12.27.2007

Para as pessoas que vêm aqui saber acerca da festa em Pouca Farinha

Também ainda não sei de nada, mas envidarei os máximos esforços para obter informações credíveis a nível de lumes. Lumes esses em que este tasco, volto a lembrar, ganhou o prémio de melhor blogue.

12.18.2007

Coisas da vida

Impregnado de inveja pela atribuição do prémio ao blog da Lisa, no MBP07 de terceiro melhor blog do país na categoria Hobbies, crio aqui para este blog uma categoria que fica já ganha automaticamente: Lumes.

Vencedor da categoria Lumes: ...Só sei do que não cheguei ou o que é (como é que esta merda se chama? Olha, está ali... Aaaaah que se coza!)

12.16.2007

E Aquelas Pessoas?

Aquelas que estão sempre à cata de nos apanhar em contradição? Aquelas a quem dizemos que gostamos de chá, e à primeira que nos vêem bebendo um café: "então tu não és dos de chá?"

Aquelas pessoas a quem não podemos dar desculpas esfarrapadas porque são demasiado perfeitas para compreender uma mente caótica?

Desgastante (ou em inglês disgusting).

12.13.2007

Questões comuns a muita gente (menos a das orelhas. Essa é uma verdadeira proeza só ao alcance dos melhores)

"Samuel Úria conseguia mexer as orelhas e contorcer as entranhas. Para este último truque bastava-lhe rever arquivos de um blogue que em boa hora apagou. A proeza audaz exercitava-lhe a humildade, o sustimento do vómito e a noção de que os videos caseiros de 1992 não são o cúmulo do embaraço."

No sítio onde as velas não se apagam

12.09.2007

Um dos problemas

Da Europa Ocidental é a aposta intrasigente e sem concessões na civilização do seu povo e consequente desbarbarização, que impede que haja cinco ou seis tipos dispostos a apagar do mapa, utilizando medidas vá lá, drásticas, o Kahdafi, o Mugabe e mais uns poucos agora que estão tão à mão de semear em Lisboa.

12.06.2007

Castigos/Bençãos?

No outro dia apanhei uma chuvada tal que me chovia dentro do guarda-chuva, e como deveis estar atentos não preciso de dizer que o dito é novo! Em 2,3 minutos encharcaram-se as calças como nunca me aconteceu. Mas o pior mesmo eram as bátegas que me caíam na cabeça sem eu perceber de onde vinham, tendo eu o meu garboso guarda-chuva aberto. Tarde percebi que o apetrecho anti-água se tornara impotente contra tamanha potência pluvial.


Que dizer desta experiência macaca? Um fenómeno a deplorar e relembrar com desagrado? Ou algo enriquecedor? Escrevo sobre isto sempre com um sorriso nos lábios. Inclusivamente no momento em que tudo se passava o sorriso aflorava, tal era a sensação de espanto. " Elá! Tu queres ver que me está a chover DENTRO do guarda-chuva?"

Então apanhar uma molha a caminho do trabalho (ainda por cima) pode ser uma boa experiência? Não aquela coisa banal que é má mas mais tarde recordamos com agrado "daquela vez que malhei de bici e dei cabo do joelho,ehehehe!" Não, uma experiência que consideraríamos má se a abordássemos de fora. Se alguém tivesse visto em directo a minha situação de encharcamento:" e agora vamos em directo para Angra do Heroísmo onde Pedro Pereira apanha exacatamente no momento em que sai de casa, uma tromba de água que vai durar quase exactamente o tempo de chegar ao trabalho" com certeza rir-se-iam mas pensando " Bem se jodeu, coitado". No entanto o meu sentimento era próximo da felicidade. Afianço-vos que entrei no edifício em que trabalho e impaciente para ir buscar o carro de serviço não liguei aos avisos de que me bastaria esperar mais uns minutos para escapar ao fulminante ataque H2O, e lá fui eu pelas ruas que escorriam água como se tivesse nascido ali um daqueles rios africanos que de repente aparecem, correndo com o guarda-chuva aberto para que as caóticas bátegas não estragassem o momento.

E então, bom ou mau? Será que estou esquizotípico?

12.03.2007

Ora aqui está uma boa alternativa aos Zero Cego



A partir do minuto e vinte: Grupo Coral Cantares do Sabugal. Mê pai é o terceiro a contar da esquerda.

Raramente as coisas se me conjugam tão bem

Os Blind Zero são aquela banda que mesmo em tempo de adolescência, nunca gostei de ouvir. Tolerava-os quando conversava com miúdas assumidamente fãs. Nessa altura evitava a custo gozar com o estilo ridículo de cantar do vocalista não sei quantos Guedes (lembro-me da mítica música "ureuirou ureirououi ureurieroeroroi ouoragoforarieuide" que passava muitas vezes no bar Osíris. Uma vez uma bomba explodiu no bar e o cabelo de um amigo levantou no preciso momento em que o "ureuirou ureirououi ureurieroeroroi" começou). Blind Zero é mau sempre, até agora que o vocalista tenta cantar como um ser humano e não a tentar imitar um orangotango. Pior, pior foi quando decidiram fazer um concerto promocional dentro dos comboios da linha do Estoril(acreditai. nunca tanto como nesse dia dei Graças por já ter acabado o curso). Bem sei que no Porto não há transportes públicos decentes (tirando o Alfa Pendular e o Intercidades) mas o patamar de ridículo ficou fora de moda para dar lugar a toda uma secção de ridículo, que por sua vez iria desembocar num prédio inteiro quando há pouco tempo deram uns quantos concertos a bordo de um camião que percorreu algumas cidades do país. Houve até quem tentasse com espingarda adequada, mostrar o seu o seu apoio a tão boa iniciativa. Imagino que só a falta de pontaria terá gorado os planos.

E tudo se conjuga muito bem porquê? Porque em cima de isto tudo o gajo que mete nervos como tudo é um adepto ferrenho do Porto que só tem uma banda conhecida porque aquele gordo feio da Antena 3 que até tem algum gosto musical, mas é feio comó caraças e tem uma mania que fala à Lisboeta apesar de ser do Porto (sim aquele mostrengo que apresenta a liga dos últimos) é amigo dele. Parece que o vírus Pinto da Costa Influenza até na música se manifesta.

Blind Zero é aquela banda que me faz ter pena de Portugal ser pequenino, e não haver bandas a viajar em aviões manhosos frequentemente. E daí, uma morte gloriosa só agudizaria o meu sentimento. Mais vale esperar pela velhice do não sei quanto Guedes para o ver envergonhado assistindo ao Tesourinhos Deprimentes da altura em que ele aparecerá na sua primordial imitação vocal de orangotango.

11.26.2007

Até estavas a ir bem


Tudo corria bem entre Gary Kasparov e mim. As suas posições políticas não eram suficientemente coerentes, explícitas e solidamente baseadas, mas isso tem-se revelado difícil em todos os discursos políticos que acidentalmente oiço hoje em dia, e deixei passar... A falta de liberdade que o Chess Man referia nas entrevistas que dava aos média internacional parecia-me suficiente para que lhe desejasse as melhores sortes na sua luta. Não vou escrever nenhum trocadilho do tipo: "esperei até, que ele conseguisse um xeque-mate a Putin" porque me parece que de lugares-comuns está este blogue e parte do inferno cheio. Que parte do inferno? É um arrepio espinal divinatório que tenho, não consolidado e por isso com falta de confirmação geográfica. Talvez um incauto leitor deste texto me possa fazer uma visita fantasmagórica caso compre um espaço no lugarinho dos lugares-comuns do Inferno. Não que deseje a morte a algum leitor deste tasco, mas Ela existe e não faz mal tentar enriquecê-lo com amaldiçoadas visitas do Além.
Adiante. Porque começaram a correr mal as coisas entre o meu cérebro e as palavras de Kasparov? Esta bandeira aqui apresentada. Pertence ao Partido Nacional Bolchevique, um dos integrantes das manifs do senhor. Ora, já não bastava o nome a fazer lembrar aqueles senhores merdosos que andaram a matar pessoas devido à sua herança genética, ainda fazem uma bandeira a imitá-los. Disse Kasparov que o movimento que encabeça contra Putin engloba muitas forças políticas e que "o inimigo do seu inimigo é seu amigo". Mal!!! Para já esse dizer é um lugar-comum e aliando-se a pessoal neo-nazi-comuna ganhará concerteza um lugar especial no lugar do Inferno dedicado ao pessoal do cliché. Depois, eu sou inimigo de mim próprio e os que são meus inimigos não são meus amigos por isso.

11.22.2007

Votação

A sondagem aqui do lado vai nuns alucinantes 12 votos!!! Vou competir com o maradona, e esperar que chegue aos 1000 antes da sondagem dele.

No Reino Unido aquilo está mau

Então perderam os dados pessoais de 25 milhões de cidadãos? Dados que poderão ser utilizados para qualquer tipo de operação bancária (por ex.)? Putos que hoje têm 15 anos poderão começar a adultícia (18 anos) com dívidas que nunca contraíram! Dizem por lá, que depende das mãos em que os dados caírem... Mas será que nunca ouviram falar das leis do conterrâneo Murphy?

Aqui está uma das mil razões porque o Estado não é de confiança, e não lhe devemos dar abébias. Alguém juntou a informação de 25 milhões de Britânicos em dois discos, porque devia dar mais jeito ao Estado para transportar, dominar, vigiar, dissertar, opinar e acima de tudo, mandar. Controlar! E claro, tudo acaba em Lixar a vida ao cidadão comum.

Caríssimos Brits, toca a mudar de nome.

11.20.2007

Com coragem

Vejo o prós e contras. Do painel de convidados sentados em cima do palco destaco a sensatez de todos, inclusivé imagine-se, de Ana Gomes que tem apresentado as suas ideias de forma clara, sustentada e sem estridências.

Mais bosta do que nunca Fátima Campos Ferreira, que a cada vez que intervém me dá vontade de me martirizar. Eis o plano: ganho o euro milhões e contrato os maiores sábios do mundo de um qualquer assunto. Torno-me sumidade nacional e sou convidado para o programa da Fátima sobre o desemprego. Na primeira vez que Fátima interpelar um qualquer convidado desdizendo-o ou vertendo a sua ignorante e politicamente parcial verborreia acerca do assunto debatido, levanto-me... Gritando "És feia como o elefante Babar!" corro tolhendo tudo e todos de surpresa - "AAAAh! Como pode tal sumidade dar tamanho espectáculo?" - e colo-lhe os lábios com várias camadas de fita adesiva extra-forte, devidamente decorada com fotos do Morais Sarmento (da altura em que ameaçou com a privatização da RTP e a Fatinha deambulava inofensiva na 2).

O que é que isto tem de martírio? O facto de aguentar parte do programa sem utilizar a cadeira em que estivesse sentado para lhe quebrar delicadamente os joelhos.

Bom seria ver uma vingança à Fátima no saudoso Minha é a Vingança!

11.19.2007

É engraçado

Mas continuo a encontrar tipos que pensam que sabem tudo. Tipos que mostram a sua ignorância como se fossem portadores de uma revelação religiosa, e tivessem condescendentemente de a transmitir aos pagãos. Passa-se que normalmente, quem constrói um palanque para subi-lo sempre que quer botar faladura acerca de assuntos pretensamente fracturantes, não deveria ter saído da cama. Porque quem constrói um palanque umas vinte vezes por dia, além de não ter capacidade de basear bem as suas ideias, não tem energia para construir-se como um ser humano decente.

11.12.2007

Ingenuidades

Eu não digo que não seja ingénuo. Na verdade, acredito que há uma ou duas pessoas no mundo que têm escapatória. Apesar disso já me enfada a forma como burgessos como o Chávez são aplaudidos por pessoas que já cá andam há muito tempo e deveriam reconhecer um péssimo homem/político em menos de uma intervenção palanqueira. Miguel Portas no seu blog diz que o Chávez não faz o seu estilo. Pois que engraçado! De todas as pessoas que eu vejo oiço e leio aclamando-o dizem exactamente isso. "Epá eu reconheço que o estilo dele é ruim, mas ao menos diz umas quantas verdades aos americanos e aos Ocidentais."

Não acho bem. Eu se em momentos de rara lucidez decido defender o George W. Bush não venho dizer que acho que o estilo dele é mau. Porque o estilo é metade da política, não me venhais com merdas! Quantas vezes não argumentei que a tão apontada burrice do Bush, não é mais do um estilo válido que alguns preconceituosos não conseguem dentro das suas perspectivas positivistas/arrogantes, compreender? Posso estar errado mas não sou cobardolas ao ponto de me demarcar de uma posição que assumo, descredibilizando ou separando de um homem uma parte que lhe é idiossincrática e não se pode arrumar a um cantinho quando não dá jeito.

11.08.2007

Já passei essa fase

Já passei a fase de dizer "eu já passei essa fase" especialmente no tocante a gostos musicais. "Olha ando a ouvir o beneath the remains!" - " Ah, eu já passei essa fase, agora é mais Pólo Norte". Por outro lado não me importo de ouvir como ouvi, depois de informar que tinha voltado a ouvir o Beneath the Remains: "Que Deus te perdoe..." Ehe!

Enquanto as pessoas não se cingirem à sua insignificante condição humana, e perceberem que o que se ouve de música pouco tem que ver com evolução intelectual, não haverá paz no mundo.

11.06.2007

É o Rock que nos une

No blog do Marco Spiff que apesar de dizer que é de Rio Maior em Santarém (porque deve pensar que é fino, se algum dia o apanho a falar à Lisboa do tipo "vou quemer unx carapaux fritx", espeto-lhe uma seca que até vai saber pormenores sobre a vida sexual do João Gordo dos RDP)é um sabugalense ainda mais de gema do que eu, e que tem bom gosto musical.

11.04.2007

No dia

Em que os grelhadores forem feitos de raios laser que suportam o que se quer grelhar, muito se poupará em detergente.

10.31.2007

It's a sunny daaaaaaaaay...

Acabo de ouvir a música Shout it Out dos Fonzie e digo-vos sem ironia, que lá para o final se encontram 20/25 segundos de qualidade.

Nico!



(Notai no fim um pequeno engano da belíssima Nico, bem disfarçado pelo marado do Lou Reed)

10.28.2007

Os ódios

De vez em quando alguns seres humanos, por fazerem parte de um patamar lamacento da existência, criam ódios em relação a pessoas por se sentirem ofendidos na sua condição normalzinha e rotineira. No meu caso irrito pessoas pela forma como escrevo no blog. Claro que isso tornou-se mais notório quando comecei a escrever no Tarrento. Ainda anteontem alguém verteu a sua porcaria acerca de alguns dos meus postes numa caixa de comentários de um poste que nem sequer era meu. Claro que isso só prova que o mono fez bem em convidar-me para o blog, na esperança de aquilo começar a agitar-se um bocado. Não contou foi com a cobardia/consciência/arrependimento (riscar o que não interessa)do dito odioso.

O que é triste é que sendo eu um tipo que luta a cada poste com a sua própria iliteracia, seja julgado como alguém que escreve sobre coisas demasiado complexas. É o mesmo que virem criticar o Noddy por ter uma linguagem demasiado filosófica para os adultos.

O que é triste é pessoas do século XXI sentirem-se ameaçadas por comentários livres sobre política de um tipo que não sabe a diferença entre o Pol Pot e o Che Guevara.
O dito comentário sugeria que as minhas convicções políticas se sustentavam em meio pilar. Eu acrescento que esse meio pilar é de madeira, não é de mogno, e está carunchoso faz tempo.

Como é óbvio estes ódios com que me vou deparando pouco mais causam do que uma leve sensação agradável.

10.26.2007

Já desconfiava, mas eis a confirmação

"Cristo ressuscitou ao terceiro dia apenas para ver o Rui Costa a jogar a titular no Benfica - Sporting. Se não fosse por isso, ressuscitaria apenas na semana seguinte para ver o Benfica - Estrela da Amadora, a contar para a Taça."

No Blog Rui Costa - O Mito


Encontrado no Blog do Mota.

Coisas do Caraças

Hoje andei à procura de um guarda-chuva em várias lojas e só na quinta é que consegui. Na quarta loja indicaram-me a tal em que consegui comprar um artefacto minimamente capaz de proteger da água celestial que não me envergonharia se encontrasse a Scarlett Johansson num dia chuvoso como os de Hong Kong, e a medo ainda me apontaram "os chineses" para comprar o tal guarda-chuva. Tendo explicado que procurava um guarda-chuva decente, exclamaram com um ar definitivo "Ah, pois! Então aí não..."

Esta dificuldade toda numa Ilha em que chove como agulha num palheiro.

No fim, o guarda-chuva era made in china...

10.22.2007

Troca de favores

Há algo corrente na sociedade em que tento viver no dia a dia com algum sacrifício, e que se junta a muitas outras coisas que me fazem ser pessimista em relação ao futuro, sem necessidade de incluir o degelo polar nas negras conjecturas. É a situação instituída da troca de favores em que por pedirmos um favor e este nos ser concedido, estamos obrigados a ceder qualquer coisa sem necessidade de sermos consultados quanto à nossa vontade.

É a civilização que está em jogo. Tantos anos a transformar matarruanos em tipos que sabem pedir (com mal amanhado discurso é verdade), para agora cairmos na maldição do tipo que absorve para si uma superioridade pequeno-burguesa "here I am doing favors to persons, I'm needed" por levar uma carta ao marco de correio, que de seguida assume que os selos que levou a mais serão para seu uso pessoal: "Afinal estou a fazer este favor, tenho direitos".

10.18.2007

Vigésima Terceira Facada VII

Subia J.B. pela corda que o levaria ao vigésimo terceiro andar, quando um gato lhe miou de uma das janelas do edifício que escalava. Sorriu-lhe e continuou. A noite estava morna e a lua nova oculta. J.B. é batido nisto e enquanto sobe vai pensando no novo sofá que comprou, no jogo que o seu Sporting perdeu e no almoço que irá preparar amanhã depois de ter comprado aqueles belíssimos salmonetes durante a tarde em que passeou pela praça. "De manhã vou comprar um pedaço de presunto bellota, faço uma pasta com farinha de milho e misturo tudo no almofariz para servir de recheio. Tomilho de limão..." Quando deu conta, estava no seu destino vertical: a ampla varanda que havia vigiado todos os dias, fazia agora um mês. "Sacripanta de varanda mais o teu dono, que grandes secas me têm espetado durante este mês de Setembro! Ainda por ciiiima éés puf, difícil de subir sem fazer barulho. Ainda é um bocadinho até lá a baixo". J.B. está sentado escondido no meio da plantas que abundam na varanda à qual acabou de escalar. Está cansado e ainda não acabou de pensar no que tem de comprar para fazer o seu almoço amanhã, por isso aproveitará estes dez minutos para as duas coisas: descansar e pensar.

Os dez minutos passaram, J.B. tem que terminar o que começou e sente-se contente por já ter passado o mais custoso e enfadonho. Nunca gostara muito de escalada apesar de ter habilidade com cordas e grampos e de parte da sua vida profissional hodierna ser dependente desta capacidade altamente apreciada e reconhecida pelos patrões que tem tido. O trabalho de hoje pode servir-lhe para viver dignamente durante 4 meses. "50 000?! Pode começar a procurar outra pessoa, porque há aí muitos novatos que gostariam de ter a oportunidade de fazer este serviço, não há paciência para estas discussões que começam sempre de forma despropositada do ponto de vista do conteúdo discursivo. Com mil milhões de mil macacos, sabe bem que eu não vou fazer isto por 50 000! - O.K. Pago 50 001. - Ai a merda! - Eheheh! 75 000. - Não. E sabe que eu sou um tipo sensato, não lhe vou sacar só porque sim..."

J.B. entra na casa de forma obviamente furtiva depois de ter colocado os seus goggles e dirige-se ao sítio destinado. Pelo caminho vê uma foto de J.D., um tipo mais ou menos da sua idade " Tive que aturar a tua fronha um mês. No more. Eheheh..." Empurra vagarosamente a porta do quarto onde confirma estar J.D. sozinho a dormir. Rapidamente e sem barulho saca a sua glock com silenciador e laser que não lhe permite falhar mesmo que a moral lhe tente pregar uma partida como daquela vez na Estónia em que a um segundo do gatilho e 3 metros da vítima atarantada, lhe passaram imagens de florzinhas e campos verdejantes por onde a vítima passeava cheia de vida, tendo J.B precisado de esvaziar o carregador para conseguir acertar, tal era o peso da consciência, "Trinta e quatro pessoas depois acontece-me esta! Ele há cada uma..." Vinte pessoas se passaram graças a J.B. e nunca mais a consciência o voltou a incomodar. Jogando pelo seguro apetrechou a arma.

A arma está quase colada ao peito de J.D. quando J.B. dispara os três secos tiros. Atónito vê J.D. levantar-se assustado e correr para o armário da cozinha enquanto ainda lhe dispara mais duas "ameixas" na nuca falhando outras tantas, mas J.D. corre como se tivesse a certeza que de que haveria amanhã. E correu, pegou num facalhão e dirigiu-se a J.B já completamente oprimido pelas imagens que os seus olhos haviam transmitido ao cérebro e que não conseguia processar... Enquanto sentia a facada no pescoço e no peito lembrou-se dos salmonetes que haveriam de estragar-se e esvaiu-se em sangue antes de se decidir entre o tomilho de limão ou a segurelha.

J.D. telefonou à namorada, aos amigos, à polícia e ao hospital. A estes dois últimos foi difícil explicar a história da visão da faca que lhe falou sobre a vigésima terceira facada, para os amigos e namorada que já a tinham ouvido, foi um alívio porque afinal J.D. não estava louco.

10.14.2007

Das susceptibilidades

Ontem, depois de uma noite de copos fui ler o Trento na Língua onde li um texto do blogger star Tiago Cavaco, acerca da sua opinião sobre as festas que se têm feito em honra de mais um ídolo católico: a nova basílica de Fátima. Não gostei do que li, porque os evangélicos tendem a olhar com soberba para os ritos católicos e Tiago Cavaco é demasiado acutilante para um tipo que chega casa e lhe apetece escrever umas estultícias. Foi o que fiz na caixa de comentários.

Depois de voltar a ver hoje novo espectáculo à porta da basílica, não sei se me devia ter dado à parvoíce. É que se as imagens da TV não demonstram a totalidade dos devotos a Fátima (basta-me pensar nos meus pais), não deixa de ser um pouco irritante a recorrente falta de educação e bom senso de pessoas que deveriam comportar-se de forma diferente se respeitassem e conhecessem a mensagem da Virgem.

10.10.2007

Pleno Outubro

E ando por aqui em tronco nu. Além de não ser nada bonito de se ver, já tenho saudades de apanhar uma geada no lombo.

10.07.2007

Sexteto Benny Golson (ontem no Angrajazz)



Neste vídeo belos solos de contrabaixo e de bateria, com o mestre a tocar um pedacinho no fim. Cuidado que eles andavam lá lixados com as câmaras que filmavam!

10.06.2007

No dia

em que o mar deixar de ser salgado, só existirão peixes e marinheiros de água doce.

10.03.2007

Cuban Necktie

Diz que o assassino que assassinou o assassino Ernesto Guevara, foi a Cuba curar-se da cegueira. Depois da cura, a bomba explodiu na democrática imprensa cubana que unanimemente ladrou contra tal abjecção: "mas o tipo que matou o nosso Ernesto 'te la doy en la cabeza cerdo capitalista' Guevara veio curar-se a um hospital cubano inaugurado pelo Evo Morales, grande admirador do Ernesto 'revolución o te mato la família, cabrón un poco contra el comunismo' Guevara? Aonde é que vamos chegar? Judeus curando maleitas nas câmaras de gás de Auschwitz?"

Como é que um tipo decente não há-de preferir uma religião que nos ensina a curtir quando o inimigo precisa de nós, impelindo-nos a ajudá-lo como forma de o compelir a seguir-nos nesse caminho positivo, a uma outra religião que se diz humanista, pela humanidade e pelo homem que se sente ultrajada por um homem ter recuperado a vista?

9.29.2007

Chovia

Chovia por todos os poros daquele ambiente carregado de humidade, tornando a utilização da expressão "estou encharcado" um pleonasmo.

9.28.2007

E eu com um aqui à porta de casa...



(Monte Brasil, formado da mesma forma que o vulcão dos Capelinhos, mas mais antigo. Aaah mais antigo!'Tá bem assim pode ser. Por outro lado...Adormecido ou extinto? É que...)

9.25.2007

Aviso


A melhor série policial de sempre tem dado todos os dias às 19:30 (menos uma hora nos Açores)na RTP Memória.

9.23.2007

Vigésima Terceira facada VI

Enquanto as sementes saltavam na peneira, o sol se punha e as gralha anunciavam o fim do dia, J. organizava o seu dia seguinte com a destreza de quem já o faz há seis anos,com a alegria de um abelharuco atrás da primeira abelha. Ou a angústia do abelharuco que tenta apanhar a sua primeira abelha? Terminada a separação do trigo do joio, J. dirige-se a casa come e dorme. Espera ainda desde o dia em que decidiu mudar-se para esta aldeia deserta pela mulher que o destino lhe vai dar, como no sonho que teve na noite em que se deitou às oito da noite. Agora deita-se sempre às oito da noite mas nunca mais teve o mesmo sonho que lhe deu a razão para abandonar a existência feliz que tinha, considerando os relacionamentos que tibha e mantinha. Nunca fora um rebelde, e a explicação para esta atitude que tomara não tinha explicação no mundo real que J. sempre aceitara e por cujas regras sempre se tinha regido com agrado.
Meteu-se no carro, levantou todo o dinheiro e parou na primeira aldeia que instintivamente lhe indicou ser a certa. Entretanto participou nos dois últimos enterros da aldeia, um casal de velhotes simplesmente simpáticos e com quem manteve uma ligação agradável durante um e dois anos. A solidão, ao contrário do que J. pensou, não o arquibancou de forma tão avassaladora que não conseguisse continuar os seu dias da forma rotineira como até aí. Afinal, aqueles que lhe eram mais chegados estavam bem, e o sonho tinha-lhe apresentado uma aldeia deserta onde o trabalho era de sol a sol.
Foi com pouca surpresa que no dia em que se deitou `as nove da noite lhe apareceu a faca dando-lhe a notíca já repetida aqui até à náusea. "Vinte e três facadas? Que raio, mas porquê vinte e três? Se for um ferro pontiagudo, também conta? E uma gadanha? Epá! Isto porque me deitei às nove! Se amanhã me deitar às dez serei traslado para outra dimensão, e directamente como protagonista do Twilight Zone?!Ah! AH! Ah!" No dia em que levou um valente coice de um cavalo que insistentemente importunava há algumas horas mandando-lhe pequenas pedras à cabeça, percebeu que apesar do tudo ser muito interessante, inaudito e cientificamente assinalável, o tal dom não lhe dava insensibilidade à dor.
Passaram 177 anos e J. continua a rotina que lhe permitiu ter conhecimentos que o ajudam a viver cada dia satisfeito e contente. Os últimos enxertos que fizera ocupavam-lhe a maior parte dos dias com paciência pelo tempo permitida, por ele próprio aprendida, e sempre com ansiedade se levantava para observar o seu último projecto.
A vida é um lugar comum, mas J. não foi vencido pelo tédio e não utilizou o tempo para conceber um mecanismo que lhe desse vinte e três facadas de uma vez só. " E porque é que nunca mais me apareceu nada no sonho? Porque é que o raio do Freud não me ajuda nisto e não editou nada em 1900 que me desse agora a resposta a esta dúvida que trago comigo desde que a faca me apareceu? A vigésima terceira facada terá alguma coisa que ver com o sonho primordial? E se o primeiro não for mais que um engôdo para esta pesada e inevitável eternidade?"
J. fez estas perguntas e esperou, mais uma vez.
Haviam passado 123 dias quando chegou o primeiro grupo de pessoas atarantadas, andrajosas e sequiosas onde de entre, J. não vislumbrou mas viu o rosto que o sonho lhe apresentara.Era a mulher que se deitava às oito.

9.19.2007

O Benfica é o Maior

Foi a Milão proporcionar aos campeões da Europa campeões do Mundo, uma das grandes exibições de estratégia de ataque e contra-ataque. E apesar de tudo é capaz de vir de lá com um 2-0!

9.12.2007

Emergentes concernentes e atinentes a coisas pouco coerentes

Quem pensa que por colocar uma palavra com mais de duas sílabas e que 3 milhões de portugueses desconhecem, num texto que se destina a ser lido por outrém, para impressionar, deveria ser obrigado a ler o título deste post até só conseguir balbuciar monossílabos. Forma de expressão que aliás nunca deveriam ter deixado de usar.

9.03.2007

Existência

Andar pelo mundo é custoso e apesar dos subterfúgios que vamos arranjando para nos esquecermos disso, a verdade é que a vida se abate sobre nós com a crueldade do acaso e do caos que nos governa desde que nascemos. Ainda que crentes, não podemos descurar o livre arbítrio que consolida o caos dos acontecimentos que nos possibilitam a fruição de diversas emoções e sentimentos. Não sei se devo falar de fruição quando os sentimentos são os que nos fazem penar, no entanto eles existem e nós sentimo-los. Só quando os mais complexos sentimentos e acontecimentos nos atingem nos apercebemos da nossa fragilidade e imaturidade que julgávamos estar a ser solidamente construída. E são aqueles de que mais nos falam, os que temos mais dificuldade em perceber.

Como lidar com a perda, a ausência, a saudade, a morte? Desde sempre que nos habituamos a saber da sua existência mas sem nos preocuparmos demasiado com isso:"o mundo tem sido bom para nós e de certeza que há uma explicação e uma resolução para todas elas." A morte é, enquanto somos pirralhos uma coisa estranha que ultrapassa as nossas básicas capacidades de compreensão. É quando nos apercebemos da sua irrevogabilidade, que começa a doer a sério. Será com tempo e sabedoria que saberemos lidar com ela. O lidar com ela implica que se saiba aceitá-la e não confrontá-la, nem esquivar-se. Não vale ser forte, mas sim vulnerável. A morte é demasiado avassaladora para ser confrontada à força bruta. Ninguém diria a alguém que fosse confrontar um urso: "Sê forte"! Assim também me parece que não é coisa que se aconselhe a quem deve lidar com a morte de alguém. Quem é forte não tem tempo para sentir a dor. Sentir a dor é fundamental para que ela se vá embora voluntariamente passado algum tempo. Sendo forte, tenta-se impedir que a dor entre com toda a força, mas só se vai conseguir que ela vá entrando insidiosamente durante um largo espaço de tempo, causando mais estragos...

Não há fórmulas, mas a aceitação das emoções/sentimentos costuma ser uma forma eficaz de os controlar mais facilmente. E controlá-los é conviver com as situações que os provocaram, e relembrar progressivamente de forma mais "content" a pessoa que foi a principal geradora de sentimentos a que nos habituámos e que serão irrepetíveis.

8.29.2007

Os Liberais

Desde pequenos que os nossos cérebros são inundados sobre as virtudes da revolução liberal (e da guerra civil - bonzinho D.Pedro vs. mauzão D. Miguel). Talvez seja altura de acordar e perceber a política em Portugal, e de como os liberais do XIX não quiseram mais do que o poder absoluto para eles. Como começou a dança do poleiro, e de como a história não se divide entre bons e maus, só por causa das posições políticas.

Ainda só vou no início! Muito lentinho, muito lentinho...

8.28.2007

As máquinas

Continuo sem máquina micro processadora em casa. Isso aflige-me. Tenho já dois ou três novos "Vigésima Terceira Facada" na cabeça, mas não há condições para os colocar na blogosfera. Há certas coisas que precisam de sossêgo para ser feitas. E quantos não voaram já para o mundo do nunca mais? Quantas ideias que na altura me entusiasmaram, desapareceram por não ter possibilidade de as escrever na altura? Ai que bonito andar com um bloco para anotar tudo, ou escrever no telemóvel! Que presunção andar sempre a anotar o que se pensa. No meu caso, devia era ter um apagador de ideias, para que elas desparecessem mais depressa ainda.

8.27.2007

Évora

Vamos ser massacrados com uma semana de Diana. Valha-nos o filme A Rainha, que pelo que sei retrata a boa da fita nesta história da carochinha.

8.02.2007

7.27.2007

A liberdade de expressão

Continua a ser o direito que mais enerva os espíritos totalitários. Para azar destes, não consigo abdicar dele e a minha consciência considera-o um dever. É incomodativo para mim exercê-lo, é. Mas só às vezes, porque doutra maneira não dormiria tão bem à noite.

7.26.2007

Pérolas Literárias Não Editadas XXXVII

Houve uma devolução extremamente enorme!

Autoria: P.B.

O quê?!

Eu devo chatear a molécula a muita gente. Há pessoas que aproveitam o facto de me conhecerem bem para me chatear a molécula ao mínimo deslize (ou mínimo sucesso). A introversão é desculpa para não se fazerem elogios, ou demonstrar sentimentos positivos, mas nunca para tentar fazer sentir coisas más (para isso são pessoas extremamente sim senhora tudo muito bem). O que passa é que eu julgava que os problemas da adolescência passavam com o tempo. Mas não, há problemas figadais que não abandonam algumas pessoas. Pois por mim, se é certo que a mágoa me incomoda durante algum tempo, não me faz sequer ponderar a justeza das púberes conjecturas de que sou alvo.

7.25.2007

Companheiros, amigos, palhaços deste circo que é a vida

Este comparsa está pelos Açores a exercer funções parecidas às minhas, ou seja, amolador de cérebros. É um tipo porreiro apesar da triste profissão que decidiu abraçar... Por isso passai pelo blog dele e abracem-no que ele precisa. (Depois não vos esqueçais de mim hein! Eu também preciso de empatia)

7.23.2007

O calor e a humidade

Abatem-se sobre mim tal punhais foleiros como este começo de texto.

Parece que é moda escrever textos a enaltecer as mulheres. Coitadas. Já não lhes basta ter que aguentar a baba acriançada e bárbara do Y com quem são obrigadas a conviver para a continuação da espécie, ainda têm agora que gramar com prosa de terceira, que não passa de púbere ejaculação precoce em forma de megapixels.

Uma vez fiz um poema sobre uma mulher de vermelho. Apesar do cliché, foi uma aventura verdadeira que se passou enquanto fazia de comboio a viagem Cais do Sodré - Paço D'Arcos. Não vou entrar no erro dos pormenores, mas digo-vos que nessa tarde consegui pôr no papel parte do que se passou naquela trip de 20 minutos no comboio. Esse poema já não existe. Fosse eu corajoso, e nem esta frase seria lida por ninguém.

O Duplo

Quem tiver estômago, pode começar a ler as minhas coisas tristes também aqui. Nas raízes.

7.20.2007

Desejos

Há quem queira e assuma querer atingir estatutos sociais inatingíveis só para chatear aquele povaréu que se julga pequeno burguês e que se contentaria com uma vida infra burguesa, que lhes parece uma coisa quasi-aristocrata.

Há conceitos sociais de que nunca estarei ciente. Há alguns que nem sequer me interessa saber, apesar de não saber do que tratam. Mas há os que querem saber e fazer parte de algo que nem sequer existe, ou que então está nos antípodas do valor que lhe atribuem. Um pouco como começar a ler aos 25 anos, e aos 45 depois de ter lido Margarida Rebelo Pinto desejar começar a ler Paulo Coelho como forma de chegar ao sublime da literatura. Não é que esteja errado. Mas não é bem isso...

Private Xperteleven

Vós que fazeis parte da Liga Sabugal Tarrento, lembrais-vos das duas declarações do capitão da minha equipa (o Tranglomano FC (não Tranglomango mas sim Tranglomano)Augusto Lopes? Pois parece que o Miguel Góis do Gato Fedorento descobriu um gajo que fez tese de mestrado à custa de algo parecido.

Deixo aqui uma transcrição parcial da última intervenção do Capitão:
"Não me parece que a linha racionalista que a equipa tem vindo a seguir se coadune o futebol. O positivismo cientificista tem dado provas atrás de provas da sua falibilidade,e não será o racionalismo do século XIX (Vejam bem isto! XIX!) que nos vai trazer bons resultados."

Quase dois anos se passaram

As marcas (de roupa e essas) são para putos de classe média, mezzmo mezzmo média como eu, uma forma de obter estatuto. Era assim comigo e com os amigos que à minha volta anunciavam os ténis adidas, reebok, hi-tech, nike... Chegando a adolescência e à negação de vícios que consideramos parvoíces de infância, eis que começamos a agir como parvos adolescentes. Então assumi mais um ou dois amigos, que brand is bad! Com todas as contradições que esta reviralhista posição acarreta fui vivendo na fantasia de que era independente de coisas fabricadas pelas "major marcas".

Adiantando isto rapidamente: um dia percebi que não preciso de ser um placard publicitário ambulante, e que posso ao mesmo tempo utilizar algumas coisas com a marca inscrita, desde que não abuse. Foi assim que um dia decidi comprar uns óculos de sol armani, com a águiazita prateada de lado. Muito bem. Comprados com um dos meus primeiros ordenados, achei que o estilo estava assegurado com aquilo. A partir daquele dia, desde que houvesse sol qualquer merda de trapo me cairia bem porque os óculos sozinhos carregavam o piano.

Melhor ainda quando no caminho para o trabalho ( na/em Guarda)vislumbro um carro descapotável estacionado com um pendura que me parece ser Pedro Mexia. tendo confirmado que era o Pedro Mexia, a dúvida... Vou lá e digo qualquer coisa? Ah, foda-se! Lá ia eu fazer figura de palhaço... Por outro lado poderia dar-lhe inspiração para que escrevesse algo sobre a náusea ou o enfado, ou melhor! A descrença na humanidade! Nááá (se fosse hoje tinha ido para acrescentar à minha escala Warhol)... Estretanto estou já lado a lado com o carro e Pedro Mexia e o que noto num relance? Os óculos escuro que uso são iguais aos que Pedro Mexia tem á frente dos seus olhos. Fiquei satisfeito, mas logo a seguir um pouco desconfortável.

Explico: isto passou-se há dois anos aprox. Continuo a ter os mesmos óculos. Têm passado pela minha frente pessoas de gosto e estilo bem duvidoso com óculos armani (tudo bem que a maioria são daqueles qeu parecem olhos de mosca, nada a ver com os meus estilo rocker,ehehe). Parece uma praga. Perceberam o meu desconforto?

Eu explico melhor: Pedro Mexia desfruta da cidade dentro do tal descapotável, aguardando a conferência/colóquio/entrevista em que vai participar, ou depois de ter participado. Respira o ar puro e está satisfeito consigo próprio. "Agora vou almoçar, depois vou dar uma volta pela cidade e talvez pelo campo. Eu, um indefectível urbano todo derretido de estar no interior... Ehehe. Espero que a moça que me falou do fora do mundo, vá. Elá... O que é aquilo? Queres ver?! Então aquele tipo tem uns óculos iguais aos meus? Por Deus! Amanhã compro outros. Onde é que eu ia? Ah, a menina amável..."

7.17.2007

7.16.2007

No dia

Em que acabar o gelo no Pólo Sul, teremos mais um sítio para visitar nas calmas. (ainda por cima com poucos habitantes)

7.12.2007

O imponderável

Avariado o pc(que nem sequer é meu), só me resta voltar a postar fora de casa outra vez. O que lixa é que pago a netcabo na mesma. Na mezzma!

7.06.2007

O novo do Tim Armstrong é bidafixe

Masquerade do Legendary Tiger Man também

Capitão Fantasma voltou em força! Bom álbum e porreiro concerto no Lótus. Por causa dos 2500 km de distância foi a primeira vez que lá fui. Mas marquei bem a minha presença com danças de alto gabarito a partir das duas da manhã. Espetei a habitual seca ao Fernando Cunha dos Delfins que estava por lá na mesa de som. Um tipo muito porreiro. Um dia destes ponho aqui um vídeo dos Delfins.

Os Queens of The Stone Age editaram um álbum que não é tão surpreendente como o Lullabies, tão rockeiro como o Songs for the deaf, nem tão maluco como o Rated R. Mas é um bom álbum.

Deixa cá ver... O Classics da colecção Studio One também é fixe. Melhor que o Rockers, com o Burning Spear em alta.

Ok Computer a 5 eros. Carbono forever!

Não é a censura, distraído!

É o respeito! Portugal tem uma herança que o faz ser o país do respeitinho bonito. Claro que a Inquisição tem culpa. A Ditadura também. Mas ambas só foram possíveis porque o país já trazia consigo o gene da curvatura da cerviz. Sendo a inveja e a cunha duas das características basilares da nossa sociedade, percebe-se a facilidade com que se dobra a coluna. A inveja faz com que se admire e crie de seguida um sentimento misturado de ódio e impotência. Mas se a raíz destes dois sentimentos tão bonitos, é a admiração por alguém, é necessário mostrar a admiração. Só depois de se demonstrar a admiração de forma exacerbada e até despropositada, é que pode o invejoso criar em si o germe do ódio e da impotência de ser igual ou melhor que o objecto alvo. Assim, o próprio fantasia que aquele que admira, tira gozo inversamente proporcional ao ódio que ele sente quando sorri baixando a cabeça até ao chão em posição de cinismo servil tão caro a este tipo de invejoso: "Este palhaço está para aqui armado em bom, mas eu faço-lhe a folha".Enquanto que o objecto do ódio pensa na mesma situação:"Este tipo parece porreiro, mas é um bocado lambe-botas. Será que deixei o esquentador ligado?" ou então:"Este palhaço é um merdas. Mas quando é que se come?" ou ainda"Mas este gajo não trouxe a mulher? Epá a mulher é que valia a pena! Quanto é que terá ficado o Benfica?". A inveja leva a que tudo valha para se chegar a um lado qualquer que dê mais estatuto (atentai que falo da inveja social e de forma muito parcelar), e por isso se utiliza a cunha, meio rápido e fácil de se chegar aonde se quiser.

Este tipo de pessoas a bunda m em Portugal. Criam grupinhos de influência normalmente com o nome de gang bem pomposo: "Aparelho Partidário" e muitas vezes tornam-se agressivos (como um cão que rosna a quem o importuna quando come)quando alguém diz coisas do tipo: "Eiapá! Posso ir à casa de banho?" É isto o PS hoje em dia. Grupinho de pessoas que se apanhou com o pratito de lentilhas que sempre desejou, à frente, e que não admite que lhes digam que o cozinheiro que lhas cozinhou nem um ovo estrelado sabe fazer.

7.04.2007

Er...


Foi com alguma supresa e pouco afã que descobri que este espécime havia sido apanhado em águas não muito longínquas das de onde eu ando armado em animal marinho.

7.02.2007

Falando de metalada

Depois da boa notícia de que os Metallica andam positivamente bem intencionados, posso também dizer que o novo álbum dos Machine Head também já é um clássico voltado para as raízes. Bem malhado e nada de mariquices nu metal. Um thrash à maneira do Burn My Eyes.

Composição da visita de estudo ao Super Bock Super Rock

O concerto dos Metallica foi o melhor que podia esperar. Ultrapassou as mais macacas expectativas. Devo dizer que quando soube que vinham a Portugal, arranjei à pressa o Load e o Reload para não passar por velhadas. Até gostei dos álbuns. São rock fixe. Quando abriram com a Creeping Death exultei, mas não esperava por três sem tirar do Ride the Lightning! Disposable Heroes a seguir? No fookin way! Orion? Battery com a entrada da guitarra? And Justice for all? Four Horsemen?! Master of Puppets tocada integralmente?! Deve ter sido o primeiro concerto em que me saí a rir dos putos que lá estavam. Finalmente uma banda privilegia a velha guarda!

Os Mastodon também tocaram um belo concerto. Espero vê-los mais vezes, e talvez num sítio em que se preocupem mais com eles. O concerto decorreu ainda de dia, e isso não é consentâneo com uma música como a Crystal Skull.

Os não sei quê sour, não gostei.

O Satriani é para ouvir numa sala, sentadinho e sem estar ansioso por causa dos Metallica a seguir.

AS três primeiras bandas não liguei, embora até devesse ter ligado a more than a thousand e men eater.

Para acabar

Só mais esta

Nem nos meus melhores sonhos

Creeping Death, For Whom The Bell Tolls, Ride The Lightning, Disposable Heroes, The Unforgiven, ...And Justice For All, The Memory Remains, The Four Horsemen, Orion, Fade To Black, Master of Puppets, Battery, Sad But True, Nothing Else Matters, One, Enter Sandman, Am I Evil?, Seek and Destroy

E ainda!

E logo a seguir

Depois logo p'abrir a pestana...

Começou desta maneira bem bonita

6.22.2007

O País dos países dos outros

Portugal é o país dos países dos outros. É o país em que é moda gostar mais de outro país do que de Portugal. A coisa não é de maioria, espero, mas não deixa de ser peculiar e aberrante.

Não falo do desporto que é falar mal de Portugal e compará-lo ao país mais à mão, isto um obrigação patriótica para qualquer português.

6.17.2007

Culpa e o erro

Nesta confusão entre Hamas e Fatah, já morreram 86 pessoas. Claro que os números estão de certeza aquém da realidade. Será que têm contado com os que são mandados das janelas de prédios com mãos e pés atados?

O que me provoca alguma consternação é que ainda não vi ninguém a afirmar que a culpa destes confrontos é de Israel. Demora muito?!

Vigésima Terceira Facada V

Tonitruante Anastácio faz pouco na vida. Este encontro com três dos muitos conhecidos que tem, é pouco mais do que beber vinho aveludado e ir cambaleante para casa. A casa é de G. e a divisão em que se encontram lembra uma sala de operações, tão desinfectada, branquinha alva e decorada com objecto rectilíneos e metalizados. Um bambu. Dois quadros contemporâneamente absurdos. Não é a boçalidade que predomina nos diálogos entre os monologantes, mas quase. " Deixem que vos encha os copos, que até o sol raiar ainda há que chegue. Ah!" F. bebe muito mas fala pouco. É talvez de todos, a quem mais pesa a própria existência, descambando facilmente para a depressividade, auto e hetero comiseração. "As coisas de que gosto mais não as descubro em lugar algum, talvez no dia em que me deixem de doer as costas consiga rachar lenha e encontre algo de novo. Tenho apesar de tudo a sensação que não há lenha suficientemente boa no mundo inteiro que me proporcione um bom trabalho. Quem sabe o mogno..." L. não concorda com tais visões e é um pragmático feliz. Viajou e viaja pelo mundo conhecendo muitas coisas, sem conseguir distinguir o seu próprio pensamento. Faz, e deixa que isso o guie. As suas opiniões têm sempre exemplos práticos, mas é isso mesmo que as torna a maior parte das vezes, mais inválidas. "No Laos comi percevejos fritos, e isso releva indefectivelmente a minha visão sobre a gastronomia, que inclui vegetais. Parece-me que o carvalho pode ser uma boa escolha para o que procuras, F."

Tonitruante trouxe hoje um livro para que se discutisse um dos capítulos. Foi nesse capítulo que descobriram a pista que os levou à concertante notícia. Haviam sido escolhido pelo destino para o dom de só morrerem quando lhes fosse inflingida a facada número 23. Decidem então mudar o assunto com que até aí o capítulo os aborrecia. Tonitruante era o que mais planos fazia " o conhecimento que absorvermos será de uma dimensão tal que conseguiremos algo de novo e bom para o mundo".

A quase eternidade parece elevá-los a uma posição de superioridade, mas a verdade é que apesar de todo o tempo que terão, nenhum deles fará nada de especial. A mediocridade nivelará sempre as suas acções e o reconhecimento virá sempre da amálgama de gente que conhecerão nas suas quase intermináveis vidas. Não por falta de tentativas ou de empenho. Cada um nas suas vocações, mas cada um com os mesmos cérebros e com as mesmas confirmações que por sua vez levam à perpetuação de ideias erradas.

6.15.2007

Os Estrangeiros

Vôos charter têm trazido Holandeses em barda aqui para a Terceira. Contradizendo a proverbial frieza dos povos mais nortenhos, quase todos os casais de velhotes que passam por mim sorriem. Pena que parece o sorriso de quem pensa que está perante um bárbaro imprevisível... "Deixa cá sorrir para este, não vá sacar da sua zarabatana e raptar-nos para nos cozinhar na sua grande panela de ferro".

Caros Lagostas, se me estais a ouvir, podeis deixar de sorrir que eu não vos quero cozinhar.

6.14.2007

Nos últimos tempos

Tenho sido um pouco velhaco para a esquerdalha e comunas, mas há por aí um senhor que tanbém desperta em mim o alarme anti-político. É o sr. Telmo Correia. Aqueles tiques de pitbull, que não o deixam estar descontraído entre restantes seres humanos não CDS's só encontra equivalente (em versão histriónica) na sôdona Odete Santos.

Não é que um político deva ser simpático, mas escusa de suar por todos os poros sempre que o contradizem. Sim, sim, agora até está mais polido porque é candidato à Câmara de Lisboa. Mas tal como ele eu não sou um optimista humanista. Não me parece que mude de um dia para o outro.

Uma vez estavam a fazer uns apanhados aos políticos à entrada da Assembleia. Todos aceitaram a partida com educação (uns mais hipócritas que outros), e só Telmo Correia ameaçou o Bobo. Foi aqui que o senhor entrou para a minha quarentena política. Ameaçar? Eis as hipóteses viáveis que Telmo Correia por incapacidade não ponderou:
1-Se fosse um tipo fixe ria-se e pagava um fino ao tipo da brincadeira.

2-Se fosse um tipo ainda mais fixe mandava-lhe uma boca qualquer que deixasse o tipo com vontade de ir para casa chorar para o colo da mãezinha.

3-Sendo o meu candidato à presidência da República mandava um murro nos dentes ao gajo e dizia-lhe: "agora processa-me que até tens tudo gravado, eh!Eh!Eh!"

4- Fazia uma "paralítica" ao brincalhão, acompanhada de um calduço dizendo: "estás tu" e fugia para a sua bancada rindo que nem um perdido.

Mas nada disto. Apenas uma ameça qualquer... Booooring!

6.10.2007

Malcata

Boas recordações da serra arredondada. E não são só recordações distantes, mas contínuas no tempo até há uns meses atrás em que fiz um trilho com o Poão.

O contacto posso agora mantê-lo pelo blogue da aldeia que dá o nome à serra.

The Call Of Ktulu

É a instrumental mais fixe que conheço.

Futebol e Política

Quem não sabe ser comedido nestes dois assuntos devia dedicar-se à projecção e construção de lagares de azeite. já mete fastio a porcaria que acontece só porque não se tem capacidade de ter vários interesses.

6.07.2007

Para ti garoto

Que passaste por aqui procurando a resposta à pergunta mais metafísica da Ágora blogosférica: "Com quantas negativas posso passar o nono ano". Eis a indicação do Oráculo Zurzeiro: não é o google que te dá a resposta, mas a quantidade de cabritos que os teus pais tiverem dispostos a comprar, e diligentemente oferecer aos professores mais empedernidos.

6.03.2007

É precisa uma purga!

Novo bar. Mesma música de todos os sítios que valem o mesmo: nada. Mesmas pessoas, mesmos putos estúpidos bêbados.

6.01.2007

Vigésima Terceira Facada IV (O Paradigma do Paradoxo)

Lucinda caminhava em direcção ao carro que conduziria até ao Centro Comercial, quando teve uma epifania e uma faca ensanguentada lhe apareceu para lhe dar a notícia: "A partir de hoje és quase imortal. Morrerás só à vigésima terceira facada." Lucinda tremia que nem varas verdes e dirigiu-se imediatamente ao Hospital. De forma bem adequada e sem maluqueiras histriónicas, marcou consulta de Psiquiatria para dali a um mês.

Chegou a casa e ligou a Tânia que lhe apareceu passado pouco tempo, ela sim aos gritos . - Mas não estás a brincar? Uma faca?! Foda-se! Vamos à bruxa da casa 23. Não, 23 não... Vamos à da rua das Milflores. Vamos.
- Não. Vou ao médico, e até lá... Repara, a alucinação não foi tão negativa assim. Quase imortal. AH!Ah!Ah! Vou mas é beber um chá de camomila. - Eu faço-te. E para mim.
A noite decorreu com diálogos bem acesos e ideias bem obscuras em que o jogo do copo apareceu umas quantas vezes. Tânia saiu.

Antes de deitar-se, Lucinda sentiu a curiosidade apoderar-se dela. "Uma facadinha poderia tirar as dúvidas". Num instante está na cozinha com um faca encostada ao peito. "Empurra, empurra, empuuuuuuurra!" Ao fim da quinta facada auto infligida, sentiu-se demasiado bem. Não via sangue correr e a dor era suportável.

Chegou a vigésima segunda facada... A sensação de risco que a brincadeira com a morte obviamente lhe trazia, era boa... Os anos de rotina e marasmo desembocaram numa noite cheia e inédita no mundo inteiro. Ninguém brincara tantas vezes com a morte de forma tão séria e sobrevivera para contar. Será que o limite estava ultrapassado e o preço a pagar era a vida? Que paradoxo! Este seria de futuro o paradigma dos paradoxos.

A vigésima segunda facada estava imparável e aconteceu bem lentamente, como de quem já domina toda a técnica e reacção do corpo, para aproveitar todos os detalhes.

"E a vigésima terceira? Será que é inclusive ou exclusive?"

Lucinda foi encontrada no dia seguinte morta com uma facada no peito. Suicídio foi o veredicto, depressão major, o diagnóstico.

Os Habituais Animais

Ouvem-se já pelas ruas a desvalorizar a não renovação do contrato da Televisão não sei quantos, que até é privada. "Que aquilo não é grave, e que há coisas bem piores do que isso." Realmente, como poderão pessoas que conseguem conviver com uma ideologia responsável pela morte de milhões de pessoas, perceber a gravidade do que se passa na Venezuela?

Este é talvez o único caso em que a moral se consegue imiscuir nas revolucionárias cabecitas para a discussão de casos políticos. Uma estação de televisão é menos do que vidas humanas. Infelizmente, é aqui que termina o raio de acção do seu desenvolvimento moral . Porque a partir deste momento, vai ser sempre mais decadente. Depois das primeiras mortes políticas, ver-se-ão as mesmas cabecitas a dissertar, mas desta vez sem pingo de moral mas imbuídas do politizado e iluminado pensamento da relativização.

5.30.2007

2

A Cabo, por uma razão de bondade desconhecida possibilita-me até ao fim do mês, ver a MTV2. Isto é bom. Tem sido uma barriguinha cheia de vídeos de alto e altíssimo gabarito. Ontem, de seguida, foram os Rusty Cage e Immigrant Song (live).

Mas ainda agora vi uns palhaços pintados de mil cores com um som tipo Slipknot, ou seja, metalmofo. Sim porque o verdadeiro metalmofo é o nu metal do fim dos anos 90, princípios de 00.

Uma banda fixe que conheci por lá: Gallows.

Com isto tudo, a bondade dos cable guys ainda dá frutos, e lá vou eu aderir a esta nova onda...

5.28.2007

BomBom

É sermos entendidos, mas considerados como não entendedores, invertendo o ónus do entendimento.


O autocarro da escola estacionara à porta da entrada para as grutas de Mira d'Aire. A galhofa atraiu o senhor que até é um bocado chato. Não concordando com o sítio que o motorista escolhera, embora este fosse adequado, decide interpelar os adolescentes que discutiam e comparavam de forma bem acesa o último álbum dos Rammstein e o do Puff Daddy.Gruber o dos Rammstein, Steve do Puff Daddy. A discussão estava certamente animada quando o senhor se aproximou e eles se calaram - Vão visitar as grutas? - Vamos, estamos à espera do guia. - Talvez fosse melhor dizerem ao vosso motorista para estacionar lá à frente, para que quando saírem tenham o autocarro à vossa espera.

Passaram-se 2 milésimos de segundo, mas já Steve vai com reposta pronta - Nós não somos de cá!! O senhor, movimentando as mãos perpendicularmente de forma circular à frente do peito, palma com palma sem se tocarem (distância de 10 cm do peito e 5 cm entre palmas), dedos bem abertos e com com um franzir de sobrolho acompanhado de um esgar labial que adivinhava frustração, respondeu - Não era bem isso...
Virou costas.

5.27.2007

125 Vinhos, escolha de Alfredo Saramago

Contra o catecismo: «Existe um discurso demasiado sério sobre o vinho, é preciso que se restitua a liberdade a cada apreciador para poder julgar o vinho que bebe sem a espada de Dâmocles por cima da cabeça à espera de justiçá-lo se um aroma ou outro escapar ao paladar do desgraçado bebedor!» Alfredo Saramago, 125 Vinhos (Assírio & Alvim).

Para rir um pouco, Saramago enumera os sabores detectados por alguns críticos de vinhos: granito morno, suor de cavalo, móveis antigos, madeira exótica, animal, aroma a caixa de charutos, feno cortado, textura de cetim, aroma de pedras, pólvora, toque de pau, fósforo queimado, apetrolado, galho seco, notas de talos de couve, aroma telúrico, cheiro a sacristia, couro de boa finura, couro limpo, toque de marroquinaria, etc. etc. Vale a pena

Do portista cujos posts às vezes me fazem subir o sangue à cabeça.

Sangue, Água Salgada e Peixes

Assim se pode resumir a minha segunda lição de mergulho em apneia. Andei uns 5-6 metros lá para baixo e ainda passeei por lá uns segundos. O sangue apareceu no nariz quando compensava a pressão nos ouvidos (além do que me apareceu nas mãos devido à excessiva curiosidade junto das rochas. Tenho que arranjar umas luvas). A água salgada foi bebida sempre que uma onda me apanhava desprevenido. Peixes e restante fauna e flora marítimas. Até um cavaco vi, fora peixes pretos e azuis, côr de laranja, amarelos, cinzentos, às riscas, e os camuflados (persegui um).

5.25.2007

Walking On Thin Ice

- Admiro Jorge Tadeu (o chefe da Igreja Maná) e vou participar num programa no Canal de Televisão dele.

Na voz

5.24.2007

Fui Eu!!

Não se arranja nada para além-mar?

Os bacocos dos comentadores são mesmo uma bosta

Desde há algum tempo que os comentadores da bola, sempre que falam do futebol Italiano utilizam a palavra "cínico". O futebol cínico isto, o futebol cínico aquilo. Gostava mesmo que um jornalista (ou o tratador da relva) perguntasse a um desses argutos observadores de futebol o significado da palavra cínico.

5.19.2007

Ontem


Primeiro tiro no Belo Abismo dos Biscoitos. Aiágua estava aceitavelmente boa, e depois de uns minutos já não se queria sair de lá. Vi umas 20 espécies de peixe diferentes, além de ter sido perseguido por uma "água viva" que tive que agarrar e deitar para longe. Malhei uma vez numa determindada rocha em que fiz mal às costas, e mexi numa daquelas coisas que parece uma morcela e que esguicha quando importunada. Fiquei com o pé todo pegajoso e com um corte no dedo grande do pé (devido ao malho que me fez algum mal).

5.18.2007

Ao Senhor ou Senhora de São Paulo no Brasil que gastou 23 minutos e 11 segundos no meu blog

Obrigado, não é normal alguém demonstrar tamanho interesse. A não ser eu próprio quando entro sorrateiramente em casa de pessoas, e lhes ligo a net a este miserável tasco.

5.17.2007

Zurze. Porquê?

Eu zurzo
Tu zurzes
Ele zurze
Nós zurzimos
Vós Zurzis
Eles zurzem

Eu zurza
Tu zurzas
Ele zurza
Nós ZURZAMOS
Vós zurzais
Eles zurzam

5.14.2007

A minha previsão para o último Harry Potter

Cientistas humanos (muggles) tendo ficado intrigados com alguns acontecimentos bizarros que insistentemente vinham a ser relatados por pessoas mentalmente sãs: carros voadores, pessoas a transformarem-se em gatos e principalmente, pessoas que desapareciam quando iam de encontro a uma coluna na estação de comboios, decidem investigar. Descobrem o portal na estação de comboios, outras formas de entrar em Hogwarts. Os primeiros espiões humanos relatam num primeiro momento os jogos de quidditch e os relacionamento sociais, bastante entusiasmados com a descoberta. Começam depois a perceber a influência de Voldemort, e de como a maldade deste põe em causa a sobrevivência da população.
As informações dos hábitos dos feiticeiros começam a preocupar os serviços secretos de alguns governos, e a forma como os humanos são vistos por estes não agrada aos seus chefes de Estado.

Quando finalmente se percebe que centenas de crianças correm risco de vida, e os adultos não fazem nada a não ser ensinar-lhes magia negra e como lavar a loiça sem sujar as mãos (a máquinas de lavar são no entender da maioria dos presidentes humanos, muito mais higiénicas), quando confirmam a prática da escravidão e maus tratos para criaturas quase humanas como os elfos, que esta magia pode ser potencialmente perigosa se usada pelas mão erradas (o que é feito a torto e a direito lá naquele mundo paralelo), a decisão difícil é tomada. Forças especiais entrarão pelos diversos portais e tomarão de assalto Hogwarts e outros mundos paralelos dos feiticeiros.

Voldemort é executado durante uma cena em que desafia um pobre soldado a disparar (enquanto dá gargalhadas maléficas)e lhe atiça uma criatura que também é abatida.
A corpo directivo da escola é levado a tribunal por comportamento negligente grosseiro, enquanto que os governantes são julgados por crimes contra a humanidade. Porque não usam eles a magia para se safarem? Os cientistas conceberam um device que tira a capacidade mágica dos feiticeiros.
Depois de alguns bombardeamentos aéreos e da rendição dos mais empedernidos guerreiros armados das suas vassouras, os humanos suprimem mais esta ameaça ao bem estar mudial, e fazem de Hogwarts um parque de diversões.

Harry Potter faz uma cirurgia plástica para tirar a cicatriz e vende alguns apetrechos na feira da ladra todas as quintas-feiras. Depois de um curso intensivo de espiritualidade e cristianismo, converte-se e torna-se uma activo missionário junto de antigos feiticeiros.

O resto... Não sei. Uns lixaram-se, outros deram-se bem, os maus em princípio morreram... 'Táááá bem.

Porque é que o protocolo de Kyoto é burro?

Entre outras coisas, porque sim.

5.12.2007

War! It's fantastic!

Giordanno e Giuliana sairam à mesma hora de sempre. A rotina é facilmente suportável, combinada com uma vida social bastante activa. Os objectivos e os sonhos permitem-lhes um relacionamento saudável, já que ter cadeiras de três pernas não faz parte dos planos de nenhum deles. Os filhos dão problemas, talvez mais do que a maioria da normalidade circundante. Nada que os incomode de sobremaneira. Com o tempo tudo melhorará. G e G não amadureceram no tempo e quantidade certa, e isso implica falhas na educação da prole. Claro que toda a gente falha em alguma coisa em qualquer tipo de situação. Define-se este pormenor para que se perceba que não se trata de uma família modelo, até porque não as há. Nem a do Eduardo Sá.
- Quem me leva à escola hoje?
- O inspector Varatojo! Eh!Eh!
- Vá lá! Quem?
- Já te disse. Come antes que apodreça.
- Vais ver a minha peça?
- Vou. Mas não te esqueças de no fim, pegar fogo ao palco.
- Ih!Ih!Ih! 'Tá bem. Ih!
G aparece franzindo o sobrolho
- Aqueles lá do extremo Sur-Sudoeste não andam a fazê-la boa.
- Então?
- Quem são esses?
- Depois lês o artigo. Vais levá-lo à escola?
- sim, depois não posso levar os outros. Hoje vou picar bois a abrir!
- O.k. Vou falar com os meus pais.

A noite chega depois de um dia cheio. Os livros, os jornais, os cheiro das especiarias, os jogos e as conversas dispersas enchem a casa. A saída em família, tão nauseabunda para muitos, e tão saudável para eles, é mais um pouco de cimento que ajuda a solidificar o relacionamento sempre tão frágil e difícil de manter numa sociedade humana. O individualismo é um valor sempre preservado, mas com a adultícia se saberá dar-lhe o devido valor, e usufruir nas quantidades certas.
Dia 3 desde que se começou a história. O mundo em alvoroço, e invasões militares em vários países do globo com o intuito de impôr uma nova ordem mundial assoberbada pelo ódio às sociedades mais livres. Apanhados de surpresa, vários países são presas fáceis. Aqui, a rua está em guerra. Giordanno levanta-se sobressaltado com os primeiros tiros. A televisão explica. O seu olhar cruza o de G, e torna-se lancinante. Um sorriso/esgar toma conta da sua face. Corre a buscar a sua arma religiosamente guardada. Dá instruções. Giuliana está assustada com este sorriso no meio de avassalador perigo, mas não se surprende. Equilibrando-se por dentro e já pronta a fazer o necessário para se proteger e às crianças, ouve...
- Sei o que fazer. Ficas aqui com os putos, enquanto procuro saber qual o abrigo para onde ir. O nosso exército ainda controla estas ruas. Vou juntar-me a uma milícia. -De novo o esgar. Giordanno sai de casa com ele, e era o pé direito que tinha no passeio quando uma bala lhe estoirou o crânio.

Come on Punks! Make my day...



Na RTP anda outra série shity ao estilo das que estão por aí agora na moda. A anunciá-la, o voz off pagliazzo disse, entre outras inanidades, que os gajos da The Unit eram mais frios que o Dirty Harry. Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!A!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!
O Dirty Harry com a sua Mag44 e sem precisar de recarregar limpava aqueles prresunçosos num frente a frente, em menos de trinta minutos. Então se tivesse direito a um bónus (utilizar arpão de pesca grossa) o chefe dos mariquinhas ainda tinha tratamento especial.

Iberpiretes

Estes gajos do Sabugal Terrento são uns chatos do caraças, mas de quando em vez lá aparece uma coisa interessante. É o caso da rubrica Iberpiretes: mandai os vossos que eu mandarei o meu um dia destes.

5.10.2007

Awesome!!! 1



Agradecer aqui e aqui.

Hoje andei a ouvir o Master of Puppets

Eia que grandes malhões! Antes ouvia-o amiúde mas no Walkman para cassettes. Tinha o álbum gravado numa de 60 minutos (lembro-me que foi o Vinhas que me emprestou o Master para ouvi-lo a 1ª vez) e a certa altura na Disposable Heroes, o virtuoso solo do Kirk era cortado a meio por força das circunstâncias da fita. Hoje, no Walkman contemporâneo a música seguiu sem constrangimentos, mas o arrepio na espinha percorreu-me da mesma forma naquela altura que o inconsciente deve ter reconhecido como o "é agora que esta merda tem que virar". Eu sabia que a música ia estar inteirinha do outro lado, mas nem sempre me lembrava a tempo, ou depois de ter começado não tinha coragem de acabar aquilo com as minhas próprias mãos. "Deixá-la ir..."

Eh mlhé!

Ontem uma rapariga com curvas bem delineadas e com roupa que as fazia sobressair (e muito) passeava-se pela bela cidade de Angra. A demonstração normal de gáudio dos homens que observavam era na maioria dos casos, discreta. O pior foram algumas senhoras e as gajas! Parecia que queriam comer a rapariga! Qual pudor qual quê!?

Queta

Ontem vi uma entrevista da Bárbara Guimarães com o palhaço-mor dos Blasted Mechanism. Gosto bem de dançar algumas músicas dos tipos mas depois do que vi ontem, nada mais vais ser o mesmo. Não é que não se desconfiasse mas tiradas destas(mais ou menos isto):"Eu não domino a música porque a música é dinâmica e por isso indomável" ou " eu não crio, o Universo é que me apresenta as coisas e eu aproveito-as" tiram a vontade toda de fazer figuras ridículas no dancefloor. É ridículo sobre ridículo. E depois leio isto e também concordo.

5.08.2007

Bonk!

Dez minutos na Fashion TV e já ouvi o Anarchy in the UK e o London's Burniiiiiing!!! Acho que o melhor canal de música (o videoclips não são os originas mas não me queixo)está encontrado.

5.07.2007

Quite that

Li isto há algum tempo por indicação de outrem. Hoje voltei a ler e decidi ligar mais uma prova de como eu não sei expôr claramente as minhas ideias.

Indie Lisboa em Angra

A Burra de Milho começou bem. Aguardam-se os próximos eventos com expectativa...

Depois da Super Bock, outra vez o millenium e a confirmação nada agradável

Bruno Nogueira Sucks! Senso nenhum tem que ter piada senão é apenas uma coisa sem senso nenhum.

Televishka

A RTP tem uma música nova, em que aparecem umas caras conhecidas a cantar e a fazer esgares para a câmara. Esta música faz-me desejar uma espécie de maldição da "Música da RTP" em que um a um, os intervenientes ficam sem voz. Isso! Positivamente e irremediavelmente afónicos. Para sempre.Talvez ao fim de umas cinco gerações, os responsáveis da Televisão do enervamento publico começassem a juntar as pontas soltas...

5.06.2007

Quando a ficção é uma treta, comparada com a realidade

A moral e o discurso que se assumem para viver como um ser humano digno, enfrentam desafios agressivos uma vez por festa. Estes desafios fazem chocar o discurso e a moral com sentimentos e emoções que La Pallissemente contradizem a razão. A maior parte das vezes conseguem-se adequar as emoções à razão. O desafio é manter a sanidade sem perder nada pelo caminho.

5.02.2007

Nazis, Nacionalistas, Palhacistas, Anis

Andaram hoje por Lisboa a manifestar-se pelo trabalho nacional. Não sei bem o que é, mas imaginei-me logo a construir o aeroporto da Ota sob o olhar amigo das armas da corja, enquanto me davam estimulantes incentivos para carregar os baldes de massa, com a coronha das mesmas.

4.30.2007

Vigésima Terceira Facada III

S. é uma rapariga de 128 anos e descobriu há uma semana o seu próprio segredo. Hoje é o dia em que vai voltar a procurar emprego e tentar viver. Os planos sucedem-se, e as estratégias para evitar o efeito "freak show" estão afinadas. O futuro não se avizinha fácil. Afinal, estando a questão da sobrevivência controlada, tantos problemas surgiram! Para já tinha que decidir a sua idade... "Se morro à vigésima teceira facada, direi que tenho 23 anos".

4.23.2007

No dia

Em que todos dormirmos 1 hora por noite, o mundo será um amontoado de bárbaros.

4.21.2007

Pois a mim revolta-me que el señor presidente sea un gilipollas



Outra vez

RTP África

Está a dar o conjunto Maria Albertina. São aqui duas e trinta e cinco da manhã. Por coisas meno gravosas já se começaram guerras. Se é para isto, mais valia só darem os jogos de futebol do Glorioso.

Deixemo-nos de merdas



Este é até agora o melhor álbum de punk rock da década de zero (duvido que deixe de ser e da maneira que isto anda, pode muito bem vir a ser o melhor do século).É todo bom, mas aquele solo de baixo de um minuto na Axion... Já não o ouvia há demasiado tempo

4.20.2007

Estás cozido comigo, Manzarek. III

"Neither of them can sing, especially Manzarek, who actually has a good voice, but tries too hard to sound like a Soul man and a boogie-woogie rock-n-roll man."
É bom músico mas não tem noção das coisas não é?

"Guitarist Robby Krieger isn't much better, though I certainly can tolerate his thin, nasally voice much more than Manzarek's deep baritone voice. At least I don't feel like turning the music off when Krieger sings."
É isso, o Manzarek é que mete nervos não é?

A autoria dos comentários acima são de um reputado especialista musical da amazon.

Golaço

Acabo de assistir a um belíssimo golo de Wender. Infelizmente o árbitro anulou-o e ainda admoestou o pobre com cartão amarelo. Não há respeito pela bola.

Tás cozido comigo Manzarek II (o post onde isto começou não tem este este título mas podemos assumir que sim)

Nem sabia que depois do L.A. Woman havia mais álbuns dos Doors. Claro que teoricamente não há. O que lixa aqui são os factos empíricos. Procurando provas para queimar o teclista que até é um grande músico (isso é) aqui estão os nomes de algumas músicas que os disgraced three editaram depois do lizard king: "Variety is the spice of life"; "Down on the farm" ;"I´m horny, I´m stoned"; "Get up and dance". Ridículo. Agora percebo Manzarek, onde te levou o sentido auto-destrutivo (como lhe chamaste) do Morrison: à destruição do teu amor-próprio.

4.18.2007

AH! O Rookie. 8 anos. Eu não é há tanto. Deixa cá ver... P´raí uns 4 ou 5? Ficava lá invariavelmente com a t-shirt molhada. Era do mosh. Uma vez levei lá o pessoal do Sabugal e enquanto bebia mais uma birra a 50 paus, eles aviavam cá fora uns chungas da Amadora. A polícia chegou e ainda encheu mais nos desgraçados suburbanos. Claro, eram os que tinham cap e calças ao fundo do cú... Graças a isso, na noite a seguir o Trinta ficou em casa com o pulso dorido (de tanta murraça aplicar) e não cantou a Black com o Eddie Vedder à porta do Irish. Ricardo Kurt gastou nessa noite os seus créditos de sorte que poderia usar no euromilhões.Também eu derreadinho de todo além de comido pelo bicho da noite anterior, não tive esse galáctico privilégio.

Another day, another massacre

Ao país mais desenvolvido cientificamente, resta criar instrumentos e mecanismos que sejam eficazes na predição para prevenir tais comportamentos. Se a perturbação psicológica que os origina é facilmente identificável, falta saber objectivamente o que propicia e efectiva a passagem ao acto. Em todos os estabelecimentos de todo o mundo existe o desgraçado, rejeitado, postergado, o bode expiatório... Mas estas tragédias não deixam de ser pontuais. Na américa o fácil acesso às armas propicia estas situações? Talvez. Sem dúvida que as torna mais graves, mas parece-me que são razões de ordem sociológica, e principalmente psicológica que levam a tais demonstrações de violência, e não o facto de se poder comprar facilmente uma arma de fogo. Estas razões são mil sem contar com varáveis parasitas. Mas é esse o verdadeiro desafio: conjugá-las para obter uma resposta satisfatória e eficiente para que não fique em alvoroço uma escola inteira só porque um aluno faz uns desenhos ou umas histórias perturbadoramente violentas. A imitação, a frustração, a competição, os valores morais, choque de culturas e outros conceitos têm sido aventados e bem para ajudar a uma explicação para esta porcaria que aconteceu. Há um que é o mais importante e que englobando todos os outros, pode explicá-los, compreendê-los, predizendo comportamentos deles derivados neste ou outros casos: a psicopatologia.

Disseram-me que o Ray Manzarek disse que teria preferido trabalhar com o Sting, porque este é igualmente criativo e não esbanjador de talento

Se isto for verdade, o Ray passa a ter oficialmente mais um inimigo. Isto porque quem se dê ao prazer de ouvir uns álbuns ao vivo dos Doors percebe a insistência com que o grande teclista (isso é) se tenta intrometer nos devaneios do Morrison, e fazer parte deles. Claro que como o gajo não passa dum "slave" só consegue fazer figura de parvo. Ainda por cima qunado demonstra sempre esta má vontade quando fala do responsável por ter muito pãozinho na mesa.

Comparar a criatividade do Sting com a do Morrison é o mesmo que comparar a Ana Maria Magalhães com o Hemingway.

Isto lembra-me embora nunca de forma tão negativa, as entrevistas do Jerry Cantrell e como sempre falava do Staley. Com alguma inveja por ser ele o centro das atenções, por ser mais maluco. Mas este Manzarek passa das marcas! Além de lançar um best of de meio em meio ano com a mesma selecção de músicas em que só muda a ordem.

4.17.2007

Eh!Eh!Eh! Este jantava em minha casa na boa.

Hotel Ruanda

Também foi ganhando até que açambarcou. A treta ossarial há muito esperada embora não seja sequer a primeira vez que aparece sob o manto brilhante e bem ofuscante do positivismo balelaico (a histeria contradiz-me e põe-me no caminho do Zyprexa), cheira-me sempre a uma bela mistela em almofariz de alhos com bogalhos, em que uns doutos pelo meio tentam angelicalmente explicar como os bogalhos até dão sabor aos alhos.

Para ser melhor que o Eixo do Mal até eu e o Manel Zé.

4.16.2007

Kól Tuhra

Fui ontem à inauguração da associação cultural Burra de Milho na Carmina Galeria ali p´rós lados da Feteira. Gostei e espero servir-me da dita para assistir a uns espectáculos em condições. El Bicho foi a minha sugestão a dois dos Tenentes Coronéis daquela merda.

4.15.2007

Atrasado como sempre

Mas ainda fui a tempo de comprovar que os tripeiros* têm boa onda musical... Francisco José Viegas com uma playlist que não pude ouvir em directo na TSF mas que escutei agora enquanto lia o Origem das Espécies.


* também os Sousas são Tripeiros. Se não fosse o Vítor Sousa não tinha conhecido mil bandas. Se não fosse o Paulinho, nunca teria ouvido tocar batera em condições antes dos catorze. Não fora o Zé Sousa e não teria aprendido algumas coisas cerca do estilo de curtir uma boa metalada

Pérolas Literárias Não Editadas XXXVI

- Vais hoje à noite ao sarau cá da escola?
- Ahahah! Não é sarau. É sarão!Sarau...

Autoria: Eu e T.

Criatividade

Há quem não a saiba utilizar, e os que bloqueiam com a dos outros.

4.13.2007

Lupin & Fujiko

Vigésima Terceira Facada II

Este tipo sabe que só morre quando lhe espetarem uma faca pela vigésima terceira vez. Apesar de reconhecer a alta improbabilidade de tal lhe acontecer, decide tomar precauções. Vive fechado em casa com uma caçadeira ao seu lado. Muitos anos se passaram, mas a sua vida é mais entediante do que se tivesse tido meio ano de vida. Ao fim de mil anos, e porque se amontoavam já alguns esqueletos à sua porta, é preso pelas autoridades que durante os próximos anos lhe tentam aplicar a pena de morte. Injecção letal, cadeira eléctrica, cadafalso... Finalmente a sua vida ganhava mais algum sentido. Tentar convencer os carrascos de que morreria se lhe espetassem uma faca vinte e três vezes.

4.03.2007

Entretanto...

Super Bock e Bruno Nogueira continuam no seu caminho para a fossa. O que lhes vale é que Luis Represas apareceu para equilibrar as coisas.

As casas

Sobretudo atrapalham quando queremos atravessar para o caminho paralelo.

4.02.2007

Depois da borracheira de Sábado, dos Los Ko Jones e dos Acromaníacos, uma suavezita

It's the generation gap

A internet tem sido justamente diabolizada por muitas pessoas e pessoos, porque a maioria dos seus conteúdos são crap. E mesmo os que não são crap, são muitas vezes ofensivos, ou não adequados a menores de idade que são os que mais frequentam a net no nosso país (estatística feita agora assim por alto).

A observação que faço aqui no Sabugal não pode deixar de me impelir a fazer uma vénia à tecnologia. Entro nos bares cheios de fumo e cerveja outrora cheios de putos a fumar e beber, e estão praticamente vazios de menores. Venho aqui postar ao centro de internet no complexo das Piscina e é onde os encontro. Podem não estar a fazer grande coisa, mas entre mortos e feridos alguém escapa. A fumar e a beber aos 14 é difícil escapar.

3.30.2007

Vacanças!

I'M SHIPPING UP TO BOSTON

I'm a sailor peg
And I lost my leg
I climbed up the topsails
I lost my leg
I'm shipping up to boston
(whoa oh oh)
x3
I'm shipping off
To find my wooden leg
I'm a sailor peg
And I lost my leg
I climbed up the topsails
I lost my leg
I'm shipping up to boston
(whoa oh oh)
x3
I'm shipping off
To fing my wooden leg

Dropkick Murphys no álbum The Warriors Code. Também música mais fixe do filme "Departed"

3.28.2007

Relembrar a falta que faz uma banda de pretos ao Rock N´Roll



É que a brancalhada agora é só maricas com eyeliner e vozes amaricadas em auto comiseração por causa de amores perdidos. Reparai no estilo do Ernie C(guitarrista), e nos solos que o gajo faz como se estivesse a enrolar um.

Tudo bem que o pessoal afro encontrou no Hip Hop a onda que mais lhes agrada, mas não será preciso lembrar que ainda não houve guitarrista como o Hendrix. Há gajos virtuosos há, como aqueles secas como o Steve Vai, e aquele do silver surfer ou o caraças, mas deitar ao lixo talento como o Ernie C ou o Moose Man não me parece bem. E most of all, de todas as bandas que já ouvi incluindo as doom, gore, trash, black metal e essas coisas todas, nenhuma conseguiu injectar tal violência nas letras como estes.

Pus esta música para provar que até os gajos mais maus do rock acreditam na redenção, e na transmissão de uma mensagem benfazeja.

Latidos que mesmo sendo latidos, são deploráveis

O regozijo manifesto com o atentado ao World Trade Center em 2001. Passado tanto tempo já cansa ouvir tanta barulheira. Resta um sorriso condescente normalmente reservado ao Chihuahua atrevido.

El señor presidente no los tiene en el sítio



Thanks

3.26.2007

Portugueses

Ganhou o concurso apresentado pela Maria Elisa, o Doutor Oliveira Salazar. Em segundo ficou o Doutor Álvaro Cunhal. De certa forma fico contente pelo facto de o Zé Maria não ter ficado nos 10 primeiros.

Por mim gostava que tivesse ganho o D. Afonso que tinha uma espada tão pesada que eram precisos dez (ou seriam cem?) homens para a carregar e aos setenta ainda foi salvar o filho das mão de uns Sarracenos, a quem elaborou uma bela carta de alforria depois da tomada de Lisboa.

Melhor, melhor foi quando pregou uma bela partida ao aio Egas Moniz e ao rei de Castela quando o fez voltar para casa confiante de que o Rei Portucalense lhe iria prestar vassalagem.

3.25.2007

Vigésima Terceira Facada I

Este homem só morre no dia em que levar a vigésima terceira facada. Até lá vive o tédio de uma vida supostamente interminável. Sem saber o seu próprio segredo leva a vigésima segunda facada, depois de séculos de existência. Pensa erroneamente que é imortal e no dia em que fanfarrão enfrenta mais um adversário, morre.

Cinco e quarenta de la mañana

Que horas son en el Japón?
Que horas son en Inglaterra?
Que horas son my corazón?