10.31.2008

James Seca

O James Bond nunca mais acaba? É tão conhecido e nenhum espião lhe mete uma ameixa entre os olhos? Nem um terrorista para desfazê-lo juntamente com a miss Penny, o Q e mais aquela gente toda? Sobravam as Bond Girls e fazia-se um filme chato mas com mais momentos agradáveis. Não há pachorra.

10.30.2008

Mundo

Andar por cá, resume-se a saber com quem queremos estar e quem devemos evitar. O resto são revisões bibliográficas.

10.22.2008

Convites solenes

Encontrei ontem um engrelope na caixa de correio, cujo endereço estava ocupado pelo dizer: "caro munícipe". Optei por abrir o envelope, uma vez que era da Câmara Municipal de Angra. Como não tenho água em casa dois dias por semana desde que cheguei de férias, pensei que fosse uma informação de que os dias de peixes magros tinham acabado e que os Angrenses poderiam voltar a tomar banho todos os dias como nos bons velhos tempos. A carta ,no entanto, é um garboso convite da Câmara e da Junta de freguesia, para que assista à inauguração da nova capela mortuária local.

Eu não sou um tipo que tema a morte assim de uma forma caguinchas. Mas assistir a inaugurações de capelas mortuárias não enquadra no meu conceito de divertimento social. É irónico, é. Lá vamos nós inaugurar um sítio onde vamos acabar. Mas acreditem que não seria bom ter-me por perto. Poderia dar-se o caso de, irritado pela falta do duche matinal, sugerir aos que me invitaram que se tornassem utentes da capela.

Será que vai haver salgadinhos?

10.17.2008

Açores Über Alles

As eleições para o Governo Regional estão aí. Infelizmente, devido a uma inércia aliada a protelação, não vou poder fazer um desenho catita num boletim de voto açoriano. Depois de uma exposição de arte nas urnas em que eu e mais dois amigos artistas decidimos brindar a classe política nacional com uns belos desenhos pós-moderno-surrealistas (aqui há uns anos), eis que a população açoriana em geral e os senhores das mesas em particular não vão poder observar as minhas qualidades no que toca a motricidade fina. Adiante. Aqui as eleições estão ao rubro e o debate político é um bocadinho desinteressante. Vejamos: Carlos César diz que para ele em primeiro lugar estão os Açores, em segundo os Açores e em terceiro,imaginem, os Açores. Trilogia que facilmente poderia ser traduzida por Região, Região, Região.Trilogia em que Deus e Família ficarão à vontade de cada um. Não me admira que depois de escrever este post me venham dizer que não devo ter nada contra os Açores e que devo fazer tudo pelos Açores... Não faz mal nenhum algum comedimento nas palavras a quem tem tantas responsabilidades no pensamento da populaça. Eu sei que Carlos César não é um extremista, mas as massas são de extremos. Sim, especialmente o linguini de manjericão, mas com um bocadinho de azeite virgem extra aquilo vai ao lugar. Daí Costa Neves falar da sua vantagem em ter um curso. Às vezes as pessoas comportam-se como se não soubessem História, desprezando as advertências do passado acerca de discursos em que se incluam trilogias como bases de intervenção política, quaisquer que elas sejam.

Costa Neves, o rival que tenta chegar ao lugar de presidente do Governo Regional, também disse que acorda a pensar nos açorianos e deita-se a pensar nos açorianos. Tal tristeza! Claro que com uma ligeira mudança na forma da frase, tudo ficaria aceitável. Se Costa Neves dissesse que acorda a pensar em açorianas e se deita a pensar em açorianas, o meu aplauso acompanharia a vénia. Mas assim, os açorianos em geral... O candidato principal da oposição acorda e deita-se a pensar num conjunto de pessoas em que eu me incluo? Costa Neves deita-se a pensar em mim? Será isto fofinho ou tenebroso? Eu vou para a segunda hipótese. Outra coisa: O slogan do PSD aqui é "Melhor é possível". Está mal. Então quer dizer que o que foi feito até está bem, e que melhorar um pedacinho vá, é possível? "Os gajos do Governo fizeram um bom trabalho, mas nós conseguimos melhor." A oposição não pode apostar em slogans ambíguos deste tipo. Sugestões mais adequadas: " Pior é impossível, mais vale mudar". Assim o PSD assumia um posição realmente assertiva e não chocha como o : " sim senhor Presidente do governo. Excelente trabalho que está a fazer mas acho que nós... Bom... Talvez, não sei... Talvez consigamos fazer um poucochinho melhor. Mas o vosso trabalho está bom hein? Não se ofenda. Melhor, um pedacinho melhor, pode ser?"

10.16.2008

Albânia

Tudo contente com o Carlos Queirós. Esse animal de campo.

O Hamas, essa bela instituição terrorista

Parece que criaram o Youtube do Hamas. Deve ser outra banhada tipo a mecca cola que toda a gente gabou muito quando saiu, enquanto sorviam a última gota de coca-cola da garrafa de 1,5l.

10.14.2008

Diga-me uma coisa... Diz-me uma coisa?

-Diga-me uma coisa... Vai mesmo fritar isso em óleo mecânico?
-Vou
-Diga-me uma coisa... E isso não faz mal?
-Faz.
-Diga-me uma coisa... Você não é uma besta?
-Não. Besta é V.Exa. por ter sucumbido às tendências Outono/Inverno da moda das bengaladas da língua portuguesa.

Alimentar o ego com O.J.

Em Janeiro, escrevi aqui sobre as tropelias de O.J. Simpson: Estas questões que o O.J. Simpson tem protagonizado, não mostram senão o bom carácter do tipo, anos depois de a sociedade ter falhado em fazer aquilo que lhe cabia: condená-lo por homicídio. As diabruras aparentemente sem sentido são fáceis de compreender, aumentado a minha empatia com o homem. Crime e Castigo explica.

João Pereira Coutinho, em consonância com isto, explica de forma mais iluminada o que se tem passado com o tipo do "Onde é que pára a polícia?"

10.12.2008

Enlamear-se

Tivesse L. escolhido outros meandros para se afundar e o sucesso teria sido nulo. Estes que escolhera revelaram-se plenamente adequados à decadência que nunca pretendera mas que agora sabia ser a verdadeira fonte da sua satisfação. Farto de “tantas lérias” como ele próprio afirmava, entregara-se à penosa e recompensadora tarefa de viver completamente livre das pressões que o iam esmagando a pouco e pouco.
O primeiro passo para a “libertação” foi o de roubar todos os pedintes que encontrou pela cidade, aproveitando para despender energia quer a correr como a lutar. Quinze dias que lhe permitiram amealhar grandes quantidades de dinheiro e várias cicatrizes. Quando o dinheiro recolhido perfez uma soma à altura das suas aspirações, doou-a a uma empresa global de armamento… A forma extasiada e confusa com que o director da empresa o recebeu divertiu L. de tal forma que se escancarou a rir na cara do sr.
-A que se deve este seu gesto?!
-Ah! Ah! Ah! Ah! Oh! Oh!
-…
- Desculpe-me Sr. mas este átrio lembra-me situações deveras engraçadas, talvez com tempo tenha oportunidade de lhe explicar melhor.
- Com certeza mas…
- O dinheiro é para a empresa aplicar onde achar melhor. Aliás, se eu doei o dinheiro já não tenho nada que opinar. Enerva-me que em situações análogas as pessoas imponham que o dinheiro seja gasto desta ou daquela maneira. Como o transeunte que dá dinheiro ao adicto e lhe deixa uma qualquer advertência acerca da importância de comer um sandes ou uma sopa. Se o adicto quisesse comer sandes e sopas estava a trabalhar e comia sandes para poupar para o sistema de cinema em casa. O que ele quer é bem diferente e fora do alcance sensório do doador. Por isso, e por leveza de consciência, o doador dá um conselho prático de como a sua massa deve ser gasta, mas no fundo sabe que a primeira coisa que o adicto-pedinte vai fazer assim que tiver reunido certa quantidade de dinheiro, é ir aviar uma dose para mais uma vez fugir da realidade. E isso leva sempre a que o transeunte fique pior que estragado porque ele tem que gramar a realidade. O facto de saber que à custa dele alguém foge às responsabilidades de ser humano deixa-o mais que agastado, mas não consegue evitar de dar o seu contributo para isso porque ainda mais no fundo, ele sabe que é a fuga da realidade que levará o outro à destruição.
Como entende, não vou fazer objecções à forma como queiram gastar o dinheiro. Se um dia for morto com uma arma da vossa empresa, terei protagonizado mais um alegre episódio da inevitabilidade da coincidência. - Ofereceram-lhe uma arma como agradecimento pela oferta, o que L. aceitou prontamente. À saída encontrou um pedinte e ofereceu-lha… Com balas e tudo…
O projecto estava a correr-lhe bem.

À Benfica

No modo multiplayer do GTA IV, tenho tido dificuldade em escolher quais os melhores desafios (deathmatch; team deathmatch; taking turf; cops n'crooks...). Mas quando jogo, admito que já consigo momentos de alto gabarito, matando adversários com a eficácia de um verdadeiro gangster. Não consigo é manter o nível durante todo o jogo.

10.08.2008

Não me voltem cá com merdas de contemporâneos (que até têm bons momentos). Desafio alguém a pôr outra vez em causa o trono destes pilantras

Aqui jaz um vídeo dos inultrapassáveis Gato Fedorento. Devido ao autoplay, fui internado por ouvir o Tiago Dores dizer que carjacking era uma palavra estrangeira, sempre que abria o blog para ver se as duas pessoas da praxe já cá tinham vindo. Agora que voltei, preso por arames, não quero correr riscos. Adeus vídeo.

10.01.2008

A crise 2 "o regresso"

Até esta crise prova o bom caminho que o mundo está a tomar, no campo das decisões económicas. A crise está aí há muito tempo, mas os parâmetros que servem para defini-la socialmente, são bem diferentes daqueles de há alguns anos atrás.

Se hoje se fala de casas, carros e outros bens materiais, anteriormente falava-se de pratos de sopa.