4.29.2005

Personality Disorder

Também me apercebi da falta de originalidade do nome do meu blog. Any suggestions? I´d be well obliged if you gave me some.

Ego

Alguém escolheu um texto do zarabatana para postar! Poça não encontraram aqui um melhor?Anyway, fico contente! Eh!

4.28.2005

Os novos moinhos

No bde encontrei esta gravura que é interessante, curiosa, mas deve sobretudo suscitar umas quantas discussões, na sua maioria resolvidas a priori. E é a visão apriorística de certos assuntos que inquina a liberdade de pensamento, e até o discernimento acerca do que nos rodeia. Olhando para a dita gravura podemos tirar várias ilações e conclusões. Na realidade o desenho é de certa forma ambíguo (não o seriam também os gigantes que D.Quixote avistava?), porque pode agradar ao mais radical esquerdista pro-proteccionismo-e equilíbrio-no-mundo-somos-todos-bonzinhos, como ao liberal pro-livre-concorrência-e-viva-o-Darwin-cada-um-que-se-amanhe.
A mensagem mais óbvia que se pretende passar é que as "brands" ou Companhias ilustradas são más, são os gigantes que atormentam D.Quixote (mas nem por isso o Sancho Pança).Os moinhos representam os gigantes liberais que ameaçam o mundo, e o D.Quixote representa os que vêem nessas multinacionais o perigo para o mundo. A cavalo da ideologia de esquerda / ultra-nacionalismo de direita(escolher conforme a opção política) e armado de manifestações, fóruns, alguns média e de políticos activos na sociedade, D.Quixote prepara-se para a luta que vai perder. Aqui mora a primeira curiosidade: se o objectivo era atacar as multinacionais, o ilustrador dá a entender que a derrota é inevitável (a não ser que não conheça convenientemente a história do De La Mancha). Pode também ser apenas um apelo a uma luta romântica.
O Sancho Pança (não podia ser mais parecido com o Zé Povinho pois não?)representa o povo, que não está muito interessado em combater o que não o ataca e afecta directamente.

Outra forma de observar a gravura e as pás dos moinhos, também me parece óbvia. Os gigantes só existiam na cabeça do D.Quixote, e na verdade os moinhos não faziam mal a ninguém, pelo contrário, moíam cereais para dar de comer a muita gente. Claro que o autor deu-se ao cuidado de desenhar apenas os moinhos e não os gigantes, mas neste caso a alucinação são as pás, o que de forma encapotada vai dar ao mesmo.Ou conhecem algum moinho que funcione com umas pás em forma de W ?!

Concluindo: sem conhecer o autor do desenho não posso concluir qual seria o objectivo deste ao desenhar o que desenhou. Atendendo ao sítio onde encontrei a gravura deduzo que fosse para desdenhar as brands, as corporações multinacionais. De qualquer forma foi mal escolhida a analogia.

4.27.2005

Ai os cegos do metro!!

Pois foi aqui mesmo que descobri a posta que me mostrou outra vez o que é a nostalgia. Eu acompanhei a evolução deste jovem e desgrenhado cego. Começou por aprender a cantilena e repeti-la incessantemente. Passado algum tempo começou a dizer o texto com ritmo (foi nessa altura que o ouvi maldizer a sua sorte.Nesse dia ninguém lhe tinha dado nada de jeito). Um dia apareceu com uma lata de coca-cola (ou outro refrigerante qualquer) e com um pau, e enquanto dizia o seu texto com ritmo acompanhava com o som. Depois...Depois... Depois vim embora...

Já agora, andava um cego no metro que dizia qualquer coisa como: "slabralabrlrlrlrabaSIM"!Mais tarde percebi que dizia: "Quem é que dá uma esmola ao ceGUINH!"

4.26.2005

No Dia

em que começarem as mutações génicas, quem tiver um olho na nuca é rei.

4.21.2005

No Dia

No dia em que o holocausto nuclear rebentar, os bêbados (Tróia! Coradinha!) é que se vão rir dos sóbrios.

4.20.2005

Bento

Aaaaaahh que contente estou com a ordenação do Ratzinger a Santo Padre! Agora acabou-se, não há cá meias medidas. Já estou farto de ouvir católicos a falar da subjectividade dos dogmas, da sua falibilidade, e até da dúbia relação de Jesus com Maria Madalena! Mas o que é isto?!Dúbia só para os incréus, porque um católico que se preze deve saber compreender e interiorizar que Jesus era de tal forma grandioso que não necessitava de relações carnais, ou (sublimando) de amor platónico. Venha daí o conservadorismo que a Igreja Católica bem precisa.

Ah! Foi também com júbilo que observei as reacções do reviralho e dos meus companheiros agnósticos e ateus. Só por isso valeu a pena esperar dois dias.

Maus foram os comentários de católicos (inclusivé padres e bispos) que deploraram a escolha dos cardeais. Mas eu é que tenho que explicar tudo??!!!! Não foi uma escolha humana senhores bispos, foi o divino Espírito Santo e Deus. Ai, ai, ai! Deixem-se lá de lamúrias e política, e vão mas é rezar e salvar almas...Papas hippies e fixes?! Good Lord!! Hope not.

4.18.2005

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Escuro como o breu, sempre escuro. A hecatombe não permite a luz, a não ser na imaginação. Duas semanas na mais completa obscuridade, sem energia sem poder ver rosto nenhum, porque tudo é fuligem. Os pulmões contorcem-se e o nariz distingue cheiros com dificuldade. Cada indivíduo torna-se uma terrível ilha. Uns desesperados ocupam-se de assassinar debalde. Ninguém se defende porque os sentidos são inúteis. Ninguém fala pois os tímpanos que ficaram intactos depressa se destruíram devido aos sons lancinantes que continuamente ecoam por todo o lado. Só o tacto serve. Para os assassinos tocar é matar. O pior da humanidade domina em apenas duas semanas de caos. Andar, mover-se, sobreviver é um perigo de tal forma real que poucos tomaram consciência dele.
M. está de pé e imóvel no meio do que seria a sua rua, desde o dia das grandes explosões. Mantém os tampões nos ouvidos que levara ao concerto de punk-rock. Está aterrorizada. Sente o barulho lancinante e pior que isso, ouve as hordas de assassinos desorientados e os gritos das suas vítimas. Ainda nem teve coragem de se deitar ou sentar. Os seus dias têm-se passado numa longa e penosa espera para que tudo aquilo passe. Não consegue tomar uma decisão que seja. Pensou em tirar as protecções dos ouvidos quando se apercebeu que os gritos das pessoas agonizantes e assassinadas iam ser contínuos. A sua coluna vertebral está em fanicos. O frio, os tremeliques, o cansaço e o ruído vão curvando M. a pouco e pouco.
Quando sentiu a respiração e o cheiro de alguém que se aproximava abriu os olhos que se encheram imediatamente de fuligem e soltou um grito. Finalmente emitia um som, um grito. Sentiu a lâmina nas suas costas, e nesse momento desejou não ter ficado ali parada, à espera do fim.

4.14.2005

Triste

Analfabetos que não sabem a diferença entre uma ideia simples e que propõe um debate ( que até pode ser retórico) e uma grande Ideia com que se revoluciona a forma de pensar e ver o mundo, permitindo que o seu autor seja reconhecido e aclamado.

4.11.2005

No Dia

em que as letras se decidirem pela anarquia, o problema da iliteracia será ainda maior, e a dislexia uma epidemia.

4.08.2005

?

Ora cá está um bom blog (ainda por cima tem um link para o zarabatana)! Formado por desconhecidos (ainda por cima não os conheço) mas com queda para a boa posta. I´m obliged gentlemen.

Roots, radicals

Ora aqui está um bom blog. Constituído por uma equipa equilibrada, apurado do ponto de vista estético ( também, comparado com o meu qualquer bacorada é estéticamente apurada), e com umas boas postas. A salientar os brasões do Sabugal. F- para o citador. Do you really need that guys?!

4.04.2005