3.14.2010

As tristezas de um país com 40 anos de ditadura

As pessoas não sabem a diferença entre autoritarismo e autoridade. Confundem-nos e alegremente falam de dar lambadas a alunos que o mereçam. E como definem eles o merecer? Não se sabe. Mas são tão irreverentes na defesa do tabefe que não se apercebem da inevitabilidade de os seus próprios filhos terem de, um dia, ir para a escola. Mas como estas pessoas são muitas vezes masoquistas e subservientes perante o autoritarismo (por isso é que o querem exercer. No fundo querem parte do bolo da repressividade. "Se eu levei nas trombas também quero poder dar". A mesma razão que leva um nazi a sê-lo...) é provável que se um filho chegsse com as marcas da cota da mão na cara dissessem: "é porque o mereceste". Ou então vivem no mundo da carochinha das pessoas que se julgam imaculadas: "filho meu jamais precisará de levar tabefes. Porque filho meu não é como essa escumalha que para aí anda."

Isto é tudo uma questão de bom senso e liberdade individual. A escola não está bem e isso não é novidade para ninguém, mas que retrocesso civilizacional seria se o Estado voltasse a permitir os castigos croporais na Escola, diminuindo o papel da família a espectadora do processo educativo.

Isto, por discussão começada no Tarrento.

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