1.29.2006

Sonsas Ateias

Conheci e Conheço muitas sonsas religiosas. Como tive uma educação católica, grande parte dos meus relacionamentos começaram por ser com pessoas da mesma fé. Eu próprio era um bocado sonso católico quando fui baptizado. As sonsas católicas de que falo são as da fase da adolescência. E se é verdade que algumas das sonsas se desinibiram para além do desejável, outras continuaram e continuam na sua senda da sonsice. Tudo bem, porque nomalmente estas sonsas têm uma visão diferente mas tão "auto satisfatória" do mundo, que toleram e compreendem quem está ao lado do caminho que elas escolheram. Falam do que lhes apetece (principalmente das viagens magníficas que fazem para visitar o papa naquele encontro dos JOVENS) e ouvem o que têm a ouvir. Não raras vezes dão uns toques fixes na guitarra. Há sonsas católicas insuportáveis, mas essas não são inteligentes. Por isso são insuportáveis.

Pior, pior são as sonsas ateias. Cultivam a moral secular sem qualquer apoio espiritual, sem perceber o mundo que está à sua volta, e isto cria seres, neste caso raparigas/mulheres azedas que nunca mandaram uma boa, mas que anseiam por isso todos os dias, e que condenam quem o consegue fora dos seus insondáveis parâmetros morais. Normalmente têm uma grave falta de tolerância para o discurso do outro, incluindo o discurso religioso. As sonsas ateias são insuportáveis.

A moral é impossível fora da religião? Claro que não. Não desdenhando a minha educação católica, não o sou agora. Aprendi com a religião algumas coisas que fazem parte do meu pensamento moral (onde tenho que fazer upgrades amiúde), mas acho muito provável que existam muitas pessoas com um bom desenvolvimento da sua moralidade que nunca puseram os pés numa igreja. Conheço algumas.

A tolerância é um dever? Não. A tolerância é uma forma de lidar com outras pessoas sem haver imposição de pensamentos, atitudes... Mas eu não tenho que tolerar comportamentos ou discursos com que eu não concorde. Intolerância é por vezes a única maneira de agir correctamente. Se tivesse havido intolerância com os gajos de bigodinho ridículo da Alemanha e da União Soviética, não teríamos assistido ao resultado da sua doentia intolerância. Porque é que a campanha rodoviária "tolerância zero" não se chamou "intolerância mil"?

As sonsas ateias têm tudo trocado porque ninguém as ensinou como deve ser. São intolerantes com o que não deviam ser, enfadonhas quase sempre, e não têm viagens fixes para contar.

2 comentários:

Anónimo disse...

sonsa: sagacidade dissimulada, mulher manhosa, pela calada e com simplicidade fingida
ateia: mulher que não crê em deus
é a isto que te referes? irrita assim tanto? conheço um bom remédio! de qualquer forma eu sou agnóstica.

Sérgio disse...

Hi Pmcdp, desta vez tocou-te a ti...
Concordo com o teu 3º parágrafo, faz falta é livrar-se de preconceitos, criar os própios valores independentemente da religião. Alimentar a moral de realidade e não porque 'é pecado...'.
Ah... merda para as religiões!