11.08.2004

Ecletismo

Foi com certa náusea que há dias ouvi o batido conselho: "Temos que ouvir de tudo um pouco". Este conselho referia-se ao facto de num determinado bar estarem a pedir para passar música trance, ao que eu me opus barafustando ebriamente. Porque é que as pessoas têm solução para todos os problemas baseada na igualdade, neste caso, de gostos? Faz algum sentido todos ouvirmos de tudo? Hoje um rock n´roll, amanhã um trance, depois uma pimbalhada, a seguir clássica... Uma miscelânea do horror auditivo é o que estes ditadores querem. Alguém escreveu que o ecletismo é inimigo da produtividade e da criatividade. Eu concordo. Gosto de vários tipos de música, mas renuncio ao ecletismo, por príncipio e por comodidade. Se gosto, oiço, se não gosto, ou reconheço a qualidade da música e tento desvendar o seu valor; ou percebo a origem palhaçática do sonoro e deixo-o para os babosos que só querem é novas ondas e andar na crista da onda a bombar. Ainda bem que somos todos diferentes, mas ainda mal que há certo tipo de gostos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nem mais!!!