5.29.2011

Coisas boas

À distância estão os que entendemos como únicos importantes. No descanso deste bulício emocional da distância conseguimos por vezes encontrar disponibilidades,decerto diferentes, mas tão valiosas. Encontrar conforto e reconhecer essas outras importâncias é um desafio difícil, dificultado pelo fantasma do nosso desapego em relação aos que estão longe. Mas trata-se de adicionar pessoas, nunca de subtrair outras.

5.27.2011

Adultícia precisa-se

Atrasados mentais que recusam empréstimos com medo de ser descoberta a respectiva ignorância.Recusam ajuda por pensarem que assumem fragilidade. Frágeis da cabeça é o que é. Irritantes. Ter medo de reconhecer a ajuda ou trabalho do próximo define também este país saloio onde grande parte das pessoas ainda não saiu do paupérrimo minifúndio de onde, há pouco tempo, os antepassados saíram animados por cobiçarem o minifúndio alheio.

5.22.2011

Lara Logan

Não julguemos, à boa maneira de 1942, que merdas acontecem. Reconheçamos as diferenças culturais muitas vezes como sinais de diferentes patamares morais. E patamares revelam intensidade. Em países onde a cultura subjuga o género feminino, está o começo de outras barbáries bem conhecidas do mundo.

5.19.2011

Pequena contribuição para a construção de uma personalidade Abominável Homem das Neves

Quando leves conhecidos, enlevados por um tímido à vontade, entram pela nossa confiança adentro. Nem sempre estamos preparados para que ponham a nossa palavra em causa, mesmo em assuntos comezinhos. Ainda bem que já não há duelos com pistolas. Mas o desaparecimento do mapa continua a ser opção.

5.03.2011

Amééééérica, Amééérica, lalalalalalalalalaaaaaa

A América voltou a marcar um golo certeiro. Não se celebre a morte de um traste, porque a ter que fazê-lo não faríamos outra coisa na vida, inclusivamente teríamos de arranjar maneira de festejar a própria morte. Celebre-se a esperança de uma nação que de forma por vezes trôpega é a única a defender abertamente, sem falsos moralismos ou pútridas inocências, uma forma de vida que toda a gente que eu conheço abraça com cada vez mais sofreguidão embora por vezes com alguma vergonha.

5.01.2011

Avisaram-me da chegada da Primavera

Bem verdade que aqui na Ilha se sentiu, mas não tanto como pelo continente. Festejemos, ainda assim, a chegada da  mais fecunda das estações. Com um poema de Miguel Torga e um quadro de William-Adolphe Bouguereau, demasiado grande para o blogue. Demasiado, em vários sentidos.