10.25.2005

Migração

Informo pessoas da minha ida para Angra do Heroísmo trabalhar e eis que a inveja aflora que nem varas verdes. Que não, que aquilo é muito parado, e que não se faz nada, e que não, nada bom, not good, só se for um ano e mesmo assim... ( não inserir claro, o colega de trabalho algo assustado com a perspectiva de ter de fazer o trabalho outra vez sozinho (quem não ficaria?), mas que ainda assim diz: "aaah foda-se, eu se fosse a ti fazia o mesmo!").

E os amigos que me dizem que não vá, que depois não me posso embebedar com eles. Isto sim , uma razão válida para não ir, embora a decisão esteja tomada.

Já que mencionei...

America. America.America Fuck Yeah!
Comin´again to save the motherfuckin´day, yeah!
America, fuck yeah!

Freedom is the only way, yeah.
Terrorist your game is through
´cause now you have to answer to America, fuck yeah!
America, fuck yeah!

What you gonna do when we come fo you now?
It´s the dream that we all share, it´s the hope for tomorrow.
Fuck, yeah!



Eh!Eh!Eh!

10.20.2005

Music

Que bandas é que andam aí? Eu desisti de me actualizar assim que comecei a aperceber-me da chegada dos Staind, Nickelback e mediocridades que tais.Claro que tenho os QOTSA e o seu genial último álbum em que Josh Homme domina a processo criativo e demosntra de que é feito o Rock puro. Bem sei que isto soa a batido do tipo .." a provar que o rock não morreu", mas não interessa muito porque quem percebe a sério o que quero dizer, ao ler o que acabei de escrever não bufa mas acena positivamente com a cabeça nem que seja mentalmente. Tenho os Mastodon e o seu metal que me soa a clássico mas com pedaços completamente autónomos do ponto de vista criativo do resto da cena. A bateria é brutal. Mas e depois? Além de Black label Society (já é um velhote mas pronto) o que é que anda por aí que valha a pena? Todos falam aí do novo pop e do chill out e do drum n´bass. Quando tiver 35 anos já me viro um pedacinho para aí tá bem? Agora quero barulho e Poder. Há uns anos os reis eram os Nirvana e os Metallica (do master of puppets e and justice for all claro) agora são os palhaços dos Linkin´park com as arrastadeiras na pele, com as suas músicas electro-metal-shit. Ide mas é ouvir Pitchshifter e aí sim vale a pena ouvir guitarras com electrónico. White Stripes? Não gasto dinheiro com isso. É bom ouvir na rádio e chega. The strokes? Neste momento nem seria capaz de assobiar uma música deles. Já está tudo visto? Don´t think so. A altura em que todas as músicas estão inventadas ainda vem longe. Vou mas é ouvir a Kashmir. Com estes sei com o que conto. O abrigo da certeza ainda é gerador do mais suave conforto.

P.S. Para breve um post sobre a inexplicável animosidade dos punks em geral, no que diz respeito aos Led Zeppelin, os primeiros gajos a fazer rock em condições e a cagar bem para o resto.

10.19.2005

Pérolas literárias não editadas II

"Epá, não posso com aquele gajo! Mas também...Eu não posso com ninguém..."

Autoria: MN

No dia

em que as mesas deixarem de ter pernas, passarão a ser tapetes inúteis.

10.13.2005

E a chuva? Já não lavra?!

E estou aqui perante este cenário dantesco, em que a chuva lavra tudo por onde cai! É indescritível caros telespectadores, até a mais pequena erva sofreu a lavra desta chuva arrebatadora. É que o fogo pelo menos, como devem saber, não lavra em estradas, campos lavrados, ou betão armado. Pois esta chuva miudinha aparentemente inofensiva vai lavrando por onde passa. E reparem, três crianças copletamente lavradas pela água assassina! Vou tentar chegar até elas...Não.Impossível.
... Por esta altura já se formam pequenas correntes de água nas estradas, que lavram tudo à sua passagem. O comandante dos bombeiros avisou já que vai rebentar com a barragem para assim combater água com água. Mais uma vez a coragem, mestria e experiência dos bombeiros ao serviço da comunidade.
- Sr. comandante, como é que vão levar a cabo a destruição da barragem? É a opção mais correcta contra a lavra da chuva?
- Bom, parece-nos que a água lavra sem oposição. Tentámos tudo, inclusivamente pusémos uns quantos quilómetros quadrados de panos super-absorventes nos locais mais vulneráveis, mas ainda assim a chuva continua a lavrar por cima das casas das pessoas. Por isso decidimos avançar para o "last resort", que é a destruição da barragem.
-Ah, vejo que fala castelhano!
- Sim, influências dos colegas do Chile.
- Como pensa que a destruição da barragem vai acabar com este flagelo, que é o da chuva a lavrar?
- Bem, começamos por fechar as comportas completamente. Pedimos já a Espanha um reforço do caudal do rio durante duas. Desta forma a barragem fica um pouco mais cheia. De seguida fazemos uns furos no betão...
-Uns furos, então não podiam explodir com aquilo?!
-Lá está. Não temos fundos. Queria apelar ao governo para nos mandar umas reservas de plástico explosivo, até porque já ninguém usa dinamite, e respectivos detonadores, para não termos de fazer figura de país de terceiro mundo que para rebentar com uma barragem precisa de um berberquim!
- A falta de meios continua portanto, a ser um problema?
-Pois está claro!
-Mas adiante. E depois dos furos feitos?
- Depois é só esperar que a força da água faça o que tem a fazer.
- E se entretanto a chuva tiver deixado de lavrar?
- Er... Nesse caso o rebentamento da barragem será uma acção preventiva de novas lavras de chuva.
-As pessoas estão avisadas?
- Sim estão à sua espera para lhe gritarem muito aos ouvidos as coisas do costume. Ai a minha casinha, o meu dinheirinho,o meu cãozinho e outros diminutivos.
-Acerca do rebentamento da barragem.
-isso não porque isto é uma coisa que só aos bombeiros diz respeito. A população não compreenderia...

10.10.2005

Descobrimentos / Descobertas / Ciência / Geografia

Porque será que nem sempre se dá o melhor uso ao que é descoberto? O cérebro humano estará religiosamente ligado à auto-destruição? A bomba atómica, a bomba de hidrogénio, M-16, AK-47. Tudo coisas do arco da velha que a inteligência humana desenvolveu à custa de muito trabalho, dedicação e investimento. Coisas bonitas em teoria, pela capacidade de trabalho, de imaginação e de superação que os homens demonstram. Claro que os seus resultados são feios. A morte pela violência é uma má morte. Agora a possibilidade de um cogumelo destruidor fruto da imaginação, inteligência e trabalho de um conjunto de indivíduos, é arrebatadora. Teriam os samurais razão quando se recusaram a usar a pólvora, para os fins bélicos de que eles viviam? Ou foram apenas parvos na sua arrogância?

Demo cracia

Engraçado como Demo pode ter dois significados. O radical (povo) e o mais recente (demónio). Coisas do demo. Do povo? Do diabo?

Não gostei da vitória da Felgueiras, e o regozijo animalesco do Valentim deu-me volta ao estômago. Que raio de homem é que faz aquilo à frente de toda a gente?
Aliás, a Fatinha também demonstrou bem a sua personalidade pela forma como falou depois de certa a sua vitória.

O óbvio continua aí: cada povo tem os governantes que merece. Sem estúpidos pessimismos ou bolorentos optimismos, teremos que conceder que uns são bons, outros maus, uns assim assim e outros mereciam uma bala num joelho.

10.04.2005

Príncipezinho vs Indigentezito

Lembro-me quando uma professora me impingiu o livro do Princípezinho. É tão bonito, muito bem escrito e fala de forma filosófica e sábia da vida. É claro que com esta descrição fui logo com um pé atrás para a leitura. Ainda por cima havia duas ou três raparigas na turma que tinham o livro. Essas raparigas também não inspiravam grande confiança literária. Eu, fraquito(pensava eu) gostava era dos irmão Hardy, dos Cinco,Sete e do Sherlock Holmes.(Tintim, Astérix, Ric Hochet). Pensei que até seria bom ler aquilo para contactar com outro tipo de escrita e de pensamento. Epá não gostei nadinha, e a partir daí nunca mais me impingiram literatura "bonita" e com sentido". Se calhar por causa disso é que quando comecei a ler "o processo"(não tinha ideia de que tipo de escritor era o Franz)e não percebi patavina do que estava a acontecer, é que gostei tanto e aquilo tudo fez tanto sentido para mim. Claro que ainda me tentaram estragar o gozo quando um "entendido" me disse que a escrita do Kafka era densa. Sorri e pus-me a andar sem ligar.