Se o ócio é o pai de todos os vícios, é então, pai de grandes actividades. Será que é também pai da bastarda virtude? Porque não? Uma pessoa está ali sem fazer nada... De repente começa a fumar, beber e drogar-se. Enfada-se e decide que é tempo de fazer alguma coisa de jeito.Dir-me-ão que não é qualquer um que toma esta atitude e que a maioria se afunda mais nos vícios. Claro! Eu acredito em elites e em seres humanos mais capazes que outros. Mas estará o mais capaz a salvo da perdição? Não. Tem é que fazer para sair dela, ou para lhe escapar. Os grandes homens devem perceber o abismo para não quererem lá cair. O comum não se dá conta do abismo até lá estar atolado.
Ter uns vícios é para o iluminado uma forma de assumir a sua humanidade enquanto brinca com a decadência, nunca ou raramente a experimentando. O vício permite ao sábio arrogante equiparar-se a todos os seres humanos sem o expressar por palavras lamechas.
6.09.2005
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