7.22.2009
Quando a língua peca por excesso
Soube há pouco tempo do quadragésimo aniversário desde o poiso do homem na Lua. Alunou, parece. A ouvir a reportagem americana, constatei com estupefacção que os gajos não disseram "the Eagle has lunated". A língua portuguesa tem decerto várias adiposidades complicadoras da comunicação para nós, os falantes, mas esta parece-me totalmente inaceitável. Uma coisa poisa no Mar, amarou. Poisa na Lua, alunou. E em Marte? Amartou? E Júpiter? Ajupitereou? Meus amigos, está na hora de perceber que a riqueza de uma língua não está nos penduricalhos. Vamos lá transformar o verbo aterrar em conceito abrangente de modo a ser usado para designar qualquer manobra de poiso de um artefacto em qualquer sítio, antes que vejamos nas primeiras páginas do jornais portugueses: "Homem conquista Marte: amartagem foi um sucesso".
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3 comentários:
HEHEHE Amartagem!!!
Amundar também é giro... e abrangente... sempre se salvaguardam os poisos em lagos, montes, rios, topos de árvore, etc...
xi ;-)
Estive em muitas turmas amartadas. Aterraram em muitas Martas. Salvo seja.
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