Qual a dificuldade em perceber que uma família tradicional é mais eficaz a criar um núcleo familiar eficiente, coeso e resiliente do que os outros tipos de organização familiar? Qual a dificuldade em perceber que a sociedade tem a perder com a constante alteração das suas regras? Claro que cada um deve fazer o que bem entende, não ponho dúvidas a isso e não tenho nada contra uniões de facto entre homossexuais, por exemplo. Mas porque é que continuam a ser as questões que interessam a esquerda, aquelas que são mais despiciendas? Porque não se discutem formas de solidificar o conceito familiar tradicional que prova ser mais eficaz? Porque resiste o Estado em intervir e legislar onde devia dar lugar ao livre arbítrio já de si implementado, ao invés de incentivar direcções sem as impôr? Que cada um se organize como quer, mas que o Estado se preocupe primeiro em assegurar a estabilidade e depois apoie os quejandos. Não se trata de ideologia, mas sim de suportar a sociedade. Trata-se de desfazer os mitos fantasistas das famílias monoparentais e reestruturadas. Trata-se de prevenir rupturas familiares e não de viver num mundo imaginário em que tudo é possível com muito amor. Trata-se de perceber não há milagres. Que o amor é o bem mais valioso de qualquer família, mas que por vezes precisa de trabalho extra. Que não é tudo como nas novelas em que o facilitismo emocional é igual a satisfação garantida. Que o conceito de adulto se esfuma a cada vez que o Estado insiste em ser a tia que dá um chocolatinho à socapa ao sobrinho malandro, para que ele se cale um bocadinho.
E conseguir isto sem entrar na treta habitual da pergunta retórica: "o que é uma família tradicional?" Porque toda a gente sabe o que é.
2.11.2009
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2 comentários:
Momento conservador e... lúcido!
xi Sis(ter)
Thanks for the support sis!
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