9.23.2011

Um mundo de falsas inquietudes

Dimitri Karamazov expunha-se ao opróbrio como forma de auto-sacrifício, construindo um próprio sentido da vida quando à sua volta os objectivos pessoais de sobrevivência lhe eram totalmente estranhos. As relações eram o mais importante e só testando continuamente pôde certificar-se da realidade dos seus e dos sentimentos dos outros.

Não somos todos iguais e não o sendo, é difícil apontar os comportamentos errados e os certos. Onde acaba a legitimidade do sofrimento, onde começa a complexidade humana?

Quando não aceitamos os objectivos que toda a gente parece querer abraçar, escolhe-se um caminho difícil, por vezes só recompensador no limiar da loucura. A angústia serve demasiadas vezes de combustível para uma máquina que derruba realidades impostas, que altera caminhos previamente alcatroados. Essa angústia rouba, não raras vezes, a força necessária para reconstruir.

9.18.2011

Nostra Fraqueza

Num dos mil documentários sobre Nostradamus, paro enfim num. Interessante ver pessoas muitíssimo letradas a defender a veracidade das profecias, dando voltas ao intelecto e ao discurso para tudo bater certo. Interessante e triste. Já se sabia que a ciência ou o estudo não são indicadores de maturidade e honestidade, mas é sempre inquietante contactar a mais obscura realidade da natureza humana.

9.01.2011

Apesar de tudo há razões para o optimismo

Há gajos que a ferros (não os precisamos todos?) avançam no lodaçal da humanidade e compreendem o ridículo da existência. Outros não.