestas nativas e plantadas. O homem manipula, então, cerca de 7% da superfície global e, portanto, não pode destruir o mundo. Os oceanos, juntamente com a actividade solar, são os principais controladores do clima global. Mas, existem outros controladores externos, como aerossóis vulcânicos e, possivelmente, raios cósmicos galácticos que podem interferir na cobertura de nuvens. Em resumo, o clima da Terra não é resultante apenas do efeito-estufa ou do CO2 e sua concentração. Ele é um produto de tudo que ocorre no Universo e que interage com nosso Planeta. Como foi dito, a conservação ambiental é independente de mudanças climáticas e é necessária para a sobrevivência da Humanidade"

Prof. Molion responde aqui.

3.18.2010

Como numa reunião de condomínio de descobre porque é que há guerras no mundo

Já me tinham avisado com conhecimento de causa e até os Gato Fedorento fizeram sketchs que eu, inadvertidamente, desprezei. "Não pode ser assim tão mau" pensava eu com deplorável optimismo. Não sorri tanto quando foi posta em causa a minha herança cultural e a minha responsabilidade para com a comunidade, no final de uma reunião que tinha tudo para correr bem. E tudo, porque há alguém que vasculha o lixo. Sim, o lixo.

Sim também já tinha sido alertado para as pessoas que gostam de respirar o putrefacto ar da certeza da sua superioridade moral. Dos seus nefandos pensamentos em relação aos que não agem com a pureza devida ao ser humano. De como desprezam os defeitos típicos da humanidade, incapazes de reconhecer os próprios. Vi isto tudo nos filmes e séries sobre os nazis.

3.14.2010

As tristezas de um país com 40 anos de ditadura

As pessoas não sabem a diferença entre autoritarismo e autoridade. Confundem-nos e alegremente falam de dar lambadas a alunos que o mereçam. E como definem eles o merecer? Não se sabe. Mas são tão irreverentes na defesa do tabefe que não se apercebem da inevitabilidade de os seus próprios filhos terem de, um dia, ir para a escola. Mas como estas pessoas são muitas vezes masoquistas e subservientes perante o autoritarismo (por isso é que o querem exercer. No fundo querem parte do bolo da repressividade. "Se eu levei nas trombas também quero poder dar". A mesma razão que leva um nazi a sê-lo...) é provável que se um filho chegsse com as marcas da cota da mão na cara dissessem: "é porque o mereceste". Ou então vivem no mundo da carochinha das pessoas que se julgam imaculadas: "filho meu jamais precisará de levar tabefes. Porque filho meu não é como essa escumalha que para aí anda."

Isto é tudo uma questão de bom senso e liberdade individual. A escola não está bem e isso não é novidade para ninguém, mas que retrocesso civilizacional seria se o Estado voltasse a permitir os castigos croporais na Escola, diminuindo o papel da família a espectadora do processo educativo.

Isto, por discussão começada no Tarrento.

O Alberto João é unanimemente desconsiderado

As unanimidades são bovinas. O discurso no congresso é o mais inovador e pragmático de todos os que ouvi.

3.13.2010

Na escola e no mundo

Sempre houve e sempre há-de haver injustiças. Coisa feia era ver os queixinhas que pediam o 4 porque o outro tinha 5. Ou os que pediam 5 porque o outro tinha 3. Ou os que iam à escola por ver lá andar os outros.

3.01.2010

Sal e Azar

Em conversa amena com senhor transeunte, este assegurou-me que "isto aqui já só lá vai não com um, mas quatro Salazares." Muito bem. Em que lugares? Na presidência, como primeiro ministro, no talho e na bomba de gasolina, por exemplo? Ou como varredor de ruas? Quais os lugares chave para arrumar os quatro salazares que poriam "isto" no lugar?

2.24.2010

O Panque Roque

Já aqui falei nos Los Kojones, bonita banda de punk rock do Sabugal. Volto a falar neles porque fizeram agora umas músicas novas em que se inclui uma que fala de um jovem que vendo a situação complicada no Sabugal, decide ir trabalhar para a Ilha Terceira que vem a fazer parte do arquipélago dos Açores, isto tudo em 40 segundos. Ide lá e procurai a malha "Pereira".

2.19.2010

Isto é tudo muito complicado

Se por um lado compreendo que alguns bascos não queiram ser espanhóis, por outro também compreendo que a Justiça queira prender por muito tempo tipos que mostram o seu descontentamento em relação à espanholidade com bombas que acabam, às vezes, por aleijar.

E então parece que há cá tipos destes chateados com a vida a amarelo e vermelho, mas os tribunais não sabem o que hão-de fazer. Aquele desgraçado que ganhava a vida a roubar bancos, provando que às vezes é possível ganhar dinheiro fazendo o exacto oposto ao estabelecido pela sociedade, apanharam-no logo. A gajos que matam porque não gostam de Madrid, que até é uma cidade agradável, não se sabe o que fazer...

2.18.2010

Que malhão jogável!

Arranjei o Call of Duty 4 Modern Warfare, graças às maravilhas do mercado quase livre, por uns meros 13 euros. Hoje virei-o. Que belo jogo.

2.12.2010

Porque aos 29 ainda é possível



Sexta-Feira passada moshei num dos melhores concertos da minha vida. Foi neste aqui em cima.

2.09.2010

Campos de críquete, não?

Hoje, numa televisão pública, disseram que os etarras tugas tinha explosivos suficientes para fazer explodir uma área do tamanho de dois campos de futebol. No Verão também são campos de futebol que ardem. Temo bem que qualquer dia as cheias também sejam contabilizadas em número de estádios cheios até a cima.

2.04.2010

Adultícia

Grande parte do caminho da adultícia passa por deixarmo-nos de merdas. Seja o nacionalismo, o rato Mickey ou igualitarismo, só com maturidade e calos no cérebro se consegue perceber que a manipulação faz parte da nossa educação, embora tenhamos o poder de escolher caminhos e deixar na caixinha de memórias os dias em que acreditávamos que o menino Jesus deixava prendas no sapatinho. A república e a sua implantação foi-me ensinada seja na escola ou pela televisão como a melhor coisa que podia ter acontecido a Portugal, a seguir ao 25 de Abril. O país pára com afã para comemorar a construção da antecâmara do Estado Novo, para depois festejar, com lágrimas nos olhos, o fim deste. Alguém faça o diagnóstico, por favor. E agora vêm-me com merdas de que ai, ui, a República é que tem sido tão boa para todos. Começou logo mal quando se matou um tipo de seu nome Carlos que além de bom ar, aparentava ser porreiro e mais letrado do que a maioria (todos?) dos políticos que cantam as balelas do centenário. Não contentes mataram-lhe o filho. Foda-se, pá.Assim, não. Mas vá, gosto da ideia republicana de que qualquer um pode chegar ao topo. Aliás, se há coisa que deu gozo foi ver o atrapalhado George W. chegar a presidente e ver os democráticos e republicanos europeus assanharem-se contra a decisão estapafúrdia do povo americano. Um pouco o desprezo que Hitler, do alto da sua sobranceria europeia-ariana, fazia questão de mostrar nos seus discursos. Há coisas que não mudam. Mas os tempos sim. E as novas gerações, para o bem e para o mal vão ser mais fodidas de manipular, porque se estão a cagar para os discurso enformadores e ideológicos. E aqui os meus resquícios de merdas que ainda não deixei para trás reavivam: anarchy in the small rectangle!

1.31.2010

Areias movediças

Gosto do termo movediço. E que dizer da moral movediça das empresas de areia para gatos que asseguram que um saco dá para um mês? Sim, claro...

O Verbo

Verbalizar é uma palavra feia, mas necessária nvojargão da psicologia, como pistão no da mecânica. Ambos os vocábulos, estranhos de pronunciar e feios na fonia. Mas necessários... Como dizer que um sujeito falou de tal forma, que expôs em discurso um sentimento? Verbalizou. Pôs em palavras o que lhe vai na alma. Não sendo uma acção vulgar,é tão específica que requer uma forma cirúrgica de assinalar. Um trabalho sujo que o verbo verbalizar assumiu.
O mundo é um lugar estranho e vai daí, existem pessoas que acham piada à palavra verbalizar. Então é um vê se te avias a utilizá-la, nas suas mais nefandas formas verbais, substituindo sem pudor o muito mais elegante e bonito "dizer".

1.23.2010

Só Hoje

Abri a edição especial do Bleach, em vinil. Trazia um concerto de 2 de Setembro de 90. Habituado às bootlegs de má qualidade dessa altura, não estava à espera de tremendo concerto. Puro Punk Rock Americano de Aberdeen.

1.17.2010

Pressões à pressão

Vivemos num país onde quem não sofre pressões não é nada. É essa, possivelmente, a razão pela qual Jorge Jesus gosta que o Benfica jogue aplicando pressão alta. Dessa forma nenhum adversário se sente diminuido ainda que derrotado copiosamente.
O Bruno Nogueira disse numa recente entrevista à Sábado que sofre "pressões camufladas". Ora bem, além disto ser um oxímoro ao nível de qualquer poeta com aspirações à imortalidade, ainda me pôs a reflectir sobre pressões camufladas a que sou sujeito. Como quando me deixam comentários explicando como não gostaram do escrevi. Quando me dizem que determinado tema está demasiado batido. Que não tenho jeito para isto. Mas... Afinal isso são apenas opiniões, não pressões.

1.15.2010

Do que se trata não sei

Só sei que já vai tarde.

Inglourious Basterds
Gran Torino
Doubt
Rachel Getting Married
500 Days of Summer
Changelling
Defiance
Let The Right One In
Martyrs

Sem ordem de preferência, a não ser o primeiro se calha. O último é o pior ao nível de um gajo se sentir enmacacado.

1.08.2010

Censura

A hipocrisia é uma ferramenta indispensável à sã convivência entre seres humanos e, se olharmos com atenção, até entre alguns animais. Escuso de entrar por grandes explicações porque já todos dissemos coisas que não queríamos apenas para evitar dispêndio maior de energia num estapafúrdio conflito. Custa menos libertar um pouco mais de bílis no organismo (até faz bem) do que vomitar impropérios em cima de pessoas muitas vezes inocentes da má disposição por elas activadas. A hipocrisia dizia eu... Uma espécie de autocensura que nos impede de ser frontais e francos todo o tempo. Custa a aceitar, mas dá um jeito do caraças.

Mas há alturas em que a autocensura começa a ser perigosa. Quando censuramos comportamentos, opiniões, ideias, só porque sabemos que contraria determinada pessoa ou entidade. Actos menores, como o da hipocrisia, devem ser utilizados com moderação porque se não transformamo-nos em figuras de cera. Piso gelo fino quando misturo hipocrisia e auto-censura, mas faço-o não para os usar como sinónimos, mas para lhes extrair um ponto comum: o fingimento. Encontro fingidores de pensamento que de tanto defenderem as causas de uma sociedade progressista, esquecem o verdadeiro sentido da liberdade e do orgulho individual, vendendo por um ufano slogan a sua dignidade intelectual.

A globalização tem coisas más. E uma delas é a pusilânime consciência moralista global, composta por pessoas que não se respeitam a si próprias e fingem que respeitam mais o mundo e a humanidade do que o resto da escumalha. Censuram os pensamentos diferentes que têm, não vá alguém perceber o cérebro em causa, e fingem concordar com o que abominam, num movimento de auto-preservação tão complexo como dispensável.