3.28.2010

Têm bom gosto os extras



Daqui.

O segredo

O psiquiatra do violador de Telheiras diz que não quebra o sigilo profissional nem por nada. Está bem, ele que renuncie à ética profissional. Mas este caso só demonstra a bandalheira do país em que vivemos. O senhor psiquiatra deve ter criado uma relação de amizade com o tipo e agora reciusa-se a entregar o amigo.Que bonito... Pena é que o amigo seja um violador em série. É verdade que o papel de psicólogo ou psiquaitra é um pouco psicopata, uma vez que se valoriza muito a criação de uma relação empática e alicerçada numa aliança terapêutica que permite ao cliente confiar para contar o breu que lhe vai na alma, estando o profissional ciente de que, em caso de crime ou falta de pagamento, acaba a relação de confiança. No entanto, enquanto a falta de pagamento mantém o "psi" na obrigatoriedade do sigilio, estando o crime a ser cometido, o "psi" é obrigado a abandoná-lo. Crime e falta de pagamento de honorários.Duas coisas essenciais no trabalho de psicoterapia. Será o senhor psiquiatra sensível às duas?

3.26.2010

Já é tempo, já é hora

De se acabar com o raio do XPTO. "Epá, que carro todo XPTO". "Depois fomos lá e tinha um televisão toda XPTO". O que é isto, páááááá?! Mas todo, porquê? Porquê todo, se nem se sabe o que é? "Tens um estilo todo XPTO". Todo XPTO o quê? E não metam Cristo ao barulho, por amor Dele! O que é isso? Ãh? "Epá, que carro bonito". "Depois fomos lá a casa e tinha uma televisão das novas". Não fica melhor? Claro que fica. -"Tens um estilo à Pedro Pereira". Simplificar não implica juntar aleatoriamente letras do alfabeto e tomá-las como palavra. E não me venham falar do sentido figurado e das letras. Está mal. É feio. Soa ruim. Xícaras de Plutónio para Todos os Otários. Morte lenta e agonizante de radiação. Principalmente para o robô de uma série portuguesa que dava quando eu era criança indefesa e se chamava XPTO. Que estupidez.

3.21.2010

É simples de perceber.

"O homem não tem condições de mudar o clima global, mas tem grande capacidade de modificar/destruir seu ambiente local. A Terra tem 71% de oceanos e 29% de continentes. Desses 29%, metade é constituída de gelo (geleiras) e areia (desertos). Do restante, 7 a 8% estão cobertos com florestas nativas e plantadas. O homem manipula, então, cerca de 7% da superfície global e, portanto, não pode destruir o mundo. Os oceanos, juntamente com a actividade solar, são os principais controladores do clima global. Mas, existem outros controladores externos, como aerossóis vulcânicos e, possivelmente, raios cósmicos galácticos que podem interferir na cobertura de nuvens. Em resumo, o clima da Terra não é resultante apenas do efeito-estufa ou do CO2 e sua concentração. Ele é um produto de tudo que ocorre no Universo e que interage com nosso Planeta. Como foi dito, a conservação ambiental é independente de mudanças climáticas e é necessária para a sobrevivência da Humanidade"

Prof. Molion responde aqui.

3.18.2010

Como numa reunião de condomínio de descobre porque é que há guerras no mundo

Já me tinham avisado com conhecimento de causa e até os Gato Fedorento fizeram sketchs que eu, inadvertidamente, desprezei. "Não pode ser assim tão mau" pensava eu com deplorável optimismo. Não sorri tanto quando foi posta em causa a minha herança cultural e a minha responsabilidade para com a comunidade, no final de uma reunião que tinha tudo para correr bem. E tudo, porque há alguém que vasculha o lixo. Sim, o lixo.

Sim também já tinha sido alertado para as pessoas que gostam de respirar o putrefacto ar da certeza da sua superioridade moral. Dos seus nefandos pensamentos em relação aos que não agem com a pureza devida ao ser humano. De como desprezam os defeitos típicos da humanidade, incapazes de reconhecer os próprios. Vi isto tudo nos filmes e séries sobre os nazis.

3.14.2010

As tristezas de um país com 40 anos de ditadura

As pessoas não sabem a diferença entre autoritarismo e autoridade. Confundem-nos e alegremente falam de dar lambadas a alunos que o mereçam. E como definem eles o merecer? Não se sabe. Mas são tão irreverentes na defesa do tabefe que não se apercebem da inevitabilidade de os seus próprios filhos terem de, um dia, ir para a escola. Mas como estas pessoas são muitas vezes masoquistas e subservientes perante o autoritarismo (por isso é que o querem exercer. No fundo querem parte do bolo da repressividade. "Se eu levei nas trombas também quero poder dar". A mesma razão que leva um nazi a sê-lo...) é provável que se um filho chegsse com as marcas da cota da mão na cara dissessem: "é porque o mereceste". Ou então vivem no mundo da carochinha das pessoas que se julgam imaculadas: "filho meu jamais precisará de levar tabefes. Porque filho meu não é como essa escumalha que para aí anda."

Isto é tudo uma questão de bom senso e liberdade individual. A escola não está bem e isso não é novidade para ninguém, mas que retrocesso civilizacional seria se o Estado voltasse a permitir os castigos croporais na Escola, diminuindo o papel da família a espectadora do processo educativo.

Isto, por discussão começada no Tarrento.

O Alberto João é unanimemente desconsiderado

As unanimidades são bovinas. O discurso no congresso é o mais inovador e pragmático de todos os que ouvi.

3.13.2010

Na escola e no mundo

Sempre houve e sempre há-de haver injustiças. Coisa feia era ver os queixinhas que pediam o 4 porque o outro tinha 5. Ou os que pediam 5 porque o outro tinha 3. Ou os que iam à escola por ver lá andar os outros.

3.01.2010

Sal e Azar

Em conversa amena com senhor transeunte, este assegurou-me que "isto aqui já só lá vai não com um, mas quatro Salazares." Muito bem. Em que lugares? Na presidência, como primeiro ministro, no talho e na bomba de gasolina, por exemplo? Ou como varredor de ruas? Quais os lugares chave para arrumar os quatro salazares que poriam "isto" no lugar?