11.16.2011

Os reclames da espanhola

Quando era puto via muita TVE. Os dibujos animados eram mais fixes e a séries como o McGyver ou o Kitt chegavam primeiro. Havia um preço a pagar: a publicidade espanhola era inusitadamente parva, histriónica e bacoca. Só no Natal é que o ecrã se inundava de brinquedos dando algum gozo ao intervalo do Barrio Sesamo.

Fui-me afastando da TVE e a irrisória qualidade da publicidade espanhola foi-se tornando um auto-mito: "seria assim tão má, ou são falsas recordações de infância?". Com o Top Gear na Discovery voltei a contactar com a publicidade do outro país da península. Os reclames são mesmo/continuam ridículos.

11.09.2011

Nietzsche não

É difícil confiar em pessoas que se rodeiam de fracos e oprimidos. Rodear-se socialmente de pessoas carentes começa invariavelmente por uma necessidade de admiração/adoração. "Admira o forte que não há em ti". Nada de Nietzsche nesta deambulação. Não condeno a fraqueza, nem a desprezo. Pensando no antagonista do pensamento do filósofo com nome difícil, percebemos que Jesus Cristo se rodeou de doze pessoas inteligentes, independentes e esclarecidas para depois poder cuidar dos necessitados. Seria fácil rodear-se de leprosos e cegos e por eles ser adorado.

Não há nada de errado em querer confrontar a fraqueza e ajudar outros a reconhecê-la, conquanto não nos aproveitemos disso para ludibriar as nossas próprias merdas. A moral devia comandar-nos mais.

11.03.2011

É difícil

Ultrapassar os preconceitos que muitas vezes trazemos acerca de nós. Enganamo-nos para os amolecer, enganamos para nos engrandecer. No fim, por algo que muito provavelmente nem sequer existe.