5.24.2009
Retrato do mundo enquanto fedorento
Depois do revolver de cérebro ao ver "Martyrs", deparo-me com opiniões que vêem nas atitudes perturbadoramente perversas de alguns dos personagens, uma centelha de positivismo aceitável e compreensível. Como se a racionalização da imposição de sofrimento, restaurasse moralmente os seus autores. Opiniões que não perceberam o que se passou ali. E depois lembrei-me do "Die Welle" e daquele puto que, não percebendo a alegoria do professor, encontra nos exercícios fascistas encenados uma razão oposta à pretendida pelo professor. Talvez em "Martyrs" o realizador se tenha deixado levar pelo ego, tal como o professor, levando um pouco longe de mais a tentativa de explicação do Mal. Nem sequer liguei muito à tentativa banal e felizmente fugaz de comprometer a religião, que isso dava outra posta... Mas será certo pedir aos realizadores que assumam o público como mentecapto, entregando as suas obras simplificadas para evitar erradas interpretações?
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2 comentários:
Não vi essa cena. Mas assumir que o público é mentecapto e abraçar o politicamente correcto merece levar com um gato morto na tromba. Até o gato miar.
Não sei se aconselho.
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